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Black Friday: lojas aumentam os preços de produtos às vésperas, aponta levantamento

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23 de nov. de 2023

Alsorsa.News
A Black Friday de 2023 vai ser realizada na sexta-feira (24) e o período é muito aguardado por parte dos consumidores brasileiros, que buscam encontrar boas ofertas de produtos dos mais variados gêneros. Contudo, é preciso ficar atento aos descontos.


A plataforma de comércio eletrônico Buscapé divulgou um novo levantamento que verificou um aumento no preço mediano em produtos de cinco das sete categorias mais buscadas na semana que antecede a principal data de varejo brasileiro do ano.

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Segundo o Buscapé, fogão foi o produto que mais sofreu aumento de preços entre os dias 12 e 18 de novembro, em relação à semana anterior, indo de R$ 842 para R$ 891 (+5,5%). Já as lavadoras de roupas foram de R$ 2.031 para R$ 2.097 (+3,2%).


Em terceiro lugar no ranking dos principais aumentos, está o ar-condicionado, que saiu de R$ 2.228 para R$ 2.262, ou seja, ficou mais caro cerca de 1,5%. O mesmo levantamento também mostrou um alta em geladeiras (+1,2%) e notebooks (+0,1%).

JPCN.Blog


Em contrapartida, duas categorias tiveram uma queda no mesmo período analisado. O preço mediano dos celulares recuou 2%, indo de R$ 1.783 para R$ 1.748. Também houve redução nos preços de TVs, que foram de R$ 2.458 para R$ 2.454 (-0,2%).


Essa prática já é conhecida por muitos consumidores brasileiros e é popularmente chamada de Black Fraude. Alguns varejistas veem uma oportunidade de recompor a margem de preços, muito pressionada no decorrer do ano, e adotam essa estratégia.


Já na semana anterior ao dados já citados, entre os dias 5 e 11 de novembro, todas as sete categorias monitoradas tiveram aumento de preços. Nesse período, a geladeira foi a que mais sofreu com a alta, passando de R$ 3.318 para R$ 3.554 (+6,6%).


Os aparelhos de ar-condicionado subiram 5,8% (de R$ 2.099 para R$ 2.228) e o fogão saiu de R$ 803 para R$ 842, uma alta de 4,6%. Também houve aumento nos smartphones (+3,6%), notebooks (+1,4%), lavadoras de roupa (+1,1%) e TVs (+0,4%).

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“A melhor forma para o consumidor conferir se está comprando com uma oferta real ou não é acompanhar o histórico de preços do produto desejado e comparar ofertas entre as lojas”, explicou o CEO da Mosaico, empresa dona do Buscapé, Maurício Cascão.


Ainda segundo o executivo, a variação de preços é normal para a data e, por isso, é importante pesquisar e comparar preços.

*TudoCelular 

Governo quer taxar compras abaixo dos US$ 50 até o fim do ano, revela indústria

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6 de nov. de 2023

O governo pode começar a cobrar imposto de importação para compras abaixo dos US$ 50 até o fim deste ano. A informação foi compartilhada por representantes da indústria têxtil após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

JPCN.Blog

Para essas pessoas, a volta da taxação federal deve "dar isonomia" para que as empresas nacionais possam concorrer com varejistas chinesas como AliExpress, Shein e Shopee.


Atualmente, compras abaixo dos US$ 50 (~R$ 250) não pagam o imposto federal de 60%, mas há a cobrança de ICMS de 17%. Contudo, para a indústria têxtil, essa regra do Remessa Conforme é um grande problema.


Isso porque a maioria das compras de vestuário ficam entre R$ 140 e R$ 150, fazendo com que elas paguem apenas o ICMS. Na prática, comprar roupas dos chineses ainda continua sendo algo vantajoso.

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Imagem/reprodução: acervoTC.

Comentando o assunto com o Estadão, uma pessoa que conhece o tema disse que o Remessa Conforme está servindo para o governo provar que a indústria nacional sofre "dumping" em relação aos produtos importados.


A definição de "dumping" é quando uma varejista exporta seus produtos para o Brasil com um preço (preço de exportação) inferior ao que é cobrado no seu mercado interno (valor normal na China).


Outra medida que também pode estar sendo considerada pelo governo é um acordo com os estados para o aumento do ICMS de 17% para 25%, fazendo com que a alíquota para produtos abaixo dos US$ 50 possa ficar em torno de 80%.


A indústria têxtil diz que essa é a carga tributária que as empresas nacionais pagam, sendo que o setor emprega cerca de 1,7 milhão de pessoas dentro das 200 mil empresas locais.


Por enquanto, o Ministério da Fazenda não comenta o assunto. Ainda assim, a previsão é que de uma alíquota entre 20% e 28% seja cobrada para compras abaixo dos US$ 50 como forma de atender ao lobby do varejo nacional.


*TudoCelular 

Governo vai cobrar imposto de Shein, Shopee etc., mas ainda não sabe como

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30 de set. de 2023

Criação de tributo sobre compras de menos de US$ 50 pode demorar pelo menos dois meses

Alsorsa.News
Shopee e Shein são duas das plataformas mais populares para compra de produtos importados - Dado Ruvic - 13.out.20/Reuters/Illustration

Empresários do varejo têm procurado gente do governo para pedir a cobrança de imposto sobre as importações de produtos com valor até US$ 50 —além desse valor, a alíquota é de 60%. Para as compras por meio de plataformas de comércio eletrônico que aderem ao programa "Remessa Conforme", não há imposto federal, apenas 17% de ICMS (estadual).


Gente do governo diz que vai haver imposto, mas é difícil que se adote alguma decisão em menos de dois meses. Quanto imposto? Talvez uma alíquota entre 20% e 25% (além dos 17% do ICMS). É possível também que se discuta um aumento do ICMS estadual, para 25%. O assunto ainda está enrolado.


No começo do ano, o Ministério da Fazenda tentou colocar ordem nessas importações e na cobrança de imposto. Deu o rolo sabido, pois a providência é impopular e caiu nas redes insociáveis. Em abril, a Fazenda deu um passo atrás, por ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Em junho, a Fazenda lançou o "Remessa Conforme", uma tentativa de dar um jeito na desordem do negócio. Plataformas que aderissem ao programa, que exige informações sobre remessas e preços, entre outras, poderiam vender sem pagar imposto federal. O sistema funciona desde 1º de agosto.


Até agora, Shein e Sinerlog estão com a certificação "implementada". Aliexpress, Mercado Livre e Shopee estão "certificadas", mas "em implantação: requisitos para benefício da alíquota zero ainda não atendidos", segundo se lia no site da Receita Federal no fim da sexta-feira (29).


O pessoal do grande varejo brasileiro está nervoso. Quer uma atitude do governo antes da temporada maior de vendas, entre a Black Friday (fim de outubro) e o Natal. Tem levado suas reivindicações não apenas à Fazenda, mas também ao Ministério do Desenvolvimento, ao Ministério da Justiça e até a ministros "políticos" do Planalto, onde se diz que as empresas nacionais "não vão ficar no sereno".

No início do ano, partiu "do Planalto" a reação às iniciativas impopulares da Fazenda. No Ministério da Justiça deve haver alguma investigação sobre fraudes nas importações por meio das plataformas.


Na Fazenda, tenta-se entender o tamanho do problema. Até o início do ano, apenas 2% das remessas eram fiscalizadas. Agora, a taxa se aproxima de 40%. Começa a haver mais informação sobre esse tipo de comércio e fraudes. Tenta-se estimar o tamanho da perda de arrecadação também.


A importação via plataforma eletrônica explodiu entre 2017-2019. Em 2018, vieram cerca de 70 milhões de remessas. Em 2022, 178 milhões. De janeiro a julho deste ano, foram 123 milhões de volumes. Em agosto de 2023 apenas, foram 20 milhões. Se esta for a média do restante do ano, em 2023 viriam 223 milhões de pacotes.


Quanto às alíquotas, estuda-se como definir um nível de tributação que "garanta concorrência isonômica", sem proteção excessiva para a empresa nacional (muitas querem a alíquota de 60%) e facilidades daninhas para as estrangeiras. Um "técnico" do governo, sem poder de decisão, diz que, dadas as alíquotas médias de importação no Brasil, seria possível pensar em algo como pelo menos 25%.


O pessoal do varejo se queixa de concorrência desleal e ilegal. Além de não haver imposto federal, haveria contrabando ("pacotes dentro de pacotes") e subfaturamento. Dizem que os importados não têm certificação e rótulos de qualidade, segurança e composição dos produtos. Varejo, indústria e empregos perdem.


Seja lá o que o governo fizer a respeito de imposto, vai haver problema. Deixar a empresa nacional sem proteção alguma vai causar prejuízo. Cobrar imposto vai irritar o consumidor.


*Folha 

Aliexpress confirma implementação do Remessa Conforme a partir de outubro

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28 de set. de 2023

O Aliexpress aderiu ao programa Remessa Conforme do governo. Em agosto deste ano, o site de compras importadas da China confirmou que faria esse movimento para a iniciativa que foi anunciada em meio às polêmicas em torno da importação dos produtos. Agora, o site anunciou quando o programa será implementado.

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Em uma página dedicada no próprio site, a loja disse que o Remessa Conforme será aplicado a partir do dia 15 de outubro, prometendo maior previsibilidade e segurança na entrega. Veja o anúncio:


Reforçando nosso compromisso de continuar buscando a melhor experiência para os consuidores brasileiros, o Remessa Conforme, será implementado no dia 15 de outubro. Os clientes poderão pagar os impostos aplicáveis no momento da compra e desfrutar de descontos extras, além de maior previsibilidade e segurança na entrega.


O que é o programa Remessa Conforme?

Segundo o governo, a adesão ao programa gera uma certificação que permite ao site de comércio eletrônico obter benefícios tributários e aduaneiros para os produtos que vende e envia para o Brasil por meio de remessas internacionais. Além disso, a adesão é voluntária.


Ao obter a certificação, a empresa firma o compromisso de seguir os critérios de conformidade instituídos pela Receita Federal, que até falou recentemente sobre o programa. Entre as vantagens, a principal delas é a isenção de imposto para encomendas destinadas a pessoas físicas que tiverem o valor até US$ 50 (R$ 252).


O mesmo se aplica a valor equivalente a esse em outra moeda. Além disso, essas remessas terão prioridade no despacho aduaneiro. Qualquer empresa de comércio eletrônico pode aderir a essa iniciativa.


*TudoCelular 

Como fugir das taxações da Shopee e Shein?

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Se você adora encher o carrinho em compras na internet, fique atento as dicas para não ser taxado na Shein e na Shopee!

Ao comprar em sites internacionais (por exemplo, Shein e Shopee), você será informado do preço dos produtos com cobrança de imposto discriminada (Imagem: Getty Images/Divulgação)

Entre o governo, impostos de importação e as lojas na internet que vendem produtos sem seguir recomendações da Receita Federal, está o consumidor. Mas, como fugir das taxações da Shopee e Shein?


A verdade é que o comércio eletrônico trouxe inúmeras possibilidades para os “clientes internautas”, de variedade de produtos a incríveis ofertas de preço. Mas até que ponto vale a pena fazer compras de importados nesses sites? Confira as dicas a seguir para não sair no prejuízo!


Shein, Shopee e AliExpress: o sucesso das plataformas de compras

O boom comercial das lojas on-line disparou em 2020 e se estende até hoje, levando muitas pessoas a optarem por fazer compras sem sair de casa. Segundo a pesquisa “E-commerce Trends 2024”, realizada pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, a porcentagem de pessoas que fazem de duas a cinco compras online por mês chega a 62%. No Brasil, 85% dos consumidores, realizam pelo menos uma compra por mês na internet.


Não é à toa que Shein, Shopee e AliExpress estão investindo em grandes campanhas publicitárias, colocando famosos e influencers em comerciais na TV. A lucratividade e os números mostram que essas empresas estão fortemente vivas dentro do mercado nacional.

Imagem Shutterstock

Uma pesquisa da Conversion aponto que a Shopee tem o maior número de acessos, 140 milhões em junho de 2023, ficando em terceiro lugar, perdendo para Mercado Livre em primeiro lugar e a gigante Amazon em segundo. A Shein ficou em quinto, com cerca de 88 milhões de acessos e, em seguida, a AliExpress em sexto, com 80 milhões.


Taxações da Shein e Shopee: veja como se livrar!

Antes de mais nada, é preciso entender que o governo estabeleceu recentemente uma taxação para lojas estrangeiras que, antes, vendiam livremente para consumidores brasileiros, deixando o comércio nacional totalmente em desvantagem em relação aos preços.


Dessa forma, a Receita Federal está acabando com o chamado “contrabando digital”, tomando rigorosas ações com a importação de encomendas. A decisão não isentará mais os impostos de produtos com valor até US$ 50 (cerca de R$ 250) enviadas entre pessoas físicas. 


Com isso, a expectativa é gerar uma arrecadação de até R$ 8 bilhões com a cobrança do tributo às plataformas de varejo. Afinal, algumas empresas estavam usando esses famosos aplicativos, como Shein e Shopee, para burlar o processo de importação, colocando indevidamente o nome de uma pessoa física como remetente da encomenda.


Então, considerando o que a lei determina para este tipo de transação, para evitar as taxações da Shein e Shopee, basta seguir a seguinte regra: respeite o valor mínimo de compras para não ser taxado (como as taxações são direcionadas para compras acima de US$ 50. Ou seja, o valor de R$ 249,00, considere este limite a cada compra), simples assim.


Se você deseja comprar diversos produtos com valores baixos, uma dica é realizar mais de uma transação. Ou seja, não compre tudo de uma vez na Shein, por exemplo. Faça um pedido até US$ 50, depois realize outro. Assim, com dois pedidos separados, nenhum deles deverá ser taxado.


Viu? Você ainda poderá fazer entrar no paraíso das compras das plataformas chinesas sem ser taxado. No entanto, é importante saber que se mesmo assim, você achar muito vantajoso adquirir um produto que ultrapasse o valor estabelecido para a não taxação, você pode pagar o adicional de 60% do valor da mercadoria (valor da taxa). Vale lembrar que o ICMS de 17% é aplicado em todas as compras, independentemente do valor.


*Olhar Digital 

Shein anuncia que irá pagar o ICMS de compras até US$ 50

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21 de set. de 2023

A Shein promete arcar com o ICMS de compras internacionais de até US$ 50 (R$ 240, em conversão direta). A empresa começou a fazer parte do Programa Remessa Conforme na última quinta-feira (14).

Alsorsa.News

Já é possível ver, no site e no aplicativo, a informação sobre a isenção de imposto para compras de até US$ 50. É recomendado que todos os usuários atualizem o programa para garantir uma melhor experiência.


A Shein promete custear o ICMS em compras de até US$ 50.


Devido à participação da loja no programa Remessa Conforme, os consumidores só pagam por ICMS (definido em 17% para todo o Brasil) em encomendas abaixo de US$ 50. A Shein vai custear esse imposto, portanto, os clientes não pagarão nenhum valor a mais compra desses produtos.


Se a compra ultrapassar o valor, é aplicado o imposto de importação, atualmente em 60%, sobre o qual também é cobrado ICMS.


O CEO da Shein na América Latina, Marcelo Claure, não sabe quanto tempo vai durar o desconto de ICMS, mas depende do quanto ela economizará em custos. "Vamos tentar manter isso pelo maior tempo possível", pontuou ao UOL.


Compras na Shein chegarão mais rápido

As compras da Shein devem chegar mais rápido aos consumidores, também devido ao Remessa Conforme. Agora, o processo de fiscalização da Receita Federal será significativamente mais ágil.


Além da Shein, o AliExpress também é participante do Programa Remessa Conforme. O marketplace internacional foi incluído no projeto no começo de setembro.


*TecMundo 

AliExpress é segunda empresa a aderir ao Remessa Conforme e compras terão isenção de imposto

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1 de set. de 2023

O Governo Federal autorizou a entrada da AliExpress no Remessa Conforme, programa que impõe algumas obrigações e adequações para empresas estrangeiras que vendem no Brasil. A aprovação da gigante chinesa foi publicada no Diário Oficial da União que circulou ontem (31).


Anteriormente, a startup norte-americana Sinerlog já havia sido aprovada no sistema da Receita Federal. A certificação, que tem prazo de validade indeterminado, foi para a Alibaba, holding dona da AliExpress.

Alsorsa.News

A AliExpress foi a segunda empresa a entrar no programa Remessa Conforme (Imagem: Wirestock/Getty Images)

O ato declaratório do executivo ainda “determina que a certificação se refere exclusivamente às vendas efetuadas por meio do endereço eletrônico https://pt.aliexpress.com/”.


O que é o Remessa Conforme?

O programa Remessa Conforme foi anunciado em junho deste ano junto das novas regras tributárias de compras internacionais (que entraram em vigor em 1° de agosto).


Como o governo federal decidiu zerar a alíquota do Imposto de Importação em compras de até US$ 50 (cerca de R$ 250 na cotação atual), ele tomou uma medida para pressionar a regularização de empresas estrangeiras que vendem para o Brasil como a Shopee, AliExpress e Shein.


Segundo as novas regras, as companhias só terão o imposto zerado se aderirem ao Remessa Conforme e cumprirem regras como declarar a importação, realizar o pagamento do ICMS (que será incluído no preço do produto) antes da chegada da mercadoria e informar ao consumidor a procedência dos itens e o valor total.


*TecMundo 

Casas Bahia e Ponto irão fechar até 100 lojas e demitir 6 mil funcionários

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14 de ago. de 2023

Casas Bahia e Ponto irão fechar até 100 lojas e demitir 6 mil funcionários
A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, informou seu plano de ação para fechar entra 50 e 100 lojas e demitir até 6 mil funcionários, após divulgar nesta quinta-feira (10) o seus resultados do segundo trimestre de 2023, que mostram um prejuízo líquido de R$ 492 milhões.
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"No segundo trimestre, ainda não tivemos impactos das mudanças que começamos a implementar. Ele ficou dentro das expectativas do mercado. Com a companhia do tamanho que estava, o resultado é de prejuízo", disse o CEO da empresa, Renato Franklin, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

O Ebitda ajustado foi de R$ 469 milhões, com queda de 32% frente ao reportado de abril a junho de 2022, com margem de 9%, 2,7 pontos porcentuais (p.p.) menor do que um ano atrás. A receita líquida, por sua vez, caiu 2%, chegando a R$ 7,5 bilhões.

Franklin diz que o período foi prejudicado pela menor demanda por itens de maior valor agregado, que sofrem em momentos de restrição de crédito ao consumo, dado que a população estava altamente endividada. Além disso, a margem bruta da empresa - que caiu 2,9 pontos porcentuais (p.p.), para 31,4% - teve impactos marginais do início da venda de estoque em promoção que a nova gestão começou a fazer.

"Passamos por uma mudança de mentalidade. Antes o foco estava em ganho de GMV (vendas brutas) e aumento de canais de vendas, em crescer o negócio. Agora, o foco muda para gerar resultados", afirma o novo CEO, à frente da companhia desde a última divulgação de resultados. Para ele, a escolha que a empresa tinha era de investir mais para crescer, ou usar o que já se tinha à mão para, em suas palavras, "ganhar dinheiro".

Nesse sentido, nos últimos meses, a companhia propôs demitir 6 mil pessoas até dezembro deste ano, o que, nas contas da empresa, gera uma economia de R$ 370 milhões para a companhia. Além disso, a empresa agora deve trabalhar com estoques menores. "O intuito agora é comprar aquilo que vendemos mais rapidamente", afirma Franklin.

O plano

Para frente, os planos de liberar mais orçamento continuam. A empresa deve fechar de 50 a 100 lojas que não têm apresentado bons resultados, além de migrar categorias de produtos que não geravam vendas rentáveis para o shoppings virtual da companhia, quando lojistas parceiros vendem seus produtos na plataforma da companhia. Nesse caso, a empresa só fica com uma porcentagem da venda, sem ter o custo de arcar com o estoque.

Com essas mudanças, a empresa deve acrescentar ao lucro antes do imposto de renda (LAIR), mais de R$ 1 bilhão. A redução de estoques tem ainda o potencial de liberar R$ 1 bilhão em caixa para a empresa.

Na estrutura de capital, como adiantado pela Coluna do Broadcast, a companhia se programa para mudar a forma como financia seu crediário. Em vez de financiar as compras dos clientes por meio do carnê e adiantar esses valores com os bancos, a companhia vai passar a buscar recursos em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (Fidcs) para custear o parcelamento das compras de seus clientes. Assim, a empresa pretende liberar R$ 5 bilhões de limite de crédito com os bancos

Ao todo ainda se espera a monetização de ativos de até R$ 4 bilhões em 2023. Serão mais R$ 2,5 bilhões de créditos fiscais que, se o plano correr como o esperado, se tornarão dinheiro para a empresa. Soma-se a isso o R$ 1 bilhão pretendido com a liberação de estoques e mais R$ 500 milhões em vendas de imóveis e outros ativos.

*Tribuna Online 

Sobre juros, Campos Neto pede “um pouco de paciência” a todos

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13 de jun. de 2023

Presidente do Banco Central se dirigiu a empresários em sua fala

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Após uma saraivada de queixas dos empresários do varejo sobre o alto nível da Selic, atualmente em 13,75% ao ano, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a pedir paciência e disse que será melhor recebido pelos executivos daqui a um ano.


 – O Banco Central tem um horizonte e tem de olhar mais no longo prazo. Tenho certeza de que daqui a um ano voltarei aqui e a avaliação será boa em retrospectiva – afirmou Campos Neto, em evento promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).


 – Parte das narrativas que são construídas têm uma ansiedade legítima, de que os juros são altos. O Brasil sempre teve o juro real alto, mas a coisas estão se encaminhado de forma positiva. Peço um pouco de paciência de todos – completou.


Mais cedo, no mesmo evento, o presidente do Banco Central, mais uma vez, sinalizou que as revisões para baixo nas projeções longas de inflação abrem espaço para o BC começar a cortar a taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano, mas reforçou que o Copom não tomará decisões artificialmente.


– Temos que manter a inflação sob controle. O trabalho está sendo feito e entendemos que está no caminho certo. Há um cenário bom, com crescimento sendo revisado para cima e inflação sendo revisada para baixo. Isso abre espaço. Estamos perto da reunião do Copom, eu sou um voto de nove, e não posso adiantar nada do que pode ser feito – afirmou ele.


Campos Neto repetiu que o custo de não combater inflação é muito elevado, e voltou a argumentar que a Selic – apesar de “super alta” – é hoje menor que a média histórica na comparação com outros países.


– Entendo a insatisfação com os juros, mas é preciso ter paciência. Entendo que as empresas estão sentindo muito, algumas mais que outras, e vamos fazer uma força para atingirmos um ambiente de estabilidade para todos o mais rápido possível, mas fazer de forma artificial não alcançará o resultado esperado – enfatizou.


Ele reforçou que a tarefa do BC é fazer a inflação convergir para a meta.


Campos Neto salientou a tentativa de fazer o processo o quanto antes e o mais rápido a fim de produzir “o mínimo de dor possível”.


– Lembrando: é uma decisão de colegiado no Copom, que o debate é amplo e técnico – acrescentou.


*AE/*Pleno.news 

Aprovado NOVA TAXAÇÃO para compras da Shein, Aliexpress e Shopee, veja quando começa a valer

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5 de jun. de 2023

O governo aprovou uma alíquota de 17% que passará a ser cobrada nas compras em varejistas internacionais.


A Shein se caracteriza enquanto uma loja varejista que surgiu na China e foi fundada em 2008. Durante a pandemia da Covid-19, o e-commerce ganhou grande popularidade, isso porque permitia que fossem feitas compras onlines dos mais diversos tipos de itens de vestuário.


Já a Shopee, por sua vez, que também consiste em um e-commerce, foi fundada em Singapura e também se popularizou em todo o mundo, especialmente entre os brasileiros. Por meio do comércio eletrônico, é possível ter acesso a uma série de produtos que são vendidos por preços baixos.


Esse tipo de comércio eletrônico foi motivo de polêmica nos últimos meses, isso porque o governo federal brasileiro optou por taxar as compras feitos no comércio internacional. Recentemente, foi aprovada a nova taxação para compras em sites como Aliexpress, Shein e Shopee. Confira!

Nova taxação para varejistas internacionais é aprovada. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Nova taxação para compra em e-commerces é aprovada

Na última quinta-feira (1), o Ministério da Fazenda oficializou uma decisão que havia sido tomada pelo Comitê Nacional de Secretários dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) que decidiu de forma unânime pela adoção de uma alíquota de 17% que passará a ser aplicada no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as compras que forem feitas em estabelecimentos de e-commerce internacionais.


De acordo com a notícia divulgada pelo diretor do comitê, ainda é necessário que os técnicos da União e do estado se reúnam para tratar do tema durante os próximos dias, isso para que o tributo possa ser de fato efetivado. A ideia é que seja possível gerar uma maior competitividade e também gerar direitos igualitários para as empresas nacionais.


Ainda segundo o que foi explicitado, a alíquota ainda não está sendo aplicada porque antes disso será necessário que um convênio de ICMS seja editado para que a mudança possa de fato ser implementada. No momento, as porcentagens aplicadas para as operações podem variar de acordo com cada estado.


No entanto, a porcentagem de 17% se caracteriza como a menor alíquota modal que deve ser aplicada em todo o território nacional. Vale ressaltar ainda que a termologia “alíquota modal” se refere ao patamar mais comum quando o assunto é o ICMS cobrado pelos estados a partir de operações internas ou interestaduais no momento da venda de um produto ou serviço.


Quanto será cobrado ao consumidor?

Os estados brasileiros implementaram a alíquota uniforme de ICMS para que fosse possível começar a implementar o plano de conformidade referente ao governo federal para as compras feitas em varejistas internacionais, como é o caso da Shein e Shopee.


Sendo assim, o objetivo é que o consumidor seja informado a respeito do imposto na hora de realizar a compra do produto. De acordo com o informado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o plano para que a alíquota seja de fato aplicada ainda está sendo desenhada. Diante disso, ainda não se tem conhecimento de como será feita a cobrança para os consumidores.

*Pronatec

Shein promete injetar R$ 750 mi no Brasil para nacionalizar 85% das vendas

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21 de abr. de 2023

 Shein promete injetar R$ 750 mi no Brasil para nacionalizar 85% das vendas

Shein promete injetar R$ 750 mi no Brasil para nacionalizar 85% das vendas
Freepik/Giovana Pignati

Desde a semana passada, o tema taxação de compras internacionais de até US$ 50 (R$ 252 na cotação atual) tem movimentado o cenário econômico brasileiro. O governo chegou a confirmar a medida, mas depois recuou, e agora fala em um imposto digital cobrado diretamente das empresas. E, na onda desse tema, a Shein, uma das gigantes chinesas afetadas diretamente por essa decisão, anunciou nesta quinta-feira (20) investimento de R$ 750 millhões para nacionalizar 85% de suas vendas.


O anúncio foi feito logo após uma reunião entre representantes da Shein com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora as gigantes chinesas digam atuar na conformidade das leis brasileiras de importação, há a suspeita de que as empresas possam estar fracionando as compras em vários pacotes, para emular envios de até US$ 50 por pessoas físicas — o que barateia os custos, já que, assim, não há pagamento de taxas. E a discussão sobre a taxação seria justamente para coibir essa prática.


A Shein afirma que planeja estabelecer parceria com dois mil fabricantes locais e criar aproximadamente 100 mil empregos nos próximos três anos. A gigante varejista chinesa afirma que deve injetar inicialmente R$ 750 milhões para "fornecer tecnologia e treinamento aos fabricantes afim de atualizar seus modelos atuais de produção para o modelo sob demanda da Shein". A expectativa da Shein é que, até o final de 2026, cerca de 85% de suas vendas sejam locais, tanto de fabricantes como de vendedores.


A chinesa adianta, em comunicado, que o investimento "permitirá aos produtores locais gerenciar melhor os pedidos, reduzir o desperdício e diminuir o excesso de estoque, resultando em uma maior agilidade para responder à demanda do mercado". "Temos visto grande sucesso no Brasil desde nosso lançamento em 2020 e, com a crescente demanda dos consumidores, vimos a oportunidade de localizar mais a nossa cadeia de fornecimento para beneficiar os consumidores, as pequenas empresas e a economia em geral", ressalta afirma Marcelo Claure, Chairman da Shein para a América Latina.


Haddad, ao lado do do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse que a Receita Federal estaria trabalhando em um plano de conformidade, para implementar umo imposto digital e fazer com que as gigantes varejistas internacionais se adequem melhor às diretrizes brasileiras.


Shein destaca foco no marketplace com vendedores locais

Além do investimento, a Shein também anuncia nesta quinta seu marketplace para vendedores locais, com o objetivo de atender às demandas dos clientes brasileiros por uma variedade maior de produtos e categorias, bem como tempos de entrega mais rápidos — esse modelo local marketplace começou a ser testado em 2022.


"Um dos objetivos é ajudar a capacitar a comunidade de vendedores locais para alcançar a base de clientes da empresa por meio do site e do aplicativo da companhia. Além disso, o modelo de marketplace também permite que os vendedores possam aproveitar ainda a vasta experiência em marketing, redes sociais, logística e ecossistema de distribuição da Shein", destaca o comunicado.


"O Brasil é um mercado importante para nós, e estamos comprometidos em continuar a apoiar o crescimento econômico e o sucesso da SHEIN por todo o País", acrescenta Felipe Feistler, General Manager da empresa no Brasil. "Nosso objetivo é apoiar os fabricantes e fornecedores brasileiros para que possam aumentar seu alcance e crescimento no Brasil, bem como agir como um bloco de construção para futuras oportunidades globais."


*Canaltech 

Recuo na taxação da Shein, Shoppe e AliExpress afeta ações de varejistas brasileiras?

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Analistas apontam que medida vai continuar tendo impacto negativo na B3

Ações da Magalu caíram 5% no dia do anúncio sobre o recuo da taxação de marketplaces estrangeiros – Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters

A decisão do governo de suspender a cobrança de imposto de importação de produtos abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 250) deve afetar os resultados das varejistas brasileiras no longo prazo. De acordo com analistas ouvidos pela Inteligência Financeira, a queda acentuada das ações no dia seguinte ao anúncio já mostra que o mercado prevê mais dificuldades para o setor.


No dia 19 de abril, por exemplo, as ações de varejistas como Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VIIA3) e Lojas Renner (LREN3) chegaram a cair 5% cada, em média, em picos do dia.


O temor do mercado é o que, de fato, deve acontecer. Ou seja, aumento cada vez maior da participação das asiáticas nas vendas no Brasil e o enfraquecimento das varejistas locais. A Shein, por exemplo, aumentou só no ano passado 300% suas vendas para o Brasil. Como resultado, o faturamento: R$ 8 bilhões.


Como ficam as empresas e os investidores das varejistas?

“A Sea Ltd, dona da Shopee, por exemplo, informou na última divulgação de resultados para os seus investidores que as vendas para o Brasil vinham melhorando significativamente”, afirma Felipe Pontes, sócio fundador da L4 Capital.


O especialista afirma ainda que “algumas varejistas brasileiras até já contavam com esse aumento do cerco e tributação desse tipo de importação de produtos. Então o plano já foi quase todo por água abaixo”.


De acordo com ele, uma enxurrada de produtos chineses pode ser preocupante para o varejo nacional. Isso porque, “no médio e no longo prazo, se não houver uma reforma tributária que incentive mais o empresariado local, será difícil competir”.


Especialmente com os asiáticos “que eventualmente usam práticas análogas à escravidão e ainda vendem para o Brasil sem pagar os tributos devidos”, complementa.


“Ou seja: eles têm menores custos trabalhistas (prática conhecida como ‘dumping social’), não pagam IPI, ICMS etc., e nem são tributados quando vendem para o Brasil se fazendo passar por pessoas físicas”, diz.


Concorrência desleal

Opinião parecida vem de Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos.


“O governo ter cedido foi um gesto que, para nossas varejistas, é muito ruim. Tanto que as ações delas caíram em bloco depois da notícia”, diz.


Para Rodrigo, taxar os importados é ruim, principalmente para o público de poder aquisitivo menor, que costuma consumir produtos mais baratos.


Contudo, ele diz que “sem taxações, as varejistas brasileiras acabam tendo uma concorrência maior das empresas asiáticas que mandam produtos para cá a preços mais baixos”.


Duelo entre varejo asiático x brasileiro (em números)

Um levantamento feito pela TC Economática a pedido da IF (a tabela está logo abaixo) mostra a diferença de tamanho entre as gigantes asiáticas de varejo e as empresas brasileiras do mesmo setor.


Mesmo após o governo recuar da taxação da Shein e das demais varejistas asiáticas, as dificuldades que as varejistas brasileiras enfrentam são muito maiores que mudar o imposto de importação.


Afinal, os dados mostram que a JingDong (JD), varejista líder na China, teve receita de U$$ 151 bilhões, no ano de 2022. Isto é, cerca de 21 vezes mais que o Magazine Luiza (U$$ 7 bilhões), maior do setor no Brasil.


Aliás, no total, as três principais varejistas chinesas, JD, AliExpress e Shopee (SeaLimited), tiveram receita de U$$ 292,6 bilhões. Por outro lado, as seis maiores brasileiras do setor somaram U$$ 23,6 bilhões, apenas 8% das concorrentes asiáticas.


Mesmo não sendo de capital aberto, a Shein, de Cingapura, de acordo com o Financial Times, teve no ano passado uma receita de U$$ 22 bilhões. Ou seja, 93% dos ganhos das empresas brasileiras.


Para piorar, o abismo vai crescer. Isso porque a previsão de vendas da empresa de Cingapura para 2025 é de chegar à marca de U$$ 60 bilhões.


Embora o levantamento mostre que o percentual das margens líquidas seja parecido, a diferença de volume de receitas ainda é muito desafiadora para as varejistas nacionais.


É o que explica Bruno Bitar, economista e sócio da Ação Brasil Investimentos. “É importante entender que as empresas chinesas estão em uma escala mais de 20 vezes maior que as brasileiras”, diz.


Além disso, outro desafio é quanto à produção. “É possível observar que apesar de estarem com indicadores de margens parecidos, as empresas brasileiras ainda encontram-se atrás, com exceção das Lojas Renner, no quesito de produtividade”, diz.


Taxar as empresas asiáticas é a solução?

Já de acordo com Bruno, a taxação da Shein e suas colegas asiáticas não resolveria o problema da assimetria na concorrência. “É um remédio de dor de cabeça para um problema estrutural maior”, afirma.


Aliás, para ele, “a taxação acarretaria uma certa comodidade perante as empresas nacionais, em principal as grandes varejistas, em um detrimento do consumidor. Assim, dificultando a concorrência para o pequeno comerciário, e gerando ineficiência operacional no longo prazo”.


Além disso, o último estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre competitividade mostra a China em 4º lugar e o Brasil em 16º, em um ranking de 18 países.


O levantamento leva em consideração aspectos como mercado de trabalho, tributos, estrutura produtiva e ambiente de negócios.


Além disso, Bruno explica que para o Brasil também alcançar “crescimento chinês” precisa passar por mudanças profundas.


“Estas mudanças podem começar pelo investimento prioritário na infraestrutura nacional, aproveitando o potencial hidroviário do país, além do aprimoramento de portos e estradas”, diz.


Ele também cita reformas no modelo tributário. ”Implementação de vantagens fiscais em regiões estratégicas do território nacional, com o intuito de gerar um ambiente propício ao comércio internacional, além de facilitar a entrada de tecnologias estrangeiras nos processos produtivos locais, combinando os recursos naturais brasileiros e a confiabilidade na produção”, comenta.


Taxação e impacto para varejistas brasileiras

Embora a medida de taxação fosse muito aguardada por empresários brasileiros, o resultado financeiro, a curto prazo, não seria tão grande quanto se esperava.


A expectativa é que as vendas das três empresas chinesas no Brasil em 2023 seja de US$ 3 bilhões em 2023, de acordo com Felipe Pontes.


“Se essa receita fosse absorvida por negócios informais e formais, acredito que, dessa forma, poderia ter um impacto de aumento de 2% na receita da Magazine Luiza e 1% na Via/Casas Bahia e Americanas (cada)”, diz.


Outro aspecto que tem sido apontado pelo mercado são as diferenças de preço. Afinal, alguns produtos nos sites das varejistas asiáticas chegam a custar um terço de concorrentes brasileiros. Mesmo com a aplicação da taxa de 60%, muitos itens ainda continuariam a ser mais vantajosos nos sites estrangeiros.


Taxa de juros alta prejudica a concorrência com asiáticas

Desde o início da escalada de juros em meados de 2021, as varejistas brasileiras viram seu valor de mercado derreter na bolsa. Assim, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3) amargam quedas de quase 90%. 


Então, Cristiano Corrêa, Coordenador dos cursos de MBA de Negócios do Ibmec São Paulo, explica que os juros de 13,75% ao ano encurtam o poder de compra dos consumidores. E, portanto, encarecem os custos financeiros das varejistas.


“As margens das brasileiras são próximas até das asiáticas, mas o custo de rolagem da dívida no Brasil está quase que impagável. Há pouco tempo rolava a 4%, 5%; entretanto, hoje está a 12% ou 13%.”, afirma.


Com os últimos dados de inflação mostrando queda, a expectativa é de que o Banco Central comece a reduzir os juros no segundo semestre.


Empresas asiáticas são alvos de denúncias

Empresários brasileiros já tentavam mudar a norma de tributação contra as varejistas asiáticas desde 2022. Por exemplo, uma comitiva liderada pelo dono da Havan, Luciano Hang, acusou AliExpress, Wish, Shein, Shopee e Mercado Livre de praticar “contrabando digital”. Mas as empresas negam as acusações.


De acordo com o empresário, há subfaturamento de notas fiscais, reetiquetamento na Suécia e apenas 2% dos pacotes que chegam na fiscalização alfandegária são checados.


Aliás, o não pagamento de impostos de importação e a tentativa de taxação da Shein e das demais varejistas asiáticas é apenas um das polêmicas que envolvem as varejistas estrangeiras.


Por exemplo, a Shein foi denunciada no ano passado em um documentário da emissora inglesa Channel 4. Assim, a investigação mostrou que alguns trabalhadores chegavam a trabalhar até 18 horas por dia, sem folga.


Por aqui, em 2014 uma consumidora recebeu no Distrito Federal uma encomenda da AliExpress com um pedido de socorro. Uma mensagem em inglês, dizia: “Eu sou escravo. Me ajude”.


Além disso, a Shoppe, empresa de Cingapura, também já foi alvo de denúncias por supostamente implementar a cultura de trabalho chinesa na empresa e até mesmo de racismo. Após o incidente, a empresa disse que investigaria as denúncias.


Taxação da Shein, Shopee, JD e AliExpress é suspensa

A ideia da taxação da Shein, Shopee (Sea Limited), JD e a AliExpress é justificada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como um pedido do presidente Lula para que houvesse um aumento da fiscalização.


Isso porque as empresas asiáticas, de acordo com o governo, se aproveitam de uma portaria de 1999 do Ministério da Fazenda. Essa portaria isenta de imposto de importação o recebimento de produtos no valor de até US$ 50, desde que enviados por pessoa física.


As companhias estariam enviando, portanto, os produtos usando esse recurso, o que é proibido para pessoas jurídicas.


O governo estima, aliás, que 99,5% dos produtos que entram abaixo de US$ 50 são de empresas. Com a prática, as empresas deixam de pagar, no mínimo 60%, de imposto de importação. Assim, o governo perde cerca de R$ 6 bilhões em arrecadação.


Qual é o tamanho das varejistas chinesas?


No estudo da Economática foram consolidados a receita e o lucro em dólares da JD (e-commerce e logística), Alibaba (controladora da Aliexpress) e Sea Ltd (controladora da Shopee). Então, o mesmo foi feito com as empresas brasileiras para efeito de comparação. 


Posteriormente, foi considerado um “único setor” para as empresas brasileiras. Ou seja, foram somadas a receita de Magazine Luiza, Via Varejo, Americanas, Renner, Guararapes (Riachuelo) e C&A, e identificado a participação de cada uma no total. Com esse valor, foram divididas a receita das cias chinesas de US$ 292 bilhões para cada participação das varejistas brasileiras.


Compare:

Nome da varejista asiáticaBalanço  mais recenteMargem Bruta de 2022Margem Líquida de 2022Receita de 2022
Lucro Líquido de 2022 (em dólares)
Jd.Com, Inc.31/12/20228,03%0,93%151.690.000.0001.507.000.000
Alibaba Group Holding Ltd31/12/202236,32%2,71%128.485.000.0005.787.000.000
Sea Limited
(Shopee)
31/12/202241,65%-13,32%12.449.705.000-1.651.421.000
Total292.624.705.0005.642.579.000
Nome da varejista brasileiraBalanço mais recenteMargem Bruta de 12 meses, conforme balanço mais recenteMargem Líquida de 2022Receita de 2022
Lucro Líquido de 2022 (em dólares)
Magazine Luiza31/12/202227,99%-1,34%7.148.552.000-95.631.000
Via31/12/202231,04%-1,11%5.921.766.000-65.546.000
Americanas30/09/202230,68%0,15%5.177.615.0007.933.000
Lojas Renner31/12/202260,17%9,73%2.543.484.000247.562.000
Guararapes31/12/202258,18%0,61%1.621.148.0009.962.000
C&A Modas31/12/202250,23%0,01%1.185.110.000159.000
Total23.597.676.000104.439.000
Fonte: TC Economática

*Inteligência Financeira 

Mais demissões à vista? Walmart quer automatizar 65% das lojas até 2026

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5 de abr. de 2023

 Mais demissões à vista? Walmart quer automatizar 65% das lojas até 2026

Alsorsa.News | Mais demissões à vista? Walmart quer automatizar 65% das lojas até 2026

O investimento na área de automação é visto justamente como uma saída para acelerar a saída de encomendas das instalações de e-commerce do Walmart. 


Mais demissões?

Por enquanto, ainda não ficou claro se a novidade causará mais demissões. Considerada a maior empregadora privada dos EUA, a varejista possui hoje cerca de 1,7 milhões de colaboradores no país e mais 60 mil atuando em outros países.


Segundo o Walmart, a mudança reduziria a necessidade de contratar pessoas para ocupar cargos com salários mais baixos, abrindo espaço para “funções que exigem menos trabalho físico, mas têm uma taxa de pagamento mais alta”, diz o relatório da empresa.


“Com o tempo, a empresa prevê um aumento de produtividade por pessoa, devido à automação, mantendo ou mesmo aumentando seu número de associados à medida que novas funções são criadas”, acrescenta o documento.


Até janeiro de 2026, mais da metade dos pedidos (cerca de 55%) serão processados em instalações automatizadas, informou a empresa, o que também vai contribuir na redução de custos operacionais.


O CEO da varejista, Doug McMillon, disse em teleconferência que está “muito entusiasmado” com as oportunidades na área de automação. O plano do executivo é aumentar os investimentos na tecnologia como parte do orçamento de gastos da empresa, previsto em US$ 15 bilhões para 2023.


Imagem principal: QualityHD/Shutterstock

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31 de mar. de 2023

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Grande multinacional fecha lojas por falta de vendas

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8 de mar. de 2023

Em Portland, cidade no noroeste dos Estados Unidos, duas lojas da multinacional Walmart encerram suas atividades. Entenda a situação.

Alsorsa.News | Grande multinacional fecha lojas por falta de vendas

O dia 24 de março será o último das lojas Walmart na cidade de Portland. A causa do fechamento é a falta de vendas da multinacional, a região vem nos últimos anos investindo no varejo independente e regional.


Com o encerramento das atividades, cerca de 580 funcionários serão demitidos, no entanto, a empresa garante que eles poderão pedir transferência para outras lojas que permanecerão abertas no subúrbio de Portland.


Multinacional se prepara para fechar mais 10 lojas nos EUA

As lojas fechadas estão localizadas fora do centro urbano de Portland. O estabelecimento no bairro Delta Park, foi o primeiro Walmart da cidade inaugurado em 2013, permanecendo aberto por menos de uma década. A outra loja da multinacional que será fechada está instalada dentro de um shopping no sudoeste da cidade de Portland.


O encerramento das atividades do Walmart acontecem quando a empresa se prepara para fechar mais dez lojas em todo o país. Estados como Arkansas, Flórida, Illinois, Novo México, Wisconsin e Washington, DC. terão lojas do Walmart fechadas. Além dos estabelecimentos comerciais, a empresa também vai encerrar três centros de tecnologia, incluindo um em Portland.


Walmart.com e os protestos contra a marca

O gerente sênior de relações com a mídia do multinacional, Robert Arrieta, relatou sobre a gratidão da marca em poder atender aos clientes durante esse período e que espera continuar essa relação através da plataforma digital da rede.


“Estamos ansiosos para atendê-los em nossas outras lojas nas comunidades vizinhas e no walmart.com”.


Há muito tempo a multinacional é alvo de uma organização de moradores de Portland para manter seus bairros afastados da rede de departamentos. Durante as ações da Black Friday de 2012, cerca de 150 pessoas protestaram na única loja que existia no local à época.


Imagem: PhotographerIncognito / Shutterstock.com


*Seu Crédito Digital 

Mastercard vive embate com varejistas sobre parcelamento nos EUA

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16 de ago. de 2022

 Empresa enfrenta resistência dos varejistas sobre novo produto que permite que consumidores parcelem compras

JPCN.Blog | Mastercard vive embate com varejistas sobre parcelamento nos EUA
(Bloomberg/Getty Images) Bloomberg

A gigante de pagamentos disse aos comerciantes e seus bancos que cobrará 3% do preço de compra a cada vez que um comprador usar o novo programa, segundo pessoas a par do assunto. Os comerciantes serão, automaticamente, inscritos no novo serviço de parcelamento da Mastercard, embora haja a possibilidade de recusa.

O valor surpreendeu alguns dos maiores varejistas americanos, muitos dos quais já fecharam acordos com emissores de cartões de crédito e provedores de compra parcelada que podem impedi-los de oferecer serviços de concorrentes a seus clientes. Outros, no entanto, estão adotando o novo serviço, uma vez que o custo de 3%, ainda que maior que qualquer taxa normal da Mastercard para crédito, é menor que a taxa cobrada pela maioria dos fornecedores autônomos de parcelamento.

“A promessa do BNPL será cumprida totalmente quando todos se beneficiarem – credores, comerciantes e, em última instância, o consumidor”, disse Chiro Aikat, vice-presidente executivo de produtos e engenharia da Purchase de Mastercard, com sede em Nova York, em comunicado via e-mail. “Quando criamos nosso programa no ano passado, fomos decidimos possibilitar outra forma de pagamento funcional e transparente, com os mesmos níveis de confiança e segurança que se espera da Mastercard.”

O conflito é o capítulo mais recente do drama de longa data entre varejistas e a Mastercard e a Visa, sua rival. Os varejistas têm falado cada vez mais sobre o custo de aceitar pagamentos eletrônicos, com as taxas de processamento subindo para US$ 137,8 bilhões somente no ano passado, de acordo com a publicação The Nilson Report.


Afterpay e Klarna

A Mastercard estreou o programa de parcelamento no ano passado como parte da resposta das redes ao aumento do interesse dos consumidores em dividir o custo de suas compras. A medida ocorreu depois que empresas de tecnologia financeira focadas no espaço do “compre agora, pague depois” - como a Afterpay e a Klarna - já haviam abocanhado até US$ 10 bilhões da receita anual dos bancos, de acordo com a McKinsey.

No momento em que estava prestes a anunciar o novo serviço, a Mastercard já havia feito parceria com credores, incluindo o provedor de cartões de loja Synchrony Financial e a unidade de cartões da Barclays para desenvolver o novo produto. A ideia era que esses credores e outros, juntamente com fintechs novatas e empresas que oferecem carteiras digitais, pudessem aprovar empréstimos parcelados para os consumidores antes de uma compra ou oferecer a opção no checkout.

Em poucos meses, a Mastercard anunciou que varejistas como Walgreens Boots, American Airlines e Bass Pro Shops concordaram em trabalhar com a rede no lançamento do novo serviço. Em junho, a gigante da tecnologia Apple anunciou que usaria a Mastercard para seu novo produto de parcelamento.

“Ao usar a rede Mastercard, o Apple Pay Later funciona apenas com o Apple Pay e não requer integração para vendedores”, diz a Apple em seu site.

*Exame 

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