Nos próximos dias, a Terra vai atingir seu ponto mais distante do Sol. O que vai acontecer?
Estamos prestes a dar o maior passo longe do Sol este ano. Isso mesmo, em apenas alguns dias, nosso planeta Terra embarcará em uma jornada celestial até o ponto mais distante de sua órbita ao redor do Sol, um momento majestoso conhecido como “afélio”.
Marquem em seus calendários, amantes do espaço. Este ano, a Terra está pronta para atingir o afélio no dia 6 de julho, precisamente às 20:08 UTC, segundo o In The Sky. Este fenômeno acontece todos os anos, como uma espécie de férias anuais do nosso planeta, esticando seus braços até a distância máxima de cerca de 152.000.000 quilômetros de nossa estrela quente e brilhante.
O que é o afélio?
O termo “afélio” pode parecer um pouco técnico, mas não deixe que isso o impeça. Em sua essência, é apenas a Terra realizando uma grande dança cósmica coreografada pelas leis da física. O valsar ao redor do Sol leva cerca de 365 dias, e em vez de seguir um círculo perfeito, nosso planeta escolhe um caminho elíptico mais interessante.
Um grande viva para o gênio alemão, Johannes Kepler, que primeiro propôs essa ideia de órbitas elípticas. Ele também cunhou o termo “afélio”, fundindo as palavras gregas “apo” (que significa “longe de”) e “helios” (que significa “Sol”).
As estações do ano
Mas espere! E as estações do ano? Se estamos mais distantes do Sol em julho, não deveríamos estar todos nos aquecendo com roupas de inverno? Não, não funciona bem assim. Apesar do afélio, em julho é verão no hemisfério norte e inverno no sul.
Isso ocorre porque as estações do ano não têm a ver com o quão perto ou longe estamos do Sol. Na verdade, trata-se da inclinação do nosso planeta. A Terra tem um pequeno desvio, cerca de uma inclinação de 23° em relação à perpendicular ao plano de sua órbita. Essa leve inclinação significa que diferentes partes do nosso mundo são banhadas pela luz do sol em diferentes ângulos ao longo do ano.
Quando o verão chega, os raios do Sol atingem aquela parte do hemisfério da Terra de forma mais direta e por mais tempo. Por outro lado, quando é inverno, os raios do Sol atingem em um ângulo mais íngreme, por um período menor. Esta pequena dança entre a Terra e o Sol determina a mudança das estações e marca os momentos dos equinócios e solstícios.
Então, enquanto nos aproximamos do afélio neste julho, tire um momento para maravilhar-se com a coreografia celestial em jogo. Embora possa parecer que estamos nos afastando do Sol, tudo faz parte da grande dança cósmica, um testemunho da majestade do universo e nosso lugar dentro dele. Não estamos apenas vivendo na Terra, pessoal, estamos voando pelo espaço em uma esfera azul que conhece perfeitamente seus movimentos. É hora de curtir a viagem!
*Mistérios do Mundo/In The Sky