Agência cria “selo” para identificar propaganda feita com inteligência artificial

Ideia da Live é que o selo fique disponível para download e seja compartilhado por diversos membros da comunidade criativa para "avisar" clientes e consumidores sobre a presença da IA em alguma parte do processo criativo

Ampliação do uso da AI pode deixar dúvidas do que é real ou montagem | 23/06/2023 REUTERS/Dado Ruvic

Diante da ascensão das ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (IA), a internet foi inundada com imagens de todo o tipo, do “Papa fashion” à suposta prisão do ex-presidente americano Donald Trump, em comum essas publicações traziam a dúvida: essa imagem é real ou é uma montagem?

No mundo da publicidade, o uso dessas plataformas também levantou as discussões sobre o tema depois que a cantora Elis Regina foi “revivida” em uma campanha da Volkswagen para cantar “lado a lado” com sua filha Maria Rita.

Para ajudar no debate e, principalmente, na identificação do uso dessas ferramentas de produção dentro da propaganda, a agência Live decidiu criar um “selo indicativo” para avisar os espectadores sobre o uso das ferramentas.

A ferramenta de transparência sobre o uso de ferramentas é uma iniciativa gratuita e que pode ser utilizada por qualquer pessoa ou agência.

Conforme divulgado pela empresa, a ideia é que o selo fique disponível para download e seja compartilhado por diversos membros da comunidade criativa para “avisar” clientes e consumidores sobre a presença da Inteligência Artificial generativa em alguma parte do processo criativo.

“Nós temos a visão humana de contar que nós, como criadores, usamos a inteligência artificial para criar aquela peça”, diz a presidente da Live, Aline Rossin.

Para Luiz Lara, presidente do Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário (Cenp-Meios) e “chairman” da Lew’Lara/TBW, a iniciativa do selo pode ser positiva para o mercado e para os consumidores no momento em que todo o mundo começa a discutir sobre o impacto dessas ferramentas dentro da propaganda.

“Fato é que estamos diante de um novo mercado regido por tecnologia e AI é um ponto de inflexão, mas a comunicação é viva, sempre se reinventou e incorporou inovações para se manter contemporânea e conectada com diferentes audiências”, afirma o especialista.

Aline, da Live, explica que uma das inspirações para a criação do selo indicativo se deu após o lançamento da campanha criada pela agência AlmapBBDO para a Volkswagen, que utilizou ferramentas de IA para criar um encontro de gerações entre Elis Regina e Maria Rita, em que mãe e filha cantavam juntas a música “Como nossos pais”.

“Depois da repercussão da campanha da AlmapBBDO veio o insight. E se tivesse um selo que mostrasse aos consumidores, algo como o ‘imagem meramente ilustrativa’, muito da repercussão negativa não teria ocorrido se houvesse um selo”, afirma a executiva.

Sobre a divulgação da iniciativa, a expectativa da presidente da agência de publicidade é de que o selo ganhe adesão de outros nomes do mercado. Para que isso aconteça, ela tem realizado encontros com outros executivos e proposto que a ferramenta seja integrada ao processo criativo dessas agências.

“Eu tenho conversado com outros líderes de mercado para transformar esse selo em um movimento, para ser transparente com o consumidor final e com os nossos clientes”, diz.

Assista o vídeo:

*CNN Brasil 

Creative Challenge é o novo jeito de ganhar dinheiro no TikTok

 Creative Challenge é o novo jeito de ganhar dinheiro no TikTok

Montagem: Caio Carvalho/Canaltech

O TikTok anunciou uma nova forma de monetizar conteúdo que facilita a criação de anúncios para marcas presentes na rede. Batizado como "TikTok Creative Challenge" ("Desafio Criativo do TikTok", em tradução livre), a ferramenta nativa do serviço coloca criadores de conteúdo numa disputa pela criação da melhor publicidade e, aquele que atende aos critérios, leva o dinheiro para casa.

Muitos criadores fazem publicidade para marcas, mas a negociação acontece de forma direta e depende do alcance do perfil. No "Creative Challenge", a rede quer permitir que qualquer pessoa faça um publi e ganhe dinheiro por isso, desde que atenda aos critérios estabelecidos pelo cliente.

"Os criadores podem navegar pela lista de desafios, ler o resumo do desafio que exibe as possibilidades de recompensas e detalha os critérios e requisitos do conteúdo e enviar seu anúncio em vídeo", explica a plataforma. A publicação não aparece na página de perfil do usuário, mas circula pelo TikTok na aba "Para você" como outros anúncios da plataforma.

A iniciativa do TikTok "oferece aos criadores total liberdade criativa sobre seus anúncios, abrindo mais oportunidades para os criadores colaborarem com as marcas da maneira mais autêntica para eles".

Publis de alta qualidade

De acordo com a empresa, os envios precisam ser "de alta qualidade, bem editados e originais". Se aprovado, o usuário pode conferir o status da participação, conferir estatísticas de engajamento e checar os ganhos mensais.

Se algo estiver fora do lugar, mas a participação for válida, o criador também terá a chance de aplicar revisões antes de ter o conteúdo descartado. Além disso, uma vez participando do desafio, o criador ganha acesso a uma comunidade exclusiva e a um programa de mentoria para buscar dicas com outras pessoas.

Requisitos mínimos

Para participar do Creative Challenge, o usuário precisa atender alguns critérios:

■ Ter mais de 18 anos;

■ Residir nos Estados Unidos;

■ Ter mais de 50 mil seguidores.

No anúncio, o TikTok não mencionou planos para expandir o Creative Challenge para outras regiões além dos Estados Unidos — portanto, por agora, resta esperar por mais novidades.

*Canaltech 

O papel da mídia social no marketing multicanal

O consumidor de hoje tem à sua disposição uma quantidade sem precedentes de conteúdo gerado pelo usuário relacionado à marca. Até certo ponto, o vendedor não está mais no controle.

Todos nós já vimos Mad Men , certo? O antigo modelo de marketing era baseado na publicidade. Corporações e publicitários sentaram-se ao redor de uma mesa de conferência na Madison Avenue, fumando um cigarro atrás do outro e bebendo uísque, decidindo como dizer ao consumidor o que ele precisa comprar.

Já estamos em 2023 e o modelo de marketing típico não depende de anúncios. Hoje, o consumidor diz ao vendedor o que quer comprar, como quer comprar e o que espera do produto ou serviço. E se eles ficarem desapontados, é melhor você acreditar que eles vão contar a todos sobre isso.

O marketing multicanal nos dias da Madison Avenue era assim:

🖨 Imprimir

📻 Rádio

📺 Televisão

Hoje, o marketing multicanal é assim:

🔗 Sites

🔎 Blogues

📮Boletins informativos

📧 E-mail

📢 Conteúdo patrocinado

🗞 Jornalismo de marca

🎬 Vídeo

🎙Áudio

📥 Páginas de destino

💻 Conteúdo Visual

Com tantos canais, a conexão entre inbound marketing e marketing multicanal é fundamental para as vendas. Os vendedores devem ter conteúdo valioso e relevante, onde, quando e como os consumidores, clientes potenciais e clientes o procuram.

Mídia social: a base do marketing multicanal

75% dos adultos online usam mídias sociais regularmente. Desses 75%, o número é dividido em 50/50 entre pessoas que usam 1+ redes de mídia social e pessoas que usam 4+ redes de mídia social.

“Mídia social” não é um canal. A mídia social é uma plataforma para compartilhar e discutir o conteúdo que você publicou em seus canais de marketing selecionados. Lembre-se: 75% dos adultos online usam 1+ redes de mídia social. Esses consumidores também gastam uma média de 3 do total de 6 horas online navegando nessas redes, compartilhando e discutindo .

Vale a pena repetir: os vendedores devem ter conteúdo valioso e relevante, onde, quando e como os consumidores o procuram. Eles estão procurando nas redes sociais. Seu objetivo nas redes de mídia social é ser visível e ativo na discussão que está ocorrendo sobre sua marca, setor ou nicho. A melhor maneira de contribuir e, eventualmente, liderar essas discussões é publicar conteúdo em alguns dos muitos canais de marketing cuidadosamente selecionados disponíveis para você e se envolver e se conectar com seus consumidores que também estão compartilhando conteúdo.

A mídia social é uma ferramenta de construção de relacionamento, não uma estratégia de vendas. A mídia social é uma parte crítica de sua estratégia geral de marketing e negócios. Portanto, para que um gerente ou agência de mídia social seja bem-sucedido, existem algumas etapas importantes que você precisa seguir e trazer para a mesa, como estabelecer a identidade da sua marca e fazer uma extensa pesquisa de público.

Como escolher os canais certos para o seu negócio

Com os consumidores ativos em tantos canais digitais, as empresas têm várias maneiras de alcançá-los. Escolher todos eles geralmente é irracional e impraticável, para o seu tempo e orçamento. Quando os vendedores adotam uma abordagem dispersa e ad hoc para gerenciar as comunicações multicanal, eles correm o risco de:

■ Apresentar uma mensagem de marca inconsistente que, em última análise, confunde e inevitavelmente não consegue se conectar com as pessoas.

■ Espalhar recursos muito finos concentrando-se em canais onde seu mercado não está.

■ Concentre-se apenas em criar o máximo de conteúdo o mais rápido possível, em vez de promover ou criar diálogos sobre o conteúdo.

Aqui estão algumas coisas básicas sobre o que fazer e o que não fazer para escolher os canais de marketing e comunicação certos para o seu negócio:

■ Siga seu cliente. A mensagem da sua marca é personalizada para o seu público, então sua estratégia de comunicação e marketing também deve ser. Encontre-os onde eles estão: quais redes de mídia social eles usam? Eles compartilham? O que eles compartilham? Postagens no blog? Vídeos? Infográficos? Produtos? Eles compram na Amazon? Eles deixam comentários?

■ Faça sua pesquisa. Se você ainda não fez isso, conheça sua demografia como a palma da sua mão. Para quem você está vendendo atualmente? Quantos anos eles tem? Para quem seus concorrentes estão vendendo? Por que eles compram? Com o que eles se importam? O que eles estão falando sobre o seu setor nas redes sociais? Encontre estudos online. Procure tendências de #hashtag. Despeje os dados do seu site e descubra quais termos de pesquisa eles estão usando para encontrar você. Você nunca pode saber muito sobre o seu público.

■ Não copie seus concorrentes. Sua pesquisa competitiva deve complementar sua estratégia geral de marketing, não se tornar sua estratégia de marketing. Com essa mentalidade, você sempre estará um passo atrás da concorrência. Você ouviu falar que seu concorrente tem um programa de marketing por e-mail bem-sucedido. Ótimo! Escolher adicionar marketing por e-mail à sua estratégia de marketing é uma excelente ideia. Não crie um endereço de e-mail falso para entrar na lista de e-mail deles e, em seguida, use a mensagem, o conteúdo e o estilo deles para o seu próximo boletim informativo. Mantenha-se consistente com sua própria marca e concentre-se no que o torna diferente de seus concorrentes. Procure oportunidades em canais que ressoam com seu público que eles não estão aproveitando. Faça-os seus próprios.

Definir referências para o sucesso

Não se prenda a métricas de vaidade: “curtidas”, seguidores, visualizações de página, registros, downloads. Em vez disso, concentre-se em comentários, compartilhamentos, cliques em seu CTA, retenção e conversões de tráfego para leads. Essas são métricas acionáveis . Métricas acionáveis ​​mostram intenção e engajamento em nome de seu público. Essas métricas também são indicadores-chave de que você está usando os canais corretos e de que sua mensagem está correta e ressoando com as pessoas com as quais você está tentando se envolver.

O aspecto mais crítico de qualquer campanha de marketing é ter uma história de marca clara e concisa e uma hierarquia de mensagem coesa.

Se você não está vendo os resultados que espera, considere revisitar a demografia e a história da sua marca. Você está interagindo ativamente com seu público nos canais escolhidos, não apenas divulgando conteúdo? É mesmo o público certo? A mensagem certa? Simplesmente publicar conteúdo em uma rede de mídia social e esperar que as pessoas o vejam não é uma estratégia de marketing. Como vendedor, você precisa se comunicar e construir relacionamentos com outras pessoas. É para isso que servem as redes sociais: socializar.

Se você está recebendo cliques, mas vendo as taxas de rejeição aumentarem em suas páginas, este é um indicador claro de que seu público não viu o conteúdo que esperava ver em termos de mensagem ou design. Seu site está otimizado para celular? Se não, você não tem um site.

Se você está recebendo muito tráfego em seu blog, mas eles não estão convertendo em vendas ou leads, é hora de considerar ter uma visão profissional do design da web e repensar seus CTAs nas páginas do blog. Eles são claros? Visível? Sedutor? Acompanhe a jornada de um usuário pelo seu site. Onde você os está perdendo?

Considere contratar um consultor de relações públicas se você continuar lutando com engajamento e tração. Profissionais de relações públicas prosperam em ambientes que colocam duas regras acima de tudo: ser útil e ser interessante. Não fica mais autêntico do que isso. Esses profissionais trabalham duro para envolver seu público de maneira autêntica e ganhar sua confiança. Eles são mestres em encontrar a história e espalhar a palavra. A mídia social e o PR se encaixam perfeitamente.

“RP: a disciplina de comunicação que trata de mostrar, não vender; influenciar, não promover; e ganhar, não comprar”, escreve Adam Snyder na AdWeek . “Os profissionais de relações públicas estão envolvidos em mídias sociais puras desde antes de o termo ser cunhado e deveriam, naturalmente, liderar esforços sociais.”

A mídia social desempenha um papel crítico no suporte ao marketing multicanal geral da sua empresa, mas não deve ser a base de toda a sua estratégia. Explore canais e oportunidades, experimente suas mensagens e entenda para quem você está vendendo. Depois de ter uma compreensão mais profunda de seus objetivos e público, a mídia social se tornará uma ferramenta inestimável para construir relacionamentos com os consumidores no mercado atual.

Para obter mais ideias e conselhos sobre como elevar sua estratégia de marketing, visite Marketing Digital em nosso site ou Facebook .

*Social Styles

Yahoo encerra operação de publicidade e negócios no Brasil

Cerca de 80 pessoas foram desligadas da divisão de negócios do País; globalmente, demissões podem atingir 20% do quadro da companhia

Na tarde desta quinta-feira, 9, o escritório local comunicou a demissão dos cerca de 80 funcionários que atuavam no Yahoo Business, divisão de negócios da empresa no Brasil. A área será fechada.

Layoff atinge 20% do quadro global da empresa (Crédito: Piotr Swat/Shutterstock)

Nesse mesmo dia, o veículo Axios, dos Estados Unidos, publicou uma entrevista com o CEO da companhia, Jim Lanzone, em que ele informava sobre uma forte redução no quadro global da empresa, resultantes de mudanças na unidade de publicidade do Yahoo for Business.

Segundo o CEO, os cortes não se dão por redução de custos, mas por uma mudança de estratégia da empresa em relação à divisão de publicidade, para poder focar em outras áreas que, segundo a companhia, seriam mais lucrativas.

No final de 2022, a empresa firmou um acordo global com de publicidade com a Taboola para que a empresa seja fornecedora de native advertising do veículo pelos próximos 30 anos.

Corte de 20% do quadro de funcionários

De acordo com o Axios, as demissões do Yahoo atingirão 20% do quadro de funcionários da companhia em todo o mundo.

Já em relação à divisão de negócios, publicidade e tecnologia, esse percentual de demissão deve chegar a 50% do quadro global. No Brasil, toda a área foi encerrada.

Segundo a empresa, cerca de mil demissões serão realizadas até o fim desta semana.

A empresa ainda não divulgou um comunicado oficial detalhando as demissões nem informando o destino de seu pilar de conteúdo e de outras áreas.

Em janeiro de 2022, o então diretor geral da operação, André Izay, deixou o cargo depois de 15 anos na liderança. No lugar dele, assumiu a Alessandra Blanco. Foi a primeira vez que um líder da empresa é proveniente da área editorial e não da divisão de negócios.

Adoção da marca Yahoo

Em maio de 2021, o fundo de investimentos Apollo Global Management adquiriu a 0 Yahoo por US$ 5 bilhões. Na época, a empresa de telecomunicação e tecnologia adotava a marca Verizon Media. Ela manteve 10% de participação. Em setembro, a divisão optou por usar o nome Yahoo por se tratar da principal marca que compõe os negócios de mídia do grupo.

*Meio e Mensagem