Crítica Pânico 6 | Filme é o mais ousado, violento e potente da franquia
Paramount Pictures
Pânico 6 acaba de estrear nos cinemas e a espera foi pouca desde o lançamento do quinto filme. Naquele período, a saga se mostrou mais viva do que nunca e parece ter voltado de vez para a alegria dos fãs de slasher.
Em Pânico 6, revemos o mesmo elenco do filme passado, como Tara e Sam Carpenter (Jenna Ortega e Melissa Barrera), Mindy (Jasmin Savoy Brown) e Chad (Mason Gooding), sobreviventes do Ghostface, além de Gale Winters (Courteney Cox), que brilha na franquia desde o primeiro longa.
O novo filme da saga é o mais ousado até então, se permitindo ser mais brutal na mesma proporção em que é divertido. A trama também traz ótimas participações especiais, referências aos filmes passados e entrega uma breve aula sobre filmes slasher e franquias.
Atenção: esta crítica pode conter spoilers de Pânico 6!
O quarteto sobrevivente de Pânico 5 está de volta (Imagem: Divulgação/Paramount)
Ótimas participações especiais
Antes de começar a falar sobre o filme de fato, é preciso pontuar as incríveis participações especiais do longa. A primeira é da atriz Samara Weaving, a primeira vítima de Ghostface, que já é um pouco conhecida no cinema de terror. Ela participou de filmes como A Babá 1 e 2, além do ótimo Casamento Sangrento.
Inclusive, em uma cena de Pânico 6 que se passa no metrô, vemos uma pessoa fantasiada como a protagonista de Casamento Sangrento, interpretada por Weaving. A fantasia é nada menos que um vestido de noiva, cabelos presos e um colete com munição.
Quem também está presente no novo filme da franquia Pânico é Kirby Reed, personagem de Hayden Panettiere, uma das sobreviventes de Pânico 4. Agora adulta, ela é agente do FBI e procura Tara e Melissa para resolver mais uma onda de assassinatos do Ghostface.
O novo Ghostface está mais preparado para a matança (Imagem: Divulgação/Paramount)
Outra participação interessante do longa é de Billy Loomis, personagem de Skeet Ulrich. Além de ser o primeiro Ghostface da franquia ao lado de Stu Macher (Matthew Lillard), ele também é pai de Sam e aparece nos delírios da protagonista, que está sempre questionando se a atração por assassinatos é algo genético.
Cada vez mais afastado dos filmes originais, a franquia já se despediu de Dewey (David Arquette) em Pânico 5, que morreu nas mãos do Ghostface, e de Sidney (Neve Campbell), que está viva, longe e não participa do novo filme. Agora é a vez de Gale Weathers ter uma participação mínima na franquia, praticamente desnecessária.
A personagem Kirby Reed está de volta à franquia (Imagem: Divulgação/Paramount)
Reviravoltas
A franquia Pânico mostra que sabe se renovar já no começo do sexto filme, trazendo uma reviravolta inesperada. Mais uma vez referenciando filmes de terror e pessoas aficionadas pelo gênero, Samara Weaving interpreta Laura, uma professora de cinema que é morta por um de seus alunos, Jason (Tony Revolori).
Junto a um amigo, Jason tinha o plano de ser o novo Ghostface, mas suas identidades foram reveladas no início do filme, logo após a primeira morte. O que aconteceu na sequência, então, foi que outros vilões tinham os mesmos planos e conseguiram executá-los melhor, assassinando os jovens antes de tudo.
Mais brutal
Entre brincadeiras e diálogos cheios de referências às produções de terror, Pânico 6 consegue divertir mesmo sendo um filme de assassinatos. Vemos as inspirações não só no começo, com os dois jovens que quase viraram o Ghostface se mostrando fãs do cinema de horror, que só vem se renovando com o tempo, principalmente pela ascensão de conteúdos sobre crimes reais.
Quem também dá uma aula de cinema, em diálogos perfeitamente colocados para falar sobre os filmes atuais, como o próprio Pânico, é a personagem Mindy. Quando reunida com os colegas, incluindo Tara e Sam, para traçar um plano para escapar do Ghostface, ela cita todos os clichês e fórmulas usadas para desenvolver um bom filme de terror nos dias de hoje.
Pânico 6 traz reviravoltas sobre a identidade do assassino (Imagem: Divulgação/Paramount)
Deixando a diversão de lado, Pânico 6 é mais brutal, com cenas de confronto que continuam tirando o fôlego de quem está do outro lado da tela, entre facadas, quedas e até tiros. Ainda mais do que os filmes anteriores, o novo longa não tem medo de trazer protagonistas que sentem prazer por terem matado violentamente como defesa, ficando cada vez mais preparadas para seguir a vida sem nem um pouco de remorso.
Talvez a única falha do longa é ter muitos sobreviventes. Pessoas que levaram incontáveis facadas e tiros e sangraram ao extremo conseguiram se levantar e caminhar tranquilamente após os ataques. É como se o filme tivesse esquecido que seria ainda mais brutal, dando a chance de mais pessoas sobreviverem para o próximo longa.
*Canaltech