O governador da Bahia, Rui Costa tem dois sérios problemas para resolver, como ficou constatado em vídeo recente em que respondeu a uma pergunta sobre a motociata que será realizada em seu estado, na capital, Salvador, pelo presidente Jair Bolsonaro, marcada para o próximo dia 2 de julho.
“A Bahia tem decreto de restrição de aglomeração e nós adotaremos as medidas necessárias para evitar. Aqui tem governo e não terá imagens que eu vi em outros estados de moto sem placa ou com placa coberta. Aqui a lei será respeitada”, disse Rui Costa, visivelmente incomodado
O outro problema surge justamente desta fala, quando o governador afirma que “aqui a lei será respeitada”. Parece mesmo que Rui Costa perdeu a memória, pois são muitos os indícios de que o respeito à lei jamais foi sua virtude
Em seu segundo mandato seguido, Costa foi denunciado por participação em desvios de dinheiro do Fundo de Combate à Pobreza para campanhas eleitorais do seu partido, o PT, segundo delação de Dalva Sele, a presidente do Instituto Brasil. Sele disse que R$ 6 milhões do Fundo saíram dos cofres por meio de recursos para a construção de casas populares que não eram feitas. A Polícia Federal iniciou as investigações em outubro de 2016, no âmbito da Operação Hidra de Lerna.
Em escândalo mais recente, Costa também é apontado na compra irregular de respiradores para o combate à pandemia do novo coronavírus, realizada pelo Consórcio Nordeste. Dos mais de R$ 48 milhões pagos pelos estados à empresa Hempcare, por equipamentos que nunca foram entregues, R$ 10 milhões saíram dos cofres do governo baiano. Segundo as investigações em curso pelas autoridades, Bruno Dauster, à época chefe da Casa Civil de Rui Costa, foi apontado como o responsável pelas negociações com o Consórcio
Mais recentemente, segundo informações do Ministério Público, surgiu nova denúncia, em uma segunda compra de equipamentos médicos, também não entregues, dessa vez com a empresa Ocean 26, no valor de 44,8 milhões, o que pode elevar os prejuízos à quase R$ 60 milhões em verbas públicas.
Refrescada a memória do governador da Bahia, espera-se agora que, no próximo dia 2 de julho, ele coloque a Polícia Militar para ajudar na organização do evento e também na segurança de Jair Bolsonaro, já que em 23 de julho de 2019, também em desrespeito à um decreto que trata da segurança presidencial, Rui Costa se recusou a oferecer as forças estaduais na visita do presidente ao estado, em julho de 2019, na cidade de Vitória da Conquista.
Quanto à motociata, fica o conselho para que o governador faça a utilização de protetores auriculares, pois vai ter barulho.
Veja o vídeo:
Fonte: Jornal da Cidade OnLine