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Vale (VALE3) vê lucro cair mais de 36% no 3T23, mas anuncia dividendos de mais de R$ 10 bilhões; confira

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29 de out. de 2023

A Vale registrou lucro líquido de US$ 2,836 bilhões no período, resultado 36,3% menor do que o reportado no terceiro trimestre do ano passado

JPCN.Blog
Logo da Vale em montagem com notas de dólar Imagem: Montagem

A Vale (VALE3 — empresa com maior peso no Ibovespa — acabou de divulgar o esperado balanço do terceiro trimestre. Mas não foi só isso, a quinta-feira (26) ainda contou com o anúncio de dividendos bilionários da mineradora.


O documento mostra que a Vale registrou lucro líquido de US$ 2,836 bilhões no período, resultado 36,3% menor do que o reportado no terceiro trimestre do ano passado.


Analistas consultados pelo site Seu Dinheiro já esperavam uma queda do lucro, que veio apenas um pouco acima do previsto. A média das projeções de bancos apontavam US$ 2,6 bilhões.


Apesar da queda do lucro líquido, o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Vale teve alta de 14% na mesma base de comparação, para US$ 4,177 bilhões.


O ebitda proforma, que exclui as despesas relacionadas a Brumadinho, subiu 12% e chegou a US$ 4,482 bilhões.


O ebitda proforma, que exclui as despesas relacionadas a Brumadinho, subiu 12% e chegou a US$ 4,482 bilhões.


Já a receita líquida de vendas da companhia teve alta de 7% no terceiro trimestre deste ano ante o mesmo período do ano anterior, somando US$ 10,623 bilhões.


Tanto o ebitda quanto a receita vieram levemente abaixo do esperado por analistas, de acordo com a média das projeções recebidas, que foram de US$ 4,7 bilhões e US$ 10,8 bilhões, respectivamente.


O que fez o lucro da Vale cair?

De acordo com a mineradora, apesar dos maiores preços realizados de minério de ferro e dos maiores volumes de vendas de minério de ferro e pelotas, houve queda no lucro devido ao ajuste de variação cambial acumulada em 2022.


Outro fator que impactou o lucro foi a marcação a mercado do valor das debêntures participativas da companhia.


Dívida líquida da Vale cresce

A dívida líquida da Vale também voltou a aumentar no terceiro trimestre, totalizando US$ 10 bilhões, o que representa uma alta de 43,4% frente à dívida ao final do terceiro trimestre do ano passado e de 12,4% frente ao montante ao final do segundo trimestre deste ano.


A dívida é composta de provisões para despesas relacionadas ao rompimento das barragens de Brumadinho e de Mariana, esta última da Samarco - joint venture da Vale com a BHP.


Os valores provisionados não tiveram grandes alterações, mas houve maiores despesas com operações de swaps cambiais no terceiro trimestre.


A dívida líquida expandida da Vale também cresceu, com uma alta de 5,5% frente à dívida registrada ao final do segundo trimestre, indo para US$ 15,5 bilhões em 30 de setembro.


Segundo a Vale, o aumento se deve principalmente devido a US$ 1,7 bilhão em juros sobre capital próprio pagos no trimestre. A meta de dívida líquida expandida da Vale é de US$ 10-20 bilhões.


O fluxo de caixa livre da mineradora é outro indicador que mostrou uma piora, indo para US$ 1,126 bilhões no trimestre. 


Essa piora é explicada por um movimento negativo no capital de giro de US$ 186 milhões no período, que se deve a maiores vendas provisionadas, resultante do aumento dos preços provisórios de minério de ferro. 


A geração e posição de caixa da Vale foi usada principalmente para distribuir US$ 1,678 bilhões para os acionistas em juros sobre capital próprio e para a recompra de US$ 546 milhões em ações.


É a melhor empresa do brasil’: ação já decolou 4.200% desde o ipo, é líder de mercado e está barata


Performance operacional da Vale

Além dos destaques financeiros, a companhia já havia publicado os números operacionais neste mês. 


A Vale viu a sua produção de minério de ferro somar 86.238 mil toneladas métricas (Mt) no terceiro trimestre, o que representa uma queda de 4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No entanto, representa uma alta de 9,5% frente ao segundo trimestre deste ano.


Em mensagem no balanço, Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale, destacou que a unidade de minério de ferro está “no caminho para atingir o guidance, com o aumento da produção até o momento, melhora na qualidade média e redução do gap entre produção e vendas no trimestre”. 


Já sobre a área de metais básicos, onde o desempenho da Vale tem sido pior, o CEO afirmou que a companhia está avançando na revisão de ativos. 


O executivo ainda citou que a mineradora está avançando em direção a objetivos de longo prazo, com o início dos testes de carga da primeira unidade de briquetes e a assinatura de dois novos acordos para o desenvolvimento do que está chamando de Mega Hubs. 


Vai ter provento e recompra de ações

Mesmo com a queda no lucro, a companhia teve melhoras na produção de minério de ferro e segue priorizando a distribuição de proventos a acionistas.


Antes do balanço, a Vale anunciou o montante bruto de R$ 10 bilhões entre dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Além disso, anunciou um novo programa de recompra de ações.


Veja detalhes sobre os proventos e o programa na reportagem abaixo:

■ Vale (VALE3) anuncia pagamento de mais de R$ 10 bilhões em dividendos e novo programa de recompra de ações; confira

*Seu Dinheiro 

Magazine Luiza (MGLU3) despenca mais de 15% e registra maior queda do Ibovespa na semana; veja o que derrubou os papéis da varejista

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21 de out. de 2023

As ações mais sensíveis aos juros dominaram a lista de maiores quedas do principal índice acionário brasileiro

Alsorsa.News
Imagem: Shutterstock/Montagem: Felipe Alves

Em uma semana negativa para a bolsa brasileira, as ações mais sensíveis aos juros encabeçam a lista de maiores quedas do principal índice acionário do país. O Magazine Luiza (MGLU3) ficou com o primeiro lugar desse pódio ingrato após recuar mais de 15% nos últimos cinco dias.


Vale destacar que o Ibovespa registrou queda de 2,2% no período, pressionado pela escalada do conflito no Oriente Médio — que impulsiona a busca por ativos considerados porto seguro nos investimentos, como o ouro — e falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).


As declarações de Powell atrapalharam os negócios devido ao tom mais duro do chefe do BC norte-americano sobre o futuro da política monetária nos EUA.


O dirigente do Fed ressaltou que os juros devem permanecer elevados por mais tempo nos EUA e confirmou que o BC não abandonou o aperto monetário de vez.


Confira as maiores quedas do Ibovespa na semana:

Ação Variação semanal

Magazine Luiza (MGLU3) -15,38%

CVC (CVCB3) -14,38%

MRV (MRVE3) -9,96%

Carrefour Brasil (CRFB3) -9,32%

Iguatemi (IGTI11) -8,36%

Fonte: Trading View


Por que o Magazine Luiza (MGLU3) e outras ações de consumo recuam forte?

De volta às maiores quedas da semana, vale destacar que, em meio ao cenário geopolítico turbulento e a pressão nos juros, os yields dos Treasurys de 10 anos — títulos de dívida do governo dos EUA considerados um dos ativos mais seguros do mundo e usados com referência no mercado — ultrapassaram os 5% pela primeira vez em 16 anos na quinta-feira (19).


O mercado de Treasurys de US$ 25 trilhões é considerado a base do sistema financeiro global, e a disparada dos yields tem efeitos abrangentes.


Por isso, mesmo com o mercado brasileiro atualmente passando por um ciclo de queda nos juros, a alta dos títulos norte-americanos pressiona setores sensíveis às taxas, como o varejo, no qual se insere o Magazine Luiza, e o turismo — dois segmentos que encabeçam a lista de maiores quedas do Ibovespa nesta semana.


A construção civil também é afetada pelas perspectivas dos juros, mas a queda acentuada da MRV (MRVE3) está ligada à reação dos investidores à prévia operacional da companhia, que mostrou pouca aceleração nos lançamentos e queima de caixa milionária.


As maiores altas da semana

Já na ponta oposta do índice, a Embraer (EMBR3) registrou a maior alta do Ibovespa em uma semana na qual mostrou que suas aeronaves dominam cada vez mais os céus europeus.


A companhia anunciou na terça-feira (17) que a República Tcheca iniciou as negociações para uma potencial aquisição do jato C-390 Millennium como aeronave de transporte militar. O país europeu pretende adquirir duas aeronaves da Embraer e suporte associado.


O contrato ainda inclui treinamentos para pilotos e técnicos, fornecimento de peças de reposição e um plano de entrada em operação com a presença local da equipe da Embraer no país no início do processo. 


Há destaque ainda para o forte desempenho das ações da Petrobras (PETR3/PETR4) em meio ao avanço do petróleo. Os preços do barril sobem com as incertezas sobre o efeito do conflito no Oriente Médio na oferta da commodity.


Ação Variação semanal

Embraer (EMBR3) +4,35%

Petrobras (PETR4) +4,33%

Petrobras (PETR3) +3,79%

Energisa (ENGI11) +3,24%

Rede D'Or (RDOR3) +3,06%

Fonte: Trading View


*Seu Dinheiro

Como investir em ações? Guia completo para a Bolsa de Valores

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21 de fev. de 2023

Todo mundo que tem planos financeiros de longo prazo deve pensar em investir em ações na Bolsa de Valores. 

Alsorsa.News | Como investir em ações? Guia completo para a Bolsa de Valores

Isso porque, ao longo dos anos, o investimento no mercado de ações feito da forma certa teria tido resultados amplamente superiores aos da renda fixa. E isso considerando mesmo o método mais simples e básico de investimento: o direto no Ibovespa


Esse investimento garantiu um retorno composto médio de 7.09% a.a. entre 1975 e 2020, mais do que os 6.25% a.a. da SELIC no mesmo período. Portanto, se você pretende ter uma rentabilidade de longo prazo alta o suficiente para multiplicar o seu patrimônio e assegurar uma boa aposentadoria, deve começar a aprender sobre a Bolsa. 


E este guia foi criado justamente para acrescentar mais conhecimento. Trata-se de um material quase tão completo quanto um curso, que vai te ensinar tudo que você precisa entender para começar a investir em ações com sucesso! 


Então, acompanhe nessa aula que vai mudar sua vida financeira para sempre! 


Passo #1 - Por que investir em ações? 

Um dos princípios fundamentais que todo bom investidor deve seguir é o da clareza. E isso não é importante apenas na hora de investir de fato, mas também antes de investir um centavo sequer. É para isso que serve a Fórmula 1.5+. 


Para aplicá-la, o investidor deve dividir seus objetivos por prazo para conquista. A divisão deve ser feita em curto (até 1 ano), médio (entre 1 e 5 anos) e longo prazo (mais de 5 anos). Por isso o nome 1.5+. 


Então, esse é seu primeiro exercício: liste todos os seus objetivos de vida. Pode ser uma viagem, uma reforma na casa, um computador novo ou mesmo a sua independência financeira. 


Em seguida, estime o valor financeiro aproximado (a dinheiro de hoje) que seria necessário para cada objetivo, e prazo no qual você quer conquistá-los. Assim, vai saber quanto de seu patrimônio atual pode destinar aos seus objetivos de longo prazo! 


Lembre-se: você deve investir em ações apenas o seu dinheiro para objetivos de longo prazo (mais de 5 anos)! 


Passo #2 - Quanto eu posso investir em ações? 

Agora que você já tem uma noção melhor dos seus objetivos de longo prazo, e do valor necessário para eles, o próximo passo é definir quanto do seu dinheiro para o longo prazo você pode investir no máximo em ações! 


Isso mesmo: não é só porque você está investindo para o longo prazo que pode simplesmente colocar todo este dinheiro na Bolsa. É preciso fazer um cálculo com base em sua capacidade de assumir riscos. Isso porque ser feito a partir da fórmula simples de tolerância ao risco abaixo: 


$ para investir em ações = $ para o longo prazo x (2 x % Tolerância ao Risco) 


A premissa básica dessa fórmula é que, se diversificar bem sua carteira de ações, a queda máxima dela em um cenário de estresse tende a ser de 40%. No entanto, vamos considerar 50% para esse cálculo, para sermos mais conservadores. É uma fórmula bem simples que diz o seguinte: 


"Você pode investir em ações o dobro do que você tolera ver sua carteira cair, pois dificilmente a parte de ações de sua carteira cairá mais do que 50%". 


Por exemplo: se você tem R$ 10.000 para investir e está disposto a ver sua carteira cair no máximo 15%, a fórmula ficaria assim: 


$ para investir em ações = 10.000 x (2 x 0,15) < - lembre-se de usar a porcentagem em forma decimal 

$ para investir em ações = 10.000 x 0,3 

$ para investir em ações = 3.000 


Ou seja, você poderia investir em ações 3.000, e deveria colocar os outros 7.000 em ativos mais seguros de longo prazo, como na renda fixa! Isso é muito simples de calcular, e vai te dar uma segurança muito maior na hora de investir em renda variável! 


Passo #3 - Como investir minha reserva de emergência 

Antes de investi em renda variável, é essencial ter uma reserva de emergência formada e investida. Essa é aquela reserva monetária que você deve guardar para o caso de alguma emergência grave que demande bastante dinheiro, ou para o caso de você ter que largar seu emprego. 


Também chamada de Colchão de Liquidez, o montante de sua reserva deve consistir de 3 a 12 meses de seus gastos mensais médios. 


Esse montante depende do quão difícil é para você recuperar um fluxo de renda caso perca o seu atual. Seu colchão de liquidez deve estar investido em um ativo com as seguintes características: 

● Renda Fixa 

● Com o mínimo de risco possível 

● Com liquidez diária (ou no máximo em D+1) 

● Que suba todo dia um pouco 

Você não deve nunca investir sua reserva de emergência em ativos de renda variável, ou com amplo risco envolvido. 


Também não deve investi-la em ativos nos quais ela pode ficar "presa". Se você um dia precisa sacá-la, é bem possível que precise desse dinheiro rápido. E, finalmente, é sempre importante lembrar: você não está procurando por grandes rendimentos para seu colchão de liquidez. 


A ideia desse investimento é apenas postergar seu consumo, e manter esse dinheiro seguro e rendendo para que você possa utilizá-lo caso seja emergencialmente necessário. E, observando todos esse pontos, temos 4 recomendações principais para investimentos para sua reserva de emergência: 

● Tesouro Selic 

● CDB (com liquidez diária) 

● Fundo DI (com taxa de ADM de 0,3% ou menos) 

● NuConta 


Passo #4 - Entender o básico da Bolsa de Valores 

Antes de começar a investir em ações, é importante também entender bem algumas noções básicas da Bolsa de Valores, como: 


O que é a Bolsa de Valores? É um ambiente organizado e regulamentado onde investidores podem comprar e vender ações entre outros ativos mobiliários. 


Por que empresas emitem ações? Para captação de capital. Empresas, quando precisam de capital para algum plano, podem recorrer a terceiros, contraindo dívidas, ou vender parte de seu negócio na Bolsa em um processo chamado de IPO


O que é uma ação? Imagine uma casa. Qual a menor parte desta casa? É um tijolo dela. Agora imagine que a casa é uma empresa e o tijolo uma ação. Ações são a menor parte do capital social de uma empresa! 


Por que os preços das ações variam? Como disse um dos pais do Vallue Investing, Benjamin Graham: 


"A Bolsa, no curto prazo o mercado é como uma urna de sentimentos, e no longo prazo, como uma balança" 


Ou seja, no curto prazo as oscilações dos papeis se devem ao otimismo ou pessimismo dos investidores. Já no longo prazo, é o valor real das empresas por trás das ações que dita seus prelos. 


Esses são apenas alguns dos conhecimentos básicos que você deve ter antes de começar a investir na Bolsa de Valores. É sempre bom continuar estudando para ampliar seus conhecimentos ao longo do tempo. Isso deixará sua jornada como investidor bem mais tranquila. 


Passo #5 - Entender os múltiplos de ações básicos 

É importante que você entenda pelo menos o básico dos múltiplos de ações antes de começar a investir nelas. Esses são os indicadores utilizados para transmitir algumas informações importantes sobre ações através de números. Confira 9 deles para que você entenda bem antes de começar a investir: 


1. P/L (Preço por Lucro) 

É a relação do prelo da ação pelo lucro da ação. Indica o quão barata a ação está em relação ao seu desempenho no último ano. 


2. P/VPA (Preço por Valor Patrimonial da Ação) 

Preço da Ação dividido pelo Valor Patrimonial Líquido por ação. Informa quanto o mercado está disposto a pagar sobre o Patrimônio Líquido da empresa. 


3. Ev (Enterprise Vallue - Valor da Empresa) 

É o valor total da empresa, que corresponde ao valor de mercado da mesma somando-se as dívidas e subtraindo-se o caixa dela. Representa quanto você precisaria pagar para comprar a companhia inteira a dinheiro de hoje, pagando suas dívidas e ficando com seu caixa. 


4. Ebit (Earnings Before Interest and Taxes - Resultado Líquido) 

É o resultado operacional da empresa antes de considerar juros e impostos. 


5. Ev/Ebit (Enterprise Value por Ebit) 

É a relação entre o valor total da empresa e resultado operacional da empresa no último período. É a melhor forma de encontrar empresas descontadas no mercado. 


6. ROE (Return ou Equity - Retorno sobre Patrimônio) 

Representa a rentabilidade da empresa em relação ao seu patrimônio. Quanto mais alto, maior o lucro líquido da empresa em relação ao seu patrimônio líquido. 


7. ROIC (Return on Invested Capital - Retorno sobre Capital Investido) 

Indica o retorno da empresa em relação ao capital investido por ela. Quanto mais alta, mais retorno os investimentos feitos pela empresa dão. 


8. Dividend Yiel (Rendimento do Dividendo) 

É a relação entre os dividendos que a ação pagou no último ano pelo preço da ação. Quanto mais alto, mais a ação rendeu em relação ao preço pago pelo investidor por ela. 


9. Dividend Payout (Pagamento de Dividendos) 

É o percentual do lucro da empresa que é distribuído entre os acionistas como dividendos ou juros sobre capital próprio. Quanto mais alto, mais lucros a empresa distribui (e menos reinveste em si mesma). 


Esses são os 9 indicadores básicos que acreditamos que todo investidor deve conhecer. Quando você sentir segurança em seu conhecimento de todos eles, pode seguir adiante. 


Passo #6 - Escolher uma corretora 

Para investir em ações, é sempre necessário ter conta numa corretora. Ela age como uma "ponte" entre você e a Bolsa de Valores, permitindo que você compre e venda ativos na B3 com facilidade. 


E a escolha da corretora é, infelizmente, algo que trava muitos investidores logo no começo. Eles ficam na dúvida: "Mas qual a melhor corretora?" 


Podemos te falar que isso não existe, e você não deve perder tempo procurando isso. Nossa recomendação é apenas que você pare durante 1h de sua vida, e estude as maiores opções de mercado. Depois disso, simplesmente escolha, sem drama e demora, uma que: 

1• Seja credenciada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliário) 

2• Tenha taxas e custos que você se sente confortável pagando 

3• Tenha uma boa reputação no ReclameAqui 

Se a corretora que você escolheu cumprir esses 3 requisitos, ela já será boa o suficiente para você. 


Dica: não perca tempo procurando a melhor opção possível. Escolha uma que te deixa confortável e que vai permitir que você invista logo. 


Passo #7 - Estratégia para investir em ações 

O próximo passo essencial para investir corretamente em ações é escolher uma estratégia que você entende e que vai conseguir aplicar em sua carteira. Existem dezenas de estratégias de investimento em ações, baseadas em vários fatores, como: 

● P/L 

● P/VPA 

● Ev/Ebit 

● Fluxo de Caixa Descontado 

● Dividend Yield 

● entre outros. 

De qualquer forma, o essencial é que você siga uma estratégia que você entende e que te dê clareza quantitativa de quando comprar ou vender uma ação. 


Passo #8 - Investir em Ações 

O passo número #8 é aquele no qual você vai realmente consolidar seu investimento em ações. É o momento de abrir o seu Home Broker e comprar suas ações ou ETFs - dependendo de sua estratégia - com o dinheiro para longo prazo que sua tolerância ao risco permite que você invista na Bolsa. 


Muita atenção para não cometer erros operacionais, e recomendamos que salve informações importantes de seus investimentos em uma planilha, como: 

● Ações compradas 

● Data de compra 

● Preço de compra 

● Quantidade de cotas 

● Taxa de corretagem 

● Emolumentos e taxas da B3 pagos 

Além disso, recomendo que você baixe as notas de corretagem para facilitar na declaração do Imposto de Renda. Faça esses controles toda vez que for investir em ações - ou qualquer outro tipo de ativo. 


Passo #9 - Aportes e Rebalanceamentos - Fazendo a manutenção de sua carteira 

Agora que você já adquiriu todos os conhecimentos básicos necessários para investir em ações e fez seus investimentos, pode estar achando que a parte mais importante já passou. A parte mais importante dos investimentos - sejam eles em ações ou em qualquer outro tipo de ativo - é manter sua carteira seguindo em frente. 


"Para fazer um bom churrasco, não adianta ter o melhor assador, os melhores cortes de carne e os melhores temperos se faltar... carvão" 


E, nos investimentos, os aportes são o carvão. Por isso, recomendamos que separe uma parcela de sua renda mensal para aportar - ou seja, adicionar ao valor que já tem investido - para manter sua carteira crescendo. 


Uma forma de fazer isso é o Pay Yourself First, ou seja, quando receber a sua renda mensal, separar imediatamente uma parcela dela (como 15% por exemplo) para investir para seu futuro, antes de gastar em qualquer outra coisa. 


Além dos aportes, uma boa carteira deve rebalanceada periodicamente. Rebalancear a carteira significa vender os ativos que subiram e comprar mais dos que caíram. Sejam ele extraclasse, como rebalancear as proporções de ações, Flls, ações americanas; ou intraclasse, como o rebalanceamento das próprias ações para mantê-las proporcionais na carteira. 


Recomendamos que esse rebalanceamento seja feito de 3 em 3 meses, de preferência, mas você pode optar por fazê-lo de 6 em 6 ou 12 em 12 meses. Porem, não deixe de rebalancear a sua carteira. Isso é importantíssimo para manter seus ganhos a longo prazo. 


O caminho para o investimento de sucesso na Bolsa de Valores 

Quando passar por todos os pontos deste guia, você vai poder se considerar um Investidor da Bolsa de Valores. Mas, para ter sucesso nesta caminhada, é importante seguir trabalhando. 


Aportar regularmente (inclusive aumentando sua renda e seus aportes), seguir sua estratégia com disciplina, reconhecer que renda variável pode cair, e que sua carteira não vai ir bem sempre. 


Essas são apenas algumas das coisas que você deve manter em mente. Mas, se você se mantiver no caminho certo, sua Independência Financeira vai ser muito tranquila. 


Reflita: Investir na sua educação contínua e acreditar na sua capacidade de se transformar para melhor. Foque no seu alto desempenho. Se gostou do artigo, curta e compartilhe conhecimento. Gratidão por ler até aqui... 

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