Algoritmo secreto "Projeto Nessie" da Amazon gerou mais de US$ 1 bilhão em lucros extras, alega FTC em caso antitruste
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O algoritmo de preços secreto da Amazon, com codinome “Projeto Nessie”, pode ter gerado mais de US$ 1 bilhão em lucros extras para a empresa, de acordo com novos detalhes divulgados na quinta-feira, 2 de novembro, pela Federal Trade Commission (FTC) no caso antitruste contra a gigante do comércio eletrônico.
O que você precisa saber:
■ Em setembro, a FTC e mais de uma dúzia de procuradores-gerais estaduais processaram a Amazon, alegando que a empresa opera um monopólio ilegal.
■ Entre outras acusações, a queixa alega que a Amazon enterrava listagens oferecidas a preços mais baixos por outros varejistas e cobrava taxas altas dos vendedores para inflar os preços dos produtos.
■ A existência do Projeto Nessie foi revelada pela primeira vez em uma versão anteriormente censurada da queixa.
■ Nessie era supostamente um algoritmo que aumentaria o preço dos produtos na Amazon e monitoraria se outros varejistas fariam o mesmo.
■ Se eles não o fizessem, o algoritmo voltaria à lista original da Amazon.
■ A Amazon supostamente parou de usar o Nessie em 2019, mas a FTC alega que a empresa “considerou repetidamente ligá-lo novamente”.
Esses detalhes estavam censurados no caso original e parcialmente divulgados pelo The Wall Street Journal. Na quinta-feira, uma nova versão da ação foi divulgada com menos censuras, fornecendo ao público mais informações sobre os argumentos e evidências da FTC, segundo o The Verge. No mês passado, um porta-voz da Amazon afirmou que a FTC “estava errada quanto aos fatos e à lei”.
Isso inclui alegações fora do Projeto Nessie. De acordo com a queixa menos censurada, a FTC alega que o fundador da Amazon, Jeff Bezos, orientou os executivos da empresa a aceitar “anúncios ruins” como meio de extrair “bilhões de dólares através do aumento da publicidade, apesar da piora dos serviços para os clientes”.
O programa de associação Prime também está sob escrutínio da FTC. Na nova queixa, a FTC afirma que a Amazon teve várias oportunidades de corrigir falhas no sistema de inscrição do Prime “e, em vez disso, continuou a enganar mais usuários a se inscreverem no serviço”.
*Olhar Digital