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Investidor que comprou 31 centavos em Ethereum há 8 anos tem lucro de US$ 3,7 milhões

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31 de jul. de 2023

Dono não movimentava carteira com os ethers adquiridos desde a estreia do ativo no mercado, e decidiu aplicar quantia em outra atividade

Alsorsa.News
Ethereum completou 8 anos no fim do mês de julho (Reprodução/Reprodução)

No mesmo dia em que a Ethereum completou o seu aniversário de oito anos, um usuário reativou sua carteira de criptomoedas congelada desde a estreia da criptomoeda no mercado, na chamada oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês). Na época, ele gastou US$ 0,31 para comprar 2 mil ethers, que equivalem hoje a US$ 3,7 milhões.


A movimentação foi identificada pelo site LookOnChain e divulgada no último domingo, 30, mesmo dia em que o projeto celebrou seu oitavo aniversário. De acordo com a empresa, a carteira e todos os seus ethers não registraram nenhuma movimentação durante todos esses anos.


Entretanto, o dono da carteira não realizou um movimento que era esperado por muitos investidores: o de vender ao menos uma parte dos ethers adquiridos e, assim, embolsar um lucro milionário ao apostar na Ethereum anos atrás. Na verdade, a decisão foi de continuar acreditando no potencial do projeto.


Staking de ether

Segundo a LookOnChain, o dono da carteira digital retirou apenas uma parte do total de ethers armazenados - 641 unidades da criptomoeda - e começou a usá-los em operações de staking. O staking é uma espécie de renda passiva no mercado de criptomoedas.


Nele, um usuário deposita os ativos em um blockchain ou então em uma corretora que fará o depósito por ele. Em troca, ele recebe uma quantia mensal como remuneração pelo depósito. O funcionamento da operação está ligado ao atual sistema de prova de participação da Ethereum, ou proof-of-stake.


Em vigor no blockchain desde setembro do ano passado, a prova de participação demanda que usuários interessados em atuar como validadores de movimentações na rede depositem uma quantidade fixa de ethers. Em troca, eles passam a poder realizar as validações, ganhando recompensas em ether.


Em abril deste ano, a Ethereum passou por uma nova atualização, a Shanghai, que passou a permitir os saques dos ethers depositados e enviados como recompensa. Desde então, o projeto conseguiu atrair ainda mais validadores, chegando a um novo recorde de ether em staking.


*Exame 

Recuo na taxação da Shein, Shoppe e AliExpress afeta ações de varejistas brasileiras?

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21 de abr. de 2023

Analistas apontam que medida vai continuar tendo impacto negativo na B3

Ações da Magalu caíram 5% no dia do anúncio sobre o recuo da taxação de marketplaces estrangeiros – Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters

A decisão do governo de suspender a cobrança de imposto de importação de produtos abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 250) deve afetar os resultados das varejistas brasileiras no longo prazo. De acordo com analistas ouvidos pela Inteligência Financeira, a queda acentuada das ações no dia seguinte ao anúncio já mostra que o mercado prevê mais dificuldades para o setor.


No dia 19 de abril, por exemplo, as ações de varejistas como Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VIIA3) e Lojas Renner (LREN3) chegaram a cair 5% cada, em média, em picos do dia.


O temor do mercado é o que, de fato, deve acontecer. Ou seja, aumento cada vez maior da participação das asiáticas nas vendas no Brasil e o enfraquecimento das varejistas locais. A Shein, por exemplo, aumentou só no ano passado 300% suas vendas para o Brasil. Como resultado, o faturamento: R$ 8 bilhões.


Como ficam as empresas e os investidores das varejistas?

“A Sea Ltd, dona da Shopee, por exemplo, informou na última divulgação de resultados para os seus investidores que as vendas para o Brasil vinham melhorando significativamente”, afirma Felipe Pontes, sócio fundador da L4 Capital.


O especialista afirma ainda que “algumas varejistas brasileiras até já contavam com esse aumento do cerco e tributação desse tipo de importação de produtos. Então o plano já foi quase todo por água abaixo”.


De acordo com ele, uma enxurrada de produtos chineses pode ser preocupante para o varejo nacional. Isso porque, “no médio e no longo prazo, se não houver uma reforma tributária que incentive mais o empresariado local, será difícil competir”.


Especialmente com os asiáticos “que eventualmente usam práticas análogas à escravidão e ainda vendem para o Brasil sem pagar os tributos devidos”, complementa.


“Ou seja: eles têm menores custos trabalhistas (prática conhecida como ‘dumping social’), não pagam IPI, ICMS etc., e nem são tributados quando vendem para o Brasil se fazendo passar por pessoas físicas”, diz.


Concorrência desleal

Opinião parecida vem de Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos.


“O governo ter cedido foi um gesto que, para nossas varejistas, é muito ruim. Tanto que as ações delas caíram em bloco depois da notícia”, diz.


Para Rodrigo, taxar os importados é ruim, principalmente para o público de poder aquisitivo menor, que costuma consumir produtos mais baratos.


Contudo, ele diz que “sem taxações, as varejistas brasileiras acabam tendo uma concorrência maior das empresas asiáticas que mandam produtos para cá a preços mais baixos”.


Duelo entre varejo asiático x brasileiro (em números)

Um levantamento feito pela TC Economática a pedido da IF (a tabela está logo abaixo) mostra a diferença de tamanho entre as gigantes asiáticas de varejo e as empresas brasileiras do mesmo setor.


Mesmo após o governo recuar da taxação da Shein e das demais varejistas asiáticas, as dificuldades que as varejistas brasileiras enfrentam são muito maiores que mudar o imposto de importação.


Afinal, os dados mostram que a JingDong (JD), varejista líder na China, teve receita de U$$ 151 bilhões, no ano de 2022. Isto é, cerca de 21 vezes mais que o Magazine Luiza (U$$ 7 bilhões), maior do setor no Brasil.


Aliás, no total, as três principais varejistas chinesas, JD, AliExpress e Shopee (SeaLimited), tiveram receita de U$$ 292,6 bilhões. Por outro lado, as seis maiores brasileiras do setor somaram U$$ 23,6 bilhões, apenas 8% das concorrentes asiáticas.


Mesmo não sendo de capital aberto, a Shein, de Cingapura, de acordo com o Financial Times, teve no ano passado uma receita de U$$ 22 bilhões. Ou seja, 93% dos ganhos das empresas brasileiras.


Para piorar, o abismo vai crescer. Isso porque a previsão de vendas da empresa de Cingapura para 2025 é de chegar à marca de U$$ 60 bilhões.


Embora o levantamento mostre que o percentual das margens líquidas seja parecido, a diferença de volume de receitas ainda é muito desafiadora para as varejistas nacionais.


É o que explica Bruno Bitar, economista e sócio da Ação Brasil Investimentos. “É importante entender que as empresas chinesas estão em uma escala mais de 20 vezes maior que as brasileiras”, diz.


Além disso, outro desafio é quanto à produção. “É possível observar que apesar de estarem com indicadores de margens parecidos, as empresas brasileiras ainda encontram-se atrás, com exceção das Lojas Renner, no quesito de produtividade”, diz.


Taxar as empresas asiáticas é a solução?

Já de acordo com Bruno, a taxação da Shein e suas colegas asiáticas não resolveria o problema da assimetria na concorrência. “É um remédio de dor de cabeça para um problema estrutural maior”, afirma.


Aliás, para ele, “a taxação acarretaria uma certa comodidade perante as empresas nacionais, em principal as grandes varejistas, em um detrimento do consumidor. Assim, dificultando a concorrência para o pequeno comerciário, e gerando ineficiência operacional no longo prazo”.


Além disso, o último estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre competitividade mostra a China em 4º lugar e o Brasil em 16º, em um ranking de 18 países.


O levantamento leva em consideração aspectos como mercado de trabalho, tributos, estrutura produtiva e ambiente de negócios.


Além disso, Bruno explica que para o Brasil também alcançar “crescimento chinês” precisa passar por mudanças profundas.


“Estas mudanças podem começar pelo investimento prioritário na infraestrutura nacional, aproveitando o potencial hidroviário do país, além do aprimoramento de portos e estradas”, diz.


Ele também cita reformas no modelo tributário. ”Implementação de vantagens fiscais em regiões estratégicas do território nacional, com o intuito de gerar um ambiente propício ao comércio internacional, além de facilitar a entrada de tecnologias estrangeiras nos processos produtivos locais, combinando os recursos naturais brasileiros e a confiabilidade na produção”, comenta.


Taxação e impacto para varejistas brasileiras

Embora a medida de taxação fosse muito aguardada por empresários brasileiros, o resultado financeiro, a curto prazo, não seria tão grande quanto se esperava.


A expectativa é que as vendas das três empresas chinesas no Brasil em 2023 seja de US$ 3 bilhões em 2023, de acordo com Felipe Pontes.


“Se essa receita fosse absorvida por negócios informais e formais, acredito que, dessa forma, poderia ter um impacto de aumento de 2% na receita da Magazine Luiza e 1% na Via/Casas Bahia e Americanas (cada)”, diz.


Outro aspecto que tem sido apontado pelo mercado são as diferenças de preço. Afinal, alguns produtos nos sites das varejistas asiáticas chegam a custar um terço de concorrentes brasileiros. Mesmo com a aplicação da taxa de 60%, muitos itens ainda continuariam a ser mais vantajosos nos sites estrangeiros.


Taxa de juros alta prejudica a concorrência com asiáticas

Desde o início da escalada de juros em meados de 2021, as varejistas brasileiras viram seu valor de mercado derreter na bolsa. Assim, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3) amargam quedas de quase 90%. 


Então, Cristiano Corrêa, Coordenador dos cursos de MBA de Negócios do Ibmec São Paulo, explica que os juros de 13,75% ao ano encurtam o poder de compra dos consumidores. E, portanto, encarecem os custos financeiros das varejistas.


“As margens das brasileiras são próximas até das asiáticas, mas o custo de rolagem da dívida no Brasil está quase que impagável. Há pouco tempo rolava a 4%, 5%; entretanto, hoje está a 12% ou 13%.”, afirma.


Com os últimos dados de inflação mostrando queda, a expectativa é de que o Banco Central comece a reduzir os juros no segundo semestre.


Empresas asiáticas são alvos de denúncias

Empresários brasileiros já tentavam mudar a norma de tributação contra as varejistas asiáticas desde 2022. Por exemplo, uma comitiva liderada pelo dono da Havan, Luciano Hang, acusou AliExpress, Wish, Shein, Shopee e Mercado Livre de praticar “contrabando digital”. Mas as empresas negam as acusações.


De acordo com o empresário, há subfaturamento de notas fiscais, reetiquetamento na Suécia e apenas 2% dos pacotes que chegam na fiscalização alfandegária são checados.


Aliás, o não pagamento de impostos de importação e a tentativa de taxação da Shein e das demais varejistas asiáticas é apenas um das polêmicas que envolvem as varejistas estrangeiras.


Por exemplo, a Shein foi denunciada no ano passado em um documentário da emissora inglesa Channel 4. Assim, a investigação mostrou que alguns trabalhadores chegavam a trabalhar até 18 horas por dia, sem folga.


Por aqui, em 2014 uma consumidora recebeu no Distrito Federal uma encomenda da AliExpress com um pedido de socorro. Uma mensagem em inglês, dizia: “Eu sou escravo. Me ajude”.


Além disso, a Shoppe, empresa de Cingapura, também já foi alvo de denúncias por supostamente implementar a cultura de trabalho chinesa na empresa e até mesmo de racismo. Após o incidente, a empresa disse que investigaria as denúncias.


Taxação da Shein, Shopee, JD e AliExpress é suspensa

A ideia da taxação da Shein, Shopee (Sea Limited), JD e a AliExpress é justificada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como um pedido do presidente Lula para que houvesse um aumento da fiscalização.


Isso porque as empresas asiáticas, de acordo com o governo, se aproveitam de uma portaria de 1999 do Ministério da Fazenda. Essa portaria isenta de imposto de importação o recebimento de produtos no valor de até US$ 50, desde que enviados por pessoa física.


As companhias estariam enviando, portanto, os produtos usando esse recurso, o que é proibido para pessoas jurídicas.


O governo estima, aliás, que 99,5% dos produtos que entram abaixo de US$ 50 são de empresas. Com a prática, as empresas deixam de pagar, no mínimo 60%, de imposto de importação. Assim, o governo perde cerca de R$ 6 bilhões em arrecadação.


Qual é o tamanho das varejistas chinesas?


No estudo da Economática foram consolidados a receita e o lucro em dólares da JD (e-commerce e logística), Alibaba (controladora da Aliexpress) e Sea Ltd (controladora da Shopee). Então, o mesmo foi feito com as empresas brasileiras para efeito de comparação. 


Posteriormente, foi considerado um “único setor” para as empresas brasileiras. Ou seja, foram somadas a receita de Magazine Luiza, Via Varejo, Americanas, Renner, Guararapes (Riachuelo) e C&A, e identificado a participação de cada uma no total. Com esse valor, foram divididas a receita das cias chinesas de US$ 292 bilhões para cada participação das varejistas brasileiras.


Compare:

Nome da varejista asiáticaBalanço  mais recenteMargem Bruta de 2022Margem Líquida de 2022Receita de 2022
Lucro Líquido de 2022 (em dólares)
Jd.Com, Inc.31/12/20228,03%0,93%151.690.000.0001.507.000.000
Alibaba Group Holding Ltd31/12/202236,32%2,71%128.485.000.0005.787.000.000
Sea Limited
(Shopee)
31/12/202241,65%-13,32%12.449.705.000-1.651.421.000
Total292.624.705.0005.642.579.000
Nome da varejista brasileiraBalanço mais recenteMargem Bruta de 12 meses, conforme balanço mais recenteMargem Líquida de 2022Receita de 2022
Lucro Líquido de 2022 (em dólares)
Magazine Luiza31/12/202227,99%-1,34%7.148.552.000-95.631.000
Via31/12/202231,04%-1,11%5.921.766.000-65.546.000
Americanas30/09/202230,68%0,15%5.177.615.0007.933.000
Lojas Renner31/12/202260,17%9,73%2.543.484.000247.562.000
Guararapes31/12/202258,18%0,61%1.621.148.0009.962.000
C&A Modas31/12/202250,23%0,01%1.185.110.000159.000
Total23.597.676.000104.439.000
Fonte: TC Economática

*Inteligência Financeira 

Petrobras anuncia R$ 76 milhões destinados ao combate à Covid

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6 de abr. de 2021

 

De acordo com a estatal, desde 2020 já foram destinados R$ 100 milhões

Petrobras destinará recursos para ações de combate à Covid-19 Foto: Reprodução

A Petrobras anunciou a destinação de R$ 76 milhões em recursos para ações voluntárias de combate à pandemia da Covid-19. De acordo com a empresa, parte do montante é proveniente de recursos que a companhia recuperou em um acordo de leniência assinado recentemente. O dinheiro será destinado a ações como a doação de cestas básicas para famílias em situação de extrema pobreza e a compra de usinas de produção de oxigênio para hospitais. Desde o ano passado, a estatal já destinou R$ 100 milhões em ações de combate à pandemia.

Em comunicado, a petroleira informa que 180 mil cestas básicas serão doadas entre os meses de abril e de junho a 60 mil famílias que estejam em condições de vulnerabilidade social. São elegíveis as famílias cadastradas em projetos sociais e ambientais apoiados pela empresa ou que vivam em áreas vizinhas às suas unidades.

No caso das usinas, a empresa pretende comprar 12 pequenas unidades de produção de oxigênio que abastecerão hospitais públicos. De acordo com a Petrobras, cada unidade fornecerá gás medicinal suficiente para abastecer 20 leitos de UTI.

Serão beneficiados os estados onde a Petrobras tenha operações; e, dentro deste grupo, terão prioridade os estados que estiverem com taxas mais críticas de contaminação e mortalidade pela Covid-19. Os mesmos critérios serão utilizados pela estatal para doar cilindros de oxigênio.

Em nota, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirma que a empresa considera fundamental aumentar a oferta de oxigênio e alimentar famílias colocadas em situação de vulnerabilidade pela pandemia.

– Não podemos ficar inertes diante do sofrimento imposto pela Covid. Estamos desenvolvendo outras iniciativas, usando recursos que nos foram subtraídos no passado em benefício da sociedade – diz o executivo.

A Petrobras afirma que em 2020, primeiro ano da pandemia, destinou R$ 23 milhões para ações de combate à Covid-19, com a doação de materiais de higiene, testes de detecção da doença, combustível para veículos do sistema de saúde e botijões de gás para famílias vulneráveis. Em fevereiro deste ano, a companhia entrou na iniciativa “Juntos pelo Amazonas”, e doou, com outras empresas, uma usina de oxigênio para Manaus.

Além disso, a estatal destaca a criação de uma frente de pesquisas científicas para identificar soluções no enfrentamento à pandemia. O grupo desenvolveu protótipos de ventiladores pulmonares de custo mais baixo que os convencionais.

*Estadão

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