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Surto de Ebola no Brasil é improvável, afirma infectologista

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19 de fev. de 2021


Embora os surtos de Ebola observados na África acendam um alerta global, é pouco provável que a doença cause uma epidemia no Brasil. Isso porque países com sistemas de saúde mais eficazes podem agir de forma rápida para combater a doença. De acordo com o infectologista Eduardo Alexandrino, professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), isso é possível mesmo com o avanço ligeiro do vírus nos indivíduos infectados.

No domingo (14), o país africano Guiné anunciou uma nova epidemia de Ebola na região, após contabilizar sete infectados e três mortes em decorrência da doença. Isso levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a alertar seis países do continente, como Serra Leoa e Libéria, para se atentarem a possíveis registros de casos da doença.

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O temor não é exagero: diante da pandemia do novo coronavírus, qualquer surto de uma nova doença é motivo para preocupação, ainda mais com a possibilidade de uma epidemia. Além disso, o Ebola tem taxa de letalidade de 50% a 90% e pode causar diversas sequelas nos sobreviventes.

Alexandrino não acredita que a doença vá se espalhar de maneira global, especialmente em países com sistemas de saúde mais bem-estruturados. Ao contrário do novo coronavírus, o Ebola não circula de maneira assintomática e não há estudos que comprovem sua propagação pelo ar.

Equipe médica tratando infectados pelo Ebola
Surtos de Ebola observados na África podem dificultar combate à Covid-19. Foto: Belen B Massieu/Shutterstock

“A transmissão do Ebola ocorre fundamentalmente pelo sangue e pode ser também por fluidos corporais, como suor, lágrima, urina e até o sêmen durante uma relação sexual”, explicou o infectologista. Assim, em países com sistemas de saúde minimamente eficazes podem-se adotar medidas adequadas, como isolamento do paciente, até que ele se recupere.

Tratamento do Ebola

Segundo Alexandrino, não existe uma medicação efetiva para tratar o Ebola. O infectado deve receber tratamento de suporte em uma unidade de terapia intensiva (UTI) até a recuperação. “A cura depende muito da evolução clínica do paciente. A taxa de letalidade é altíssima. Algumas vacinas experimentais têm sido usadas, mas não há nenhum imunizante aprovado”, afirma.

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Também existe o tratamento de transferência de anticorpos de ex-infectados para indivíduos enfermos. No entanto, o método tem alto custo e dificilmente será adotado em larga escala em países mais pobres.

Fonte: R7


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