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Marisa Ă© alvo de dez açÔes de despejo por inadimplĂȘncia; dĂ­vidas passam de R$ 10 milhĂ”es

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16 de mai. de 2023

A varejista tenta renegociar dĂ­vidas desde o começo do ano; empresa diz que tem negociado e buscado uma ‘solução amigĂĄvel’ com todos os parceiros

Alsorsa.News |
Imagem: EpitĂĄcio Pessoa A/E


A varejista Marisa Ă© alvo de dez açÔes de despejo na Justiça por inadimplĂȘncia em contratos de aluguel de imĂłveis. As açÔes começaram em fevereiro deste ano, quando a empresa admitiu a incapacidade de honrar pagamentos que somam cerca de R$ 600 milhĂ”es e iniciou conversas com credores para renegociar prazos e rolar as dĂ­vidas.


A ação mais recente, de 3 de maio, pede o pagamento de R$ 413.113,32. No total, o valor das açÔes chega a R$ 10,1 milhÔes.


Marisa busca renegociação com credores desde o começo do ano  Foto: Wether Santana/EstadĂŁo

Procurada, a Marisa informou que renegociou contratos com vĂĄrios fornecedores, incluindo locadores de imĂłveis. “Essas renegociaçÔes estĂŁo, em sua maior parte, concluĂ­das, sendo certo que a companhia vai procurar uma composição amigĂĄvel com toda sua ampla rede de parceiros”, informou a empresa ao EstadĂŁo.


Na Ășltima semana, a Marisa enfrentou pedidos de falĂȘncia por parte de trĂȘs credores, por conta de uma inadimplĂȘncia de R$ 800 mil. A empresa tem fechado lojas, que empregam, em mĂ©dia, 20 pessoas.


A busca pelo equilíbrio financeiro é a meta do presidente João Pinheiro Nogueira Batista, o quarto ocupante do cargo em menos de um ano. O executivo tem ido pessoalmente a lojas que decidiu fechar para fazer as contas voltarem ao azul. Batista criticou a competição de empresas como a Shein, que vendem artigos de moda pagando menos impostos do que uma varejista local. A estimativa é de que a Marisa feche 90 lojas no País.


O caso da Marisa, assim como o da Tok&Stock, eclodiu depois do rombo bilionårio nas Americanas, que deixou os bancos mais criteriosos na concessão de crédito para as varejistas.


A taxa de juros elevada aumentou o endividamento das empresas que tomaram crĂ©dito na pandemia, quando o juro chegou a 2% ao ano, e, por isso, empresas brasileiras enfrentam neste ano uma onda de falĂȘncias e pedidos de recuperação judicial para renegociar os pagamentos com credores.


*As informaçÔes sĂŁo do  EstadĂŁo 

InadimplĂȘncia assombra o Bradesco (BBDC4), mas lucro acima do esperado sustenta as açÔes na B3

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5 de mai. de 2023

Tom da administração do Bradesco Ă© levemente otimista com o futuro prĂłximo, mas inadimplĂȘncia ainda nĂŁo chegou no pico

Imagem: Shutterstock

O Bradesco (BBDC4) apresentou um resultado sem muito brilho, mas nem de todo ruim no primeiro trimestre de 2023, desempenho que estå se refletindo nas açÔes do banco nesta sexta-feira (5). Apesar do lucro ter vindo melhor do que o esperado pelo mercado, a qualidade das métricas de crédito mostrou uma piora relevante.


Logo após a abertura da bolsa, os papéis chegaram a ficar entre as cinco maiores altas do Ibovespa, mas perderam fÎlego jå na primeira hora de negociação e viraram para o negativo.


Ainda que o tom da administração tenha sido levemente otimista com o futuro prĂłximo, uma frase do CEO, Octavio de Lazari Junior, dita na coletiva de imprensa chamou atenção: "estamos prĂłximos do pico de inadimplĂȘncia".


Segundo Lazari, as dĂ­vidas de clientes vencidas hĂĄ mais de 90 dias deve subir ainda no segundo trimestre e, talvez, se estender um pouco para o terceiro trimestre.


No final do ano passado, o CEO jĂĄ havia avisado que a inadimplĂȘncia iria piorar antes de melhorar e estimava que ela atingiria o pico entre o primeiro e o segundo trimestres de 2023.


Entre janeiro e março, o Bradesco registrou nova disparada da inadimplĂȘncia, que saltou para 5,1%, de 4,3% no 4T22, nas dĂ­vidas vencidas hĂĄ mais de 90 dias. Em relação ao mesmo perĂ­odo do ano passado, a alta foi de 1,9 ponto percentual.


De acordo com Lazari, a alta da inadimplĂȘncia vem de safras de clientes antigas e tambĂ©m pelo fato do Bradesco nĂŁo ter vendido carteiras ativas.


AlĂ©m disso, o encolhimento da carteira de crĂ©dito provocou um efeito denominador - se a carteira tivesse se mantido nos patamares anteriores, o Bradesco calcula que a inadimplĂȘncia teria crescido menos, cerca de 0,5 ponto percentual.


Para os prĂłximos trimestres, o Bradesco enxerga sinais positivos de uma inadimplĂȘncia mais controlada, pois as novas safras seriam 95% formadas por clientes de melhor rating.

O CEO do Bradesco, Octavio de Lazari Junior

O que esperar do resto de 2023

De acordo com analistas do BTG Pactual, a piora da inadimplĂȘncia e a redução do apetite ao risco devem manter os resultados do Bradesco pressionados nos prĂłximos trimestres.


"Embora alguém possa argumentar que o pior para o banco provavelmente jå passou, os resultados do primeiro trimestre reforçam nossa visão de que uma grande recuperação da lucratividade ainda estå muito longe, o que não acreditamos que esteja refletido nas estimativas de consenso", afirmou o BTG em relatório.


Para o ItaĂș BBA, o lucro melhor que o esperado nĂŁo Ă© motivo de comemoração e os resultados trazem risco negativo para as estimativas da operação do Bradesco em 2023.


"Os poucos pontos positivos foram uma menor perda nos resultados de tesouraria e despesas operacionais bem contidas", disse o banco.


*Seu Dinheiro 

Prepare-se: CrĂ©dito deve crescer menos no Brasil em 2023, com maior inadimplĂȘncia no cartĂŁo

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10 de fev. de 2023

Índice de atrasos no meio de pagamento chega a 7,7% e a tendĂȘncia Ă© de alta

Alsorsa.News | Prepare-se: Crédito deve crescer menos no Brasil em 2023, com maior
Foto: Shutterstock


A inadimplĂȘncia vai contribuir para a desaceleração do crĂ©dito em 2023 e um dos vilĂ”es Ă© o cartĂŁo de crĂ©dito, uma das linhas para pessoa fĂ­sica em que os atrasos sĂŁo mais significativos – e que tambĂ©m representam maior risco para as instituiçÔes financeiras.


O estoque de crédito no Brasil cresceu 14,1% no ano passado. Para 2023, o banco Santander espera uma desaceleração, com incremento de 5,8% do total dos empréstimos.


“Com o aumento da inadimplĂȘncia, iniciou-se o processo de desaceleração nas concessĂ”es. Espera-se a continuidade de uma maior seletividade nas concessĂ”es”, diz Fabiana Moreira, economista do Santander Brasil.


A inadimplĂȘncia (atrasos superiores a 90 dias) subiu ao longo de 2022, sendo mais intensa no segmento de pessoa fĂ­sica.


De acordo com o Banco Central (BC), o Ă­ndice de inadimplĂȘncia geral chegou a 3% em dezembro de 2022, alta de 0,7 ponto percentual em 12 meses. Quando se olha apenas para pessoas fĂ­sicas, os atrasos chegaram a 3,8%, aumento de 0,8 ponto no mesmo perĂ­odo.


Essa piora foi mais acentuada no cartão de crédito, que é um crédito de acesso råpido. Dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostram que 86,6% das famílias utilizam o cartão de crédito. Hå dez anos, esse índice era de 75,2%.


InadimplĂȘncia no cartĂŁo de crĂ©dito

A inadimplĂȘncia do cartĂŁo de crĂ©dito era de 7,7% em dezembro, uma elevação de 2,7 pontos percentuais em 12 meses, segundo o BC. Ao considerar apenas o rotativo, que Ă© quando o cliente nĂŁo paga integralmente o valor da fatura, esse Ă­ndice sobe para 44,7% – alta de nove pontos na comparação com dezembro de 2021.


“As instituiçÔes financeiras colocaram um freio nas novas concessĂ”es, privilegiando modalidades de crĂ©dito com garantia, como financiamento imobiliĂĄrio e consignado”, diz Moreira.


Para lidar com essa alta da inadimplĂȘncia, as instituiçÔes financeiras tendem a apostar no crescimento maior das operaçÔes de menor risco em detrimento do cartĂŁo.


A inadimplĂȘncia Ă© a relação entre o volume de operaçÔes em atraso e o total da carteira de crĂ©dito. Quando o estoque de crĂ©dito cresce mais que o volume das operaçÔes em atraso, o Ă­ndice cai. Quando o volume em atraso cresce mais rĂĄpido, a inadimplĂȘncia sobe.


De acordo com a economista do Santander, enquanto o crédito em 2022 cresceu 14,1%, o volume em atraso hå mais de 90 dias aumentou 70%.


Piora crescente

Mas mesmo que as instituiçÔes financeiras comecem a dar maior foco para as operaçÔes de menor risco, ainda vai levar um tempo para isso fazer efeito nos Ă­ndices de inadimplĂȘncia, que devem subir no curto prazo.


Eduardo Vilarim, economista do Banco Original, lembra que a massa salarial do paĂ­s estĂĄ crescendo menos, o que Ă© um indicativo de que a inadimplĂȘncia ainda vai crescer, ainda mais em um cenĂĄrio de inflação incerta.


“Temos queda da massa salarial no Brasil, endividamento mais alto e comprometimento de renda maior. O que consigo ver Ă© que a inadimplĂȘncia ainda pode subir”, diz.


Na avaliação de Carolina Yaginuma, diretora da Fitch Ratings, o cenårio macroeconÎmico aponta para a piora do crédito, o que indiretamente pode também afetar os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) do setor de consumo.


“Com renda real menor, as famĂ­lias precisam fazer escolhas. A dĂ­vida com o cartĂŁo fica no final em relação a outras, como financiamento imobiliĂĄrio e de veĂ­culos. Por isso a gente espera que esses portfĂłlios sofram com o aumento da inadimplĂȘncia”, diz.


*TradeMap 

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