Bard agora vasculha Gmail, YouTube, Drive e outros apps do Google
Divulgação/Google
O Google liberou nesta terça-feira (19) novos recursos para sua IA generativa, o Bard, com a integração de extensões de aplicativos da companhia e uma ferramenta de verificação sobre as respostas apresentadas no chatbot.
O Bard amplia também as opções de compartilhamento de pesquisas e a utilização de imagens da Busca e do Google Lens nas consultas em mais de 40 idiomas.
Extensões no Bard
A IA do Google estreia uma nova fase de experimentação de recursos com a introdução de extensões de apps do Google. Dessa forma, o Bard se torna capaz de encontrar e apresentar informações salvas em seu Gmail, Docs, Drive, Maps, YouTube e Google Voos e Hotéis — mesmo quando os dados estão em aplicativos e serviços diferentes.
Bard ganha extensões de apps do ecossistema Google (Imagem: Mojahid Mottakin/Unsplash)
Essas extensões estão habilitadas por padrão no chatbot, mas é possível desabilitar quando quiser. A novidade já está disponível globalmente, mas chega apenas em inglês neste primeiro momento. Outros idiomas devem ser adicionados em breve.
Como funcionam as extensões do Bard
Ao abrir o Bard, os usuários vão encontrar uma nova seção de “Extensões” dentro da ferramenta, na qual é possível acionar ou desabilitar as integrações com os diferentes apps do ecossistema Google.
As permissões, bem como as consultas, podem ser realizadas de forma individual ou combinada. Por exemplo, você pode solicitar que a IA “acesse o arquivo no Docs sobre lugares para visitar em Curitiba, apresente esses pontos turísticos em um mapa e mostre vídeos do YouTube sobre os melhores passeios na cidade”.
Com a ampliação da leitura de imagens pelo chatbot, também é possível usar o Google Lens para identificar objetos. Assim, você pode enviar a foto de um produto e pedir para o Bard mostrar um vídeo com o tutorial de instalação, por exemplo.
Mas os dados pessoais estão seguros?
Ao anunciar as novas extensões no Bard, o Google enfatizou o compromisso em proteger as informações pessoais dos usuários e declarou que os conteúdos do Gmail, Docs e Drive não serão vistos por revisores humanos nem serão usados para treinar o modelo de linguagem que alimenta a IA.
A empresa disse também que esses dados não serão utilizados para mostrar anúncios personalizados e enfatizou que as pessoas podem controlar suas configurações de privacidade e desabilitar o acesso das extensões a qualquer momento.
Nova ferramenta de verificação
Outra novidade que chega ao Bard é uma ferramenta de verificação para checar a veracidade das respostas geradas pela IA. O novo recurso, com disponibilidade inicial apenas em inglês, pode ser acionado ao clicar no botão “G” (Google It) em cima dos textos.
Essa função permite validar as respostas com uma busca por dados semelhantes na web e oferece links clicáveis para saber mais sobre os trechos analisados. Segundo o Google, essas fontes são de conteúdos encontrados pela Busca e não significa que ajudaram a compor a resposta inicial do Bard.
Bard ganha recurso para verificar a veracidade das respostas através da integração com o Google Search (Imagem: Mojahid Mottakin/Unsplash)
De acordo com a companhia, essa proposta de verificação é uma resposta para minimizar os efeitos de “alucinação” — quando as IAs generativas produzem respostas falsas ou sem sentido.
Bard mais acessível
Enquanto as novas extensões e a ferramenta de verificação chegam inicialmente apenas em inglês, o Bard anunciou a expansão do suporte a outros idiomas para algumas funções do chatbot.
Agora, mais de 40 idiomas, incluindo o português brasileiro, têm acesso à opção de fazer upload de imagens com o Google Lens no prompt de comando, bem como obter respostas com imagens da Busca.
Além disso, a IA expande a disponibilidade do recurso “modificar respostas” que dá ao usuário a opção de solicitar alterações distintas aos resultados, como pedir um resumo ou uma mudança de tom.
Outra novidade que visa facilitar a produtividade no chatbot é uma função de compartilhamento que permite enviar uma janela de conversa para outra pessoa, que poderá dar continuidade à pesquisa em sua própria conta.
De acordo com o Google, essas novidades se tornaram possíveis pelas melhorias implementadas no modelo de linguagem PaLM 2, que alimenta o Bard. As atualizações foram realizadas com base no feedback dos usuários nos últimos seis meses. A IA do Google foi lançada em caráter experimental em fevereiro e chegou ao público brasileiro em julho.
*Canaltech