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Governo vai enviar projeto para taxar fundos de super-ricos junto ao Orçamento, diz Haddad

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22 de jul. de 2023

Será enviada junto à peça orçamentária parte da segunda fase da reforma tributária; ministro destacou que nenhuma dessas medidas diz respeito à pessoa física

Alsorsa.News
Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou, nesta quarta-feira (19), que o governo vai enviar ao Congresso uma proposta para taxar fundos exclusivos de investimento junto ao Orçamento.


Segundo Haddad, acompanhará a peça orçamentária parte das propostas que compõem a segunda fase da reforma tributária — que visa o imposto de renda (IR). Ele destacou que nenhuma dessas medidas diz respeito à pessoa física.


“Conforme eu já falei, tem um conjunto de medidas [da segunda fase da reforma] que vão junto ao Orçamento e não passam pelo imposto de renda de pessoa física”, disse.


O projeto de Lei Orçamentária anual (PLOA) deve ser enviado ao Congresso até 31 de agosto. O petista teve reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta quarta-feira, para “alinhar” a agenda da economia para o segundo semestre.


Os fundos exclusivos de investimento são conhecidos como “fundo dos super-ricos”. Além de confirmar que pretende taxá-los, indicou que a medida deve ser enviada em forma de projeto de lei ao Congresso.


Esses fundos fundos se caracterizam por suas cotas pertencerem a único cotista. Com isso, a alocação de recursos é realizada por um gestor profissional de maneira “personalizada”.


Atualmente, esses fundos só são taxados pelo IR no momento do resgate. A ideia seria de que esses ativos pudessem ser tributados periodicamente.


*CNN Brasil

Na luta por fundos, setor de táxi aéreo tenta decolar nas Olimpíadas de Paris

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20 de jun. de 2023

 Um ano antes das Olimpíadas de Paris, a fabricante de táxis aéreos Volocopter quer provar aos executivos no Paris Airshow que está no caminho certo para transportar clientes ao redor do evento esportivo e decolar globalmente.


A maior feira aérea do mundo tende a se concentrar em aviões militares e comerciais. Mas os fabricantes de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) também estão presentes, com a Lilium anunciando nesta segunda-feira um acordo para a chinesa HeliShenzhen Eastern General Aviation comprar 100 de suas aeronaves.

Alsorsa.News
Aeronave AutoFlight eVTOL é exibida durante o 54º International Paris Airshow no Aeroporto Le Bourget perto de Paris, França 18/06/2023 REUTERS/Benoit Tessier

Os desafios do setor são muitos, pois as empresas precisam garantir a aprovação regulatória e convencer os consumidores de que estão seguros, em um momento em que os investidores também estão limitando o financiamento.


A alemã Volocopter está trabalhando para superar esses obstáculos e lançar o primeiro serviço comercial para levar os clientes a Paris durante as Olimpíadas de 2024 e usará o evento aéreo para demonstrar seu progresso.


“As Olimpíadas são nossa estrela do norte”, disse o presidente-executivo da empresa, Dirk Hoke, à Reuters.


Nenhum fabricante de táxi aéreo, seja a alemã Lilium ou a norte-americana Joby, recebeu certificação até agora.


Volocopter espera ser a primeira, mas ainda precisa empregar sua aeronave em testes climáticos intensivos e fornecer milhares de páginas de documentação ao Easa, regulador europeu de aviação.


“Em combinação com um mercado difícil, menos liquidez no mercado é um problema para toda a indústria”

presidente-executivo da empresa, Dirk Hoke

Os projetos de mobilidade aérea que se tornaram públicos por meio de empresas de aquisição de propósito especial (SPACs) nos últimos anos perderam pelo menos 30% de seu valor inicial. O capital de risco caiu em vários setores, com uma mudança nos gastos de táxis aéreos para drones, disse Robin Riedel, que co-lidera o McKinsey Center for Future Mobility na empresa de consultoria de gestão.


Futuro menor

Embora a Volocopter esteja entre as grandes esperanças para o setor eVTOL, centenas de outros players podem ter dificuldades ou desistir nos próximos anos se o atual clima de investimento continuar, disseram analistas.


De acordo com dados da McKinsey, o financiamento para projetos eVTOL caiu de cerca de US$ 1,2 bilhão durante o primeiro semestre de 2022 para US$ 710 milhões durante o mesmo período deste ano.


Alan Wink, diretor-gerente de mercado de capitais da firma de contabilidade norte-americana EisnerAmper, que trabalhou em tais negócios, disse ter visto uma mudança nos investimentos para drones em meio a preocupações de que os táxis aéreos precisem superar obstáculos regulatórios maiores do que outros tipos de veículos elétricos.


“Eles querem investir em empresas onde haja uma saída clara em algum momento no futuro e, número dois, há um caminho claro para a lucratividade”

Alan Wink, diretor-gerente de mercado de capitais da EisnerAmper

A Honeywell International, que fabrica peças para mobilidade aérea urbana, vê a promessa na indústria eVTOL devido à demanda por viagens, preocupações com o clima e sua necessidade limitada de infraestrutura.


A empresa fechou acordos no valor de cerca de US$ 7 bilhões para os fabricantes de eVTOL usarem suas peças, disse o presidente de sua divisão aeroespacial, Mike Madsen.


Ainda assim, Madsen disse que espera ver a consolidação no setor, em que os analistas agora veem mais de 200 empresas de diferentes tamanhos.


Vamos ver a aquisição por grandes players de algumas dessas empresas”, disse ele. “E as melhores ideias sobreviverão.

*InvestNews 

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