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Foto do James Webb revela que estrela jovem não está sozinha

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28 de nov. de 2023

 Foto do James Webb revela que estrela jovem não está sozinha

JPCN.Blog
Imagem: ESA/Webb, NASA & CSA, T. Ray


A Agência Espacial Europeia publicou nesta terça-feira (28) uma foto do objeto Herbig Haro 797, registrado pelo telescópio James Webb. Estes objetos são regiões brilhantes ao redor de estrelas jovens, e se formam quando seus ventos e jatos colidem com poeira e gases próximos.


O HH 797 domina a parte inferior da imagem, e aparece próximo do aglomerado estelar IC 348. Na parte superior, há dois objetos brilhantes no infravermelho que parecem abrigar duas protoestrelas.

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Objeto HH 797 em foto do James Webb (Imagem: Reprodução/ESA/Webb, NASA & CSA, T. Ray (Dublin Institute for Advanced Studies)


Através de observações com instrumentos em solo, pesquisadores descobriram as diferenças de movimento no gás molecular frio associado ao HH 797, e identificaram também um gradiente disperso pelo fluxo.


Com a alta resolução da nova imagem, eles suspeitam que os fluxos tenham não só uma origem, mas sim duas; portanto, isso significa que eles vêm de um par de estrelas, sendo que cada uma produz suas próprias emissões de matéria.


Esta foto foi feita com o instrumento NIRCam, que captura o infravermelho próximo. Como a luz infravermelha consegue atravessar a cobertura de gás e poeira que cerca estas estrelas, os objetos Herbig-Haro são alvos excelentes para observações com o Webb.


As condições turbulentas na região fazem com que o hidrogênio molecular, monóxido de carbono e outras moléculas emitam luz infravermelha. Ao observá-la com o Webb, os cientistas podem visualizar a estrutura dos fluxos e entender melhor os processos por trás da formação deles.


Fonte: ESAWebb

Planeta está aquecendo mais rápido que o esperado, revela estudo

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2 de nov. de 2023

Pesquisa foi liderada pelo cientista James Hansen, responsável por alertar o mundo sobre o aquecimento global pela primeira vez, na década de 1980

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Artigo foi publicado na revista Oxford Open Climate Change | Banco de imagens/Pexels/Simon Berger


O planeta está perto de aquecer a um ritmo muito mais rápido do que os cientistas previram anteriormente, de acordo com um novo estudo do cientista americano James Hansen. Isso significa que um limiar-chave de aquecimento global poderá ser ultrapassado ainda nesta década.


Hansen é tido como o responsável por alertar o mundo publicamente sobre o aquecimento global pela primeira vez, na década de 1980.


No artigo, publicado nesta quinta-feira (2) na revista Oxford Open Climate Change, Hansen e outros cientistas usaram uma combinação de dados paleoclimáticos — incluindo informações de núcleos de gelo polares, anéis de árvores, modelos climáticos e dados observacionais — para concluir que a Terra é muito mais sensível do que se pensava às alterações climáticas.


Estamos na fase inicial de uma emergência climática”, diz a pesquisa, que alerta para uma onda de calor “já em preparação” que empurrará rapidamente as temperaturas globais para acima do previsto.


Esse movimento resultará num aquecimento de 1,5ºC superior aos níveis pré-industriais, na década de 2020, e acima de 2ºC antes de 2050.


As descobertas somam-se a uma série de pesquisas recentes que concluem que o mundo está se aproximando dos 1,5ºC, um limite além dos impactos das mudanças climáticas – incluindo o calor extremo, a seca e as inundações – que se tornarão significativamente mais difíceis de se adaptarem aos seres humanos.


“O limite de 1,5ºC é mais mortal do que um prego”, afirmou Hansen em coletiva de imprensa. “E o limite de 2ºC só pode ser resgatado com a ajuda de ações intencionais”, acrescentou.


Alguns outros cientistas, no entanto, têm dúvidas sobre as conclusões do estudo.


Hansen, diretor do Earth Institute da Universidade de Columbia, é um renomado cientista climático, cujo depoimento em 1988 no Senado dos EUA chamou pela primeira vez a atenção global para as mudanças climáticas.


Ele já havia alertado anteriormente que a Terra possui um desequilíbrio energético, já que ela recebe mais energia por meio da luz solar do que sai, através do calor que irradia para o espaço.


O excesso de calor resultante é equivalente a 400 mil bombas atômicas de Hiroshima por dia, sendo a maior parte da energia absorvida pelo oceano, descobriu a investigação de Hansen há uma década.


Neste artigo recente, Hansen e os seus co-autores afirmam que esse desequilíbrio energético aumentou, em parte devido aos esforços bem sucedidos para combater a poluição atmosférica por partículas, especialmente na China, e por meio de restrições globais à poluição marítima.


Embora este tipo de poluição seja um grave perigo para a saúde, também tem um efeito “refrescante”, uma vez que as partículas refletem a luz solar para longe da Terra.


Esse desequilíbrio deve causar um aquecimento global acelerado, trazendo consequências desastrosas, segundo o documento, incluindo a rápida subida do nível do mar e o potencial encerramento de correntes oceânicas vitais ainda neste século.


Hansen disse estar particularmente preocupado com o derretimento da camada de gelo da Antártida e especialmente com o glaciar Thwaites, que funciona como uma “rolha” que retém o gelo em terra e proporciona uma defesa importante contra a subida do nível do mar.


Mas o aquecimento não está necessariamente bloqueado, segundo o jornal.


As medidas recomendadas pela publicação incluem a tributação da poluição por carbono, o aumento da energia nuclear para “complementar energias renováveis” e uma forte ação dos países desenvolvidos para ajudar os países em desenvolvimento a transitarem para energias de baixo carbono.


Embora a maior prioridade seja reduzir drasticamente a poluição que provoca o aquecimento do planeta, isto por si só não será suficiente, concluiu o relatório.


“Se quisermos manter o nível do mar próximo de onde está, na verdade teremos que resfriar o planeta”, disse Hansen.


Uma maneira de fazer isso, sugere o relatório, é a geoengenharia solar. Esta tecnologia controversa visa esfriar a temperatura terrestre refletindo a luz solar para longe da Terra, ou permitindo que mais calor escape para o espaço.


Isso pode ser feito através da injeção de aerossóis na atmosfera ou da pulverização de nuvens com partículas de sal para torná-las mais refletivas, por exemplo.


Os críticos alertam para consequências imprevistas, incluindo impactos nas chuvas e monções, bem como “choque final”, se a geoengenharia for interrompida repentinamente e o aquecimento reprimido for liberado.


Mas Hansen disse que isso deveria ser considerado. 

“Em vez de descrever esses esforços como ‘geoengenharia ameaçadora’, temos de reconhecer que estamos ‘geoengenhariando’ o planeta neste momento, ao queimar grandes quantidades de combustíveis fósseis que aquecem o planeta” disse ele.


As conclusões do artigo são alarmantes e ocorrem num momento em que o mundo passa por uma onda de calor sem precedentes. Este ano deve ser o mais quente já registrado, com todos os meses a partir de junho quebrando recordes de temperatura global.


Mas embora a ciência esteja certa de que a taxa de aquecimento global está aumentando, mas a ideia de que ela está avançando para além do que os modelos prevêem é controversa.


As descobertas “estão muito fora do comum”, disse Michael Mann, um importante cientista climático da Universidade da Pensilvânia.


Embora a superfície da Terra e os seus oceanos estejam aquecendo, os dados não suportam as alegações de que a taxa esteja acelerando, disse ele à CNN.


Como gosto de dizer, a verdade já é ruim o suficiente” Mann disse. “Não há evidências de que os modelos estejam subestimando o aquecimento causado pelo homem”, acrescentou.


Ele também levantou dúvidas sobre o papel da redução da poluição nas tendências de aquecimento, dizendo que o impacto total é muito pequeno, e alertou que a geoengenharia solar é “sem precedentes” e “potencialmente muito perigosa”.


“Se a meta de 1,5ºC é ou não alcançável é uma questão de política, e não de física climática, neste momento”, disse Mann.


Mas Hansen rejeitou as críticas à pesquisa, dizendo que ela se baseia em números concretos e em física simples.


Isto não é marginal, esta é a física correta e é o mundo real”, disse ele, “e às vezes leva um tempo para a comunidade entender”.


Veja também: São Paulo terá cidade sustentável para 30 mil pessoas

*CNN 

Última Pangeia: o próximo único supercontinente da Terra será 92% inabitável

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9 de out. de 2023

Um estudo prevê que a união das atuais placas tectônicas poderá gerar condições extremas devido à atividade vulcânica e às altas temperaturas, tornando grande parte do planeta inóspita aos mamíferos.

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Apenas 8% da superfície do planeta seria habitável para a maioria dos mamíferos, em comparação com os 66% atuais.

Os pesquisadores preveem que até 92% da Terra poderá se tornar inabitável para mamíferos dentro de 250 milhões de anos. Espera-se que as massas continentais do planeta formem um único supercontinente chamado 'Pangeia Ultima', ou 'Pangeia Proxima', o que causará vulcanismo e aumentos no nível de dióxido de carbono que deixarão a maior parte do território estéril.


Por que a Terra se tornará praticamente inabitável durante a Pangeia Ultima?

A equipe de cientistas, liderada por Alexander Farnsworth, utilizou modelos climáticos para prever as condições durante a Pangeia Ultima. As projeções sugerem que grande parte do supercontinente experimentará temperaturas acima de 40°C, tornando-o inabitável para a maioria da vida mamífera.


Além disso, a atividade vulcânica resultante da fusão e separação dos continentes liberará grandes quantidades de CO2 na atmosfera, agravando o aquecimento global, conforme relatado pela Nature Geoscience.


"Parece que a vida será um pouco mais difícil no futuro", diz Hannah Davies, geóloga do Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ) em Potsdam.


Extinção em massa de mamíferos, plantas e outros tipos de vida

Acredita-se atualmente que a Terra esteja no meio de um ciclo de supercontinentes à medida que seus atuais continentes se deslocam. O último supercontinente, Pangeia, se separou há cerca de 200 milhões de anos. Prevê-se que o próximo, o 'Pangeia Ultima', se forme no equador dentro de cerca de 250 milhões de anos, quando o Oceano Atlântico se contrair e um continente afro-eurasiático fundido se acoplar com o continente americano.

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Não se sabe com certeza onde o Pangeia Ultima se formará. Crédito: Alex Farnsworth e Chris Scotese.

As regiões localizadas no centro do supercontinente, longe dos oceanos, se transformariam em desertos inabitáveis “exceto para mamíferos muito específicos”, diz Farnsworth. A falta de umidade também diminuiria a quantidade de sílica transportada pelos oceanos, que normalmente retira CO2 da atmosfera.


Além disso, o aumento da radiação solar causará ainda mais aquecimento. Prevê-se que o Sol seja 2,5% mais brilhante no momento da formação de Pangeia Ultima, porque a estrela terá queimado mais hidrogênio e encolhido o seu núcleo, aumentando a sua taxa de fusão nuclear.


No pior cenário, em que os níveis de CO2 atinjam 1.120 partes por milhão, mais que o dobro dos níveis atuais, apenas 8% da superfície do planeta – regiões costeiras e polares – seria habitável para a maioria dos mamíferos, em comparação com os atuais 66%.

Isso causaria uma extinção em massa, diz Farnsworth. “Não apenas para mamíferos. Também pode afetar plantas e outros tipos de vida. O que resulta disso é uma incógnita", diz ele. Em outras extinções em massa, uma nova espécie geralmente domina.


Cabe destacar que os pesquisadores não levaram em conta as emissões de carbono causadas pela atividade humana, concentrando-se apenas na modelagem climática a longo prazo.


Rumo a um período sombrio na história da Terra

Não se sabe com certeza onde o Pangea Ultima se formará. Os modelos de Farnsworth supõem que irá se fundir nos trópicos quentes, mas outras hipóteses sugerem que poderá se formar em cima do Polo Norte, em condições mais frias, onde a vida poderia desenvolver-se melhor.


Segundo Davies, há indícios de que Pangeia e outros supercontinentes anteriores tinham grandes desertos em seu interior, o que reduziu a área de terras habitáveis e causou extinções. "Algo semelhante aconteceu na extinção do final do Triássico, há cerca de 200 milhões de anos", disse ele.

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Grande parte do supercontinente experimentará temperaturas acima de 40°C, tornando-o inabitável para a maioria da vida mamífera. Crédito: Alex Farnsworth e Chris Scotese.

Se os humanos ainda existirem daqui a 250 milhões de anos, Farnsworth especula que eles podem ter encontrado maneiras de se adaptar, e a Terra pode se parecer com o romance de ficção científica de 1965, Duna. "Será que os humanos se especializam mais em ambientes desérticos, tornam-se mais noturnos ou permanecem em cavernas?”, questiona ele. “Eu suspeito que se pudermos sair deste planeta e encontrar um lugar mais habitável, isso seria mais preferível”, finaliza.


No entanto, nem tudo pode ser pessimismo. "Houve extinções no passado e haverá extinções no futuro", afirma Davies. "Acho que a vida sobreviverá a esta. Será apenas um período sombrio", acrescentou.

*Tempo

Por que a Lua está se afastando de Terra? A ciência responde!

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1 de out. de 2023

 Por que a Lua está se afastando de Terra? A ciência responde!

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As condições da Terra estão interconectadas com diversas outras forças da natureza, por exemplo, com os níveis de radiação emitidos pelo Sol. Mas a Lua também é uma parte importante do funcionamento da Terra, não é à toa que a atração gravitação do satélite natural gera um fenômeno conhecido como força das marés, resultando na movimentação do planeta e, consequentemente, em diferentes regiões dos oceanos.


Por muito tempo, os seres humanos não tinham ideia de que a Lua estava se afastando lentamente da Terra, até por isso construíram boa parte do conceito de mês no movimento lunar. Afinal, ao visualizar o céu a olho nu, é impossível perceber qualquer mudança significativa.


De acordo com informações coletadas por cientistas, as órbitas da Lua e da Terra estão se afastando lentamente há muito tempo. A partir de dados detectados pelo Lunar Laser Ranging Experiment (LLR), é possível ter uma ideia precisa de que o satélite natural está se deslocando cerca de 3,8 centímetros por ano.


Lua se afastando da Terra

Uma das teorias mais reconhecidas é que a Lua surgiu depois de uma colisão entre o corpo celeste Theia e a Terra, há aproximadamente 4,5 milhões de anos. Após o impacto, uma grande quantidade de material do nosso planeta foi lançado no espaço e, então, passou por um processo gravitacional que juntou todo esse material e formou o brilhante satélite natural.


Além de ‘formar a Lua’, a gravidade é a maior responsável pelo afastamento anual de 3,8 centímetros. Por conta da força gravitacional lunar, a Terra sofre com protuberâncias que criam um desequilíbrio e retardam sua rotação; dessa forma, nosso planeta está perdendo energia e seu momento angular, assim, resultando no lento afastamento da Lua. 

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A distância da Lua também pode afetar a dinâmica da duração dos dias, por exemplo, os cientistas já estimaram que a Terra passava por dias de 19 horas há cerca de dois bilhões de anos.Fonte:  Getty Images 

Em outras palavras, quanto mais rápida é a rotação, maior é o momento angular, responsável pelo fenômeno de interação gravitacional entre a Terra e a Lua. Quanto mais devagar, menor é o momento angular. Para conservar esse momento angular, o satélite precisa se afastar do nosso planeta.


“Não é apenas a taxa de rotação que afeta o momento angular. A distância que você está do centro do sistema também é importante. Além disso, significa que o momento angular do sistema aumenta. Mais perto significa que seu momento angular diminui. Á medida que a rotação da Terra diminui, para que o momento angular seja conservado, algo tem de aumentar o momento angular do sistema. O que aumenta o momento angular? Um objeto em órbita como a Lua se distanciando”, disse a astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, Madelyn Broome, em mensagem ao site Live Science.


De qualquer forma, é importante destacar que provavelmente a humanidade não sofrerá com nenhum problema relacionado ao afastamento da Lua; o satélite nunca estará completamente livre da nossa órbita. O fim de tudo mais provável é que nosso Sol se transforme em uma gigante vermelha e 'engula' a Lua e a Terra juntas.


*TecMundo 

Novas imagens do James Webb revelam Nebulosa do Anel com detalhes inéditos

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31 de ago. de 2023

Imagens realizadas pelo telescópio foram tiradas em diferentes comprimentos de onda de luz infravermelha, invisível ao olho humano

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Imagem mostra a Nebulosa do Anel com um detalhe excecional, como os elementos de filamento na secção interior do anel | Divulgação/ESA/Webb/NASA/CSA


O Telescópio Espacial James Webb revelou novos retratos coloridos da icônica Nebulosa do Anel.


As novas imagens capturam os detalhes complexos da nebulosa planetária, uma enorme nuvem de gás e poeira cósmicos que abriga os restos de uma estrela moribunda.


As duas imagens foram tiradas em diferentes comprimentos de onda de luz infravermelha, invisível ao olho humano, por meio de instrumentos do observatório espacial. Webb capturou anteriormente uma perspectiva diferente da Nebulosa do Anel, bem como da Nebulosa do Anel do Sul, de aparência semelhante.


Uma favorita de longa data dos astrônomos, a Nebulosa do Anel tem sido estudada há anos devido à sua observabilidade e à visão que pode fornecer sobre a vida das estrelas. Ela está localizada na constelação de Lyra, a mais de 2 mil anos-luz da Terra, mas em noites claras durante o verão, os observadores do céu que usam binóculos podem vê-la.


As nebulosas planetárias, que não têm nada a ver com planetas apesar do nome, geralmente têm uma estrutura arredondada e receberam esse nome porque inicialmente se assemelhavam aos discos a partir dos quais os planetas se formam quando o astrônomo francês Charles Messier as descobriu pela primeira vez em 1764.


Messier e o astrônomo Darquier de Pellepoix descobriram a Nebulosa do Anel em 1779.


Algumas nebulosas são berçários estelares onde nascem as estrelas. A Nebulosa do Anel foi criada quando uma estrela moribunda, chamada anã branca, começou a espalhar suas camadas externas para o espaço, criando anéis brilhantes e nuvens de gás em expansão.


“Como último adeus, o núcleo quente agora ioniza, ou aquece, esse gás expelido, e a nebulosa responde com uma emissão colorida de luz”, escreveu Roger Wesson, astrônomo da Universidade de Cardiff, em uma postagem no blog da Nasa sobre as últimas observações de Webb da Nebulosa do Anel. “Isso levanta a questão: como uma estrela esférica cria estruturas não esféricas tão complexas e delicadas?”


FOTOS – Telescópio James Webb compartilha novas imagens impressionantes


O Telescópio Espacial James Webb capturou um close-up detalhado do nascimento de estrelas semelhantes ao Sol na nuvem Rho Ophiuchi, a região de formação estelar mais próxima localizada a 390 anos-luz da Terra.

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Crédito:


Uma das regiões de formação de estrelas mais dinâmicas perto da Via Láctea, localizada em uma galáxia anã chamada Pequena Nuvem de Magalhães.

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Crédito: NASA/ESA/CSA/STScI


Duas galáxias, conhecidas como II ZW96, formam um redemoinho enquanto se fundem na constelação de Delphinus.

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Crédito: NASA/ESA/CSA/STScI


Esta imagem composta, tirada dos instrumentos MIRI e NIRCam do Telescópio Espacial James Webb, mostra os aglomerados brilhantes de estrelas e poeira da galáxia espiral barrada NGC 5068.

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Crédito: NASA/ESA/CSA


As estrelas brilham através do material nebuloso da nuvem molecular escura Chamaeleon I, que está a 630 anos-luz da Terra.

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Crédito: NASA/ESA/CSA/STScI


Imagem mostra detalhes dos anéis de Saturno.

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Crédito: NASA/ESA/CSA/STScI


Imagem mostra detalhes dos anéis de Saturno.

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Crédito: NASA/ESA


Anéis de poeira cercam Fomalhaut, uma jovem estrela fora do nosso sistema solar que fica a 25 anos-luz da Terra.

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Crédito:


A estrela Wolf-Rayet WR 124 foi uma das primeiras descobertas do Telescópio Espacial James Webb, detectada em junho de 2022.

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Crédito: Equipe de Produção NASA/ESA/CSA/STScI/Webb ERO


Aglomerados brilhantes de estrelas e poeira da galáxia espiral NGC 5068, capturada pelo telescópio James Webb.

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Crédito: NASA/ESA/CSA/STScI


Webb capturou uma explosão de formação estelar desencadeada por duas galáxias espirais em colisão chamadas Arp 220. O fenômeno é a fusão galática ultraluminosa mais próxima da Terra.

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Crédito: NASA/ESA/CSA/STScI


A imagem do James Webb do gigante de gelo Urano mostra os incríveis anéis do planeta e uma névoa brilhante cobrindo sua calota polar norte (à direita). Uma nuvem brilhante está na borda da tampa e uma segunda é vista à esquerda.

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Crédito: Instituto de Ciências do Telescópio Espacial/STScI


O ministério do arco da nebulosa

Wesson e sua equipe internacional, chamada ESSENcE, que significa Evolved StarS and their Nebulae in the JWST Era, usaram a câmera de infravermelho próxima e o instrumento de infravermelho médio de Webb para capturar detalhes sem precedentes que poderiam ajudá-los a entender mais sobre como as nebulosas planetárias evoluem ao longo do tempo.


“A icônica estrutura em anel brilhante da nebulosa é composta por cerca de 20 mil aglomerados individuais de gás hidrogênio molecular denso, cada um deles tão massivo quanto a Terra”, escreveu Wesson. Fora do anel estão características pontiagudas proeminentes que apontam para longe da estrela moribunda, que brilham em luz infravermelha, mas eram apenas vagamente visíveis em imagens anteriores obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble.


A equipe acredita que os picos são de moléculas que se formam nas densas sombras do anel.


As imagens tiradas com o instrumento Mid-Infrared, também chamado MIRI, forneceram uma visão clara e nítida de um halo fraco fora do anel.

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Instrumento Mid-InfraRed do Webb mostra a região quente interior da Nebulosa do Anel, bem como arcos para além do limite exterior da estrutura principal / Divulgação/ESA/Webb/NASA/CSA

“Uma revelação surpreendente foi a presença de até dez características concêntricas regularmente espaçadas dentro deste halo tênue”, escreveu Wesson.


Inicialmente, a equipa pensou que os arcos observados se formavam à medida que a estrela central libertava as suas camadas exteriores ao longo do tempo. Mas graças à sensibilidade de Webb, os cientistas acreditam agora que algo mais pode ser responsável pelos arcos dentro do halo.


“Quando uma única estrela evolui para uma nebulosa planetária, não há nenhum processo que conheçamos que tenha esse tipo de período de tempo”, escreveu Wesson. “Em vez disso, estes anéis sugerem que deve haver uma estrela companheira no sistema, orbitando tão longe da estrela central como Plutão está do nosso Sol. À medida que a estrela moribunda se desfazia da sua atmosfera, a estrela companheira moldou o fluxo e o esculpiu.”


*CNN Brasil 

Buraco negro devorou estrela três vezes maior que o Sol

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22 de ago. de 2023

Um novo estudo analisou os componentes de uma estrela dilacerada por um buraco negro supermassivo há 290 milhões de anos e determinou algumas de suas propriedades. Os dados mostraram que esta pode ser a estrela mais massiva conhecida em meio àquelas observadas após serem destruídas por buracos negros.

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Imagem: ESA/Hubble/M. Kornmesser

O buraco negro supermassivo do evento ASASSN-14li fica no coração de uma galáxia localizada a 290 milhões de anos-luz da Terra; por isso, sabemos que o evento ocorreu 290 milhões de anos atrás. Em escalas astronômicas, essa é uma curta distância, então os astrônomos aproveitaram para observar tudo detalhadamente.


Após a identificação do evento, os astrônomos usaram vários telescópios para estudar o que acontece com uma estrela ao ser devorada por um buraco negro. O fenômeno é conhecido como interrupção de marés. Entre as descobertas, eles conseguiram medir propriedades como a rotação do buraco negro — uma verdadeira conquista, se considerarmos o quão desafiadora essa medição pode ser. O resultado foi impressionante: ele estaria girando a mais de 50% da velocidade da luz.

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Imagem da galáxia hospedeira do evento ASASSN-14li na luz ótica, com a visão de raio-X na inserção à esquerda (Imagem: Reprodução/NASA/CXC/MIT/D. Pasham et al/HST/STScI/I. Arcavi)

Como prevê a teoria, a estrela sofreu um fenômeno apelidado de espaguetificação, que é quando sua matéria é dilacerada e esticada até se tornar um filamento semelhante a um espaguete. Isso deixou um rastro ao redor do buraco negro, com os ingredientes que foram daquilo que antes era uma estrela.


No estudo realizado pela equipe do Observatório de Raios-X Chandra, da NASA, e do XMM-Newton, da ESA, os autores estimaram a quantidade de nitrogênio e carbono perto do buraco negro supermassivo para determinar qual era o tipo da estrela espaguetificada. Para isso, foram usados novos modelos teóricos para obter os melhores resultados possíveis.


Segundo Brenna Mockler, coautora do estudo, a quantidade relativa de nitrogênio em relação à do carbono sugere que a estrela condenada tinha “cerca de três vezes a massa do Sol”. Isso a torna uma das mais massivas — se não a mais — dentre as observadas até o momento sendo dilaceradas por buracos negros.

Por enquanto, a única concorrente a estrela devorada mais massiva é aquela do evento “Scary Barbie”, estimada com 14 vezes a massa do Sol. Entretanto, o fenômeno luminoso ainda não foi confirmado como uma perturbação de maré, e um dos motivos para isso é que não foi observado o material ao redor do suposto buraco negro.


A pesquisa foi publicada na revista The Astrophysical Journal Letters.


Fonte: The Astrophysical Journal Letters, NASA, Canaltech 

Vênus vai desaparecer no céu no Dia dos Pais; entenda

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11 de ago. de 2023

Saiba por que Vênus, que é o planeta mais próximo da Terra, vai passar alguns dias sem poder ser visto no céu

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Representação artística do planeta Vênus a caminho da conjunção solar inferior. Crédito: NASA images - Shutterstock

Neste domingo (13), enquanto o Brasil estiver comemorando o Dia dos Pais (por aqui e na África do Sul, a data é celebrada no segundo domingo de agosto), algo curioso vai acontecer no céu: Vênus vai “desaparecer” das nossas vistas.


De acordo com o guia de observações astronômicas InTheSky.org, às 8h10 (pelo horário de Brasília) nosso vizinho mais próximo iniciará uma fase que os astrônomos chamam de “conjunção solar inferior”, passando entre a Terra e o Sol, de quem vai se aproximar a menos de 7º na ocasião.


Além disso, o planeta também passará pelo perigeu – o ponto em que está mais perto da Terra – mais ou menos ao mesmo tempo, alcançando uma distância de 0,29 Unidades Astronômicas (UA) de nós – algo em torno de 43,5 milhões de km.


Isso o tornaria muito maior aos nossos olhos, se ele pudesse ser visto. Esse “se” é porque, durante a conjunção solar e cerca de 10 dias que se seguem depois disso, Vênus se torna inobservável, enquanto fica imerso na luminosidade do Sol.


Esse evento acontece uma vez em cada ciclo sinódico do planeta, que é o período necessário para ele chegar à mesma posição relativa ao Sol do ponto de vista da Terra – que no caso de Vênus é de 584 dias.

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Configuração do céu no momento exato da conjunção solar inferior de Vênus neste domingo (13) – a partir deste momento, o planeta passa cerca de 10 a 12 dias inacessível no céu. Crédito: SolarSystemScope

Mas, quando ele volta a poder ser observado? Segundo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital, Vênus retorna à paisagem celeste por volta do dia 20.


Na verdade, já faz alguns dias que a observação de Vênus está comprometida pela luz do Sul, de quem ele já está muito próximo”, explica Zurita. “A partir do dia 20, o planeta começa a ficar visível, ainda na luz do alvorecer, mas como Vênus é muito brilhante, é possível enxergá-lo mesmo com o céu já clareando”.


Curiosidades sobre Vênus

 Vênus é o planeta mais próximo da Terra;

 Seu movimento de rotação ocorre de leste para oeste, diferente do que acontece em todos os outros planetas do Sistema Solar;

 Ele recebeu esse nome em homenagem à divindade romana Vênus, deusa da beleza e do amor;

 É o mais brilhante dos planetas, podendo ser visto da Terra sem o auxílio de equipamentos, até mesmo durante o dia, ocasionalmente;

 Sua atmosfera é 92 vezes mais densa do que a da Terra;

 Os gases que compõem a atmosfera venusiana, especialmente o dióxido de carbono, não permitem que o calor saia do planeta, que, por isso, é o mundo com maior efeito estufa do Sistema Solar;

Como resultado, embora não seja o planeta mais próximo do Sol, Vênus é o mais quente das imediações.


*Olhar Digital 

Cientistas encontram moléculas orgânicas em Marte; entenda o que isso significa

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13 de jul. de 2023

Mesmo que o material não seja realmente de origem biológica, pode dar pistas importantes sobre a possibilidade de Marte ter hospedado vida alienígena, disseram os pesquisadores

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Rover Percy identificou sinais de moléculas orgânicas em todos os 10 alvos no qual utilizou sua ferramenta Reprodução / Nasa


O rover Perseverance encontrou moléculas orgânicas em Marte, segundo artigo publicado no site “Nature”. O veículo de exploração enviado pela Nasa, que se encontra na cratera Jezero desde 2021, tem como objetivo procurar sinais de vida antiga e coletar amostras de rocha e regolito (rocha e solo quebrados) para possível retorno à Terra.


Para os pesquisadores não é possível descartar a possibilidade que os materiais tenham origem “biótica” ou sejam resultado da vida no planeta. Assim como podem ter sido formados de outras maneiras, como com interações entre água e poeira ou mesmo sido lançados no planeta por poeira ou meteoros.


Perseverance, ou Percy como foi apelidado, utiliza um instrumento chamado “Scanning Habitable Environments with Raman and Luminescence for Organics and Chemicals” (Ambientes Habitáveis com Raman e Luminescência para Produtos Orgânicos e Químicos em tradução literal ou Sherloc), primeira ferramenta a permitir o mapeamento e análise em escala fina de moléculas orgânicas e minerais em Marte.


Segundo o site “The Independente”, desde o pouso de Percy, os cientistas têm explorado a composição geológica do fundo da cratera usando um conjunto de ferramentas a bordo do rover que pode tirar fotos e analisar as rochas.


Sunanda Sharma, Ryan Roppel e seus colegas analisaram observações de duas formações no fundo da cratera Jezero, detectando sinais de moléculas orgânicas em todos os dez alvos observados, concentradas principalmente nas ​​formações rochosas Máaz e Séítah.


Os dados mostraram diversas associações minerais e distribuição espacial que podem ser únicas para cada formação. Mesmo que o material não seja realmente de origem biológica, pode dar pistas importantes sobre a possibilidade de Marte ter hospedado vida alienígena, disseram os cientistas.


“Nem todos os orgânicos são de origem biológica. Observar relações espaciais entre minerais e orgânicos é necessário ao avaliar origens orgânicas e possíveis bioassinaturas”, explica Ashley E Murphy, pesquisadora do Planetary Science Institute e coautora do novo artigo, em matéria para o site “The Independent”.


“Tudo o que sabemos da vida na Terra está limitado ao que está preservado no registro mineral-rochoso. Na Terra, as bioassinaturas são encontradas em certos minerais e alguns minerais são melhores na preservação de orgânicos do que outros”, afirma.


Segundo Ashley, Marte pode ter tido uma história geológica semelhante à da Terra, então os cientistas usam o conhecimento da vida como a conhecemos aqui para saber onde procurar possíveis evidências de vida passada lá. O mapeamento de orgânicos permite uma melhor compreensão se o ciclo de carbono marciano é semelhante ou diferente ao nosso e o potencial de Marte para hospedar vida.


No artigo, os autores escrevem: “Nossas descobertas sugerem que pode haver uma diversidade de moléculas aromáticas predominantes na superfície marciana, e esses materiais persistem apesar da exposição às condições da superfície. Essas potenciais moléculas orgânicas são amplamente encontradas em minerais ligados a processos aquosos, indicando que esses processos podem ter tido um papel fundamental na síntese, transporte ou preservação orgânica.”


*CNN Brasil 

Halla, o planeta que não deveria existir

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5 de jul. de 2023

Com essa descoberta fora deste mundo, parece que entramos na versão cósmica de uma zona crepuscular. O nosso conhecimento atual da física celeste enfrenta um sério desafio com a descoberta do exoplaneta semelhante a Júpiter, Halla. E a narrativa se torna ainda mais intrigante – é um planeta que não deveria existir.


Pairando a cerca de 520 anos-luz de nós, na constelação da Ursa Menor, Halla dança audaciosamente ao redor de sua estrela, Baekdu. Agora, você pode pensar que não há nada de estranho nisso. No entanto, o enigma aqui é o seguinte – Baekdu já passou por uma transição estelar ardente, semelhante à expansão prevista do nosso próprio Sol, que deveria ter, em teoria, engolido Halla em uma conflagração cósmica cataclísmica.


A Terra também está destinada a enfrentar um destino semelhante algum dia, quando nossa estrela mãe se transformar em uma gigante vermelha, nos reduzindo a uma memória derretida. O fato impressionante, porém, é que Halla sobreviveu a um cenário semelhante, desafiando o que pensávamos saber sobre as relações entre estrelas e planetas.


Halla, o planeta que não deveria existir


Alsorsa.News

Por meio do Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da NASA, os pesquisadores foram capazes de examinar as oscilações estelares de Baekdu. Eles encontraram sinais de combustão de hélio no núcleo da estrela, uma indicação clara de que Baekdu já havia sido uma gigante vermelha, sugerindo que já havia queimado todo o seu combustível de hidrogênio.


Apesar disso, Halla, que orbita Baekdu a uma distância equivalente à metade daquela entre a Terra e o Sol, foi observado em uma órbita estável, quase circular, por mais de uma década, segundo o Space.


Nessa dança interestelar de sobrevivência, o pequeno planeta valente deixou a comunidade científica boquiaberta. A equipe de astrônomos que se deparou com esse fenômeno desconcertante foi liderada por Marc Hon, membro da equipe Hubble da NASA do Instituto de Astronomia do Havaí. Segundo Hon, “O fato de Halla ter conseguido persistir nas proximidades de uma estrela gigante que, até onde sabemos, deveria tê-lo engolido, destaca o planeta como um sobrevivente extraordinário.”


A descoberta de Halla gerou uma enxurrada de teorias. Alguns sugerem que Halla é um planeta de segunda geração, nascido de novo a partir dos destroços gasosos ardentes de uma colisão estelar. Essa teoria poderia abrir um mundo de possibilidades, incluindo o potencial para descobrir mais planetas orbitando estrelas altamente evoluídas, devido às interações de estrelas binárias.


Seja como for, a história de Halla destaca que o universo é muito mais diversificado e misterioso do que entendíamos anteriormente. Halla, o ‘planeta que não deveria existir’, agita a nossa curiosidade cósmica, desafiando nossas percepções e nos instigando a reconsiderar nosso entendimento de como as estrelas e seus companheiros planetários evoluem.


Portanto, se há algo a retirar dessa impressionante anomalia celestial, é isto – no domínio da exploração cósmica, espere o inesperado!

Nos próximos dias, a Terra vai atingir seu ponto mais distante do Sol. O que vai acontecer?

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3 de jul. de 2023

 Nos próximos dias, a Terra vai atingir seu ponto mais distante do Sol. O que vai acontecer?

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Estamos prestes a dar o maior passo longe do Sol este ano. Isso mesmo, em apenas alguns dias, nosso planeta Terra embarcará em uma jornada celestial até o ponto mais distante de sua órbita ao redor do Sol, um momento majestoso conhecido como “afélio”.


Marquem em seus calendários, amantes do espaço. Este ano, a Terra está pronta para atingir o afélio no dia 6 de julho, precisamente às 20:08 UTC, segundo o In The Sky. Este fenômeno acontece todos os anos, como uma espécie de férias anuais do nosso planeta, esticando seus braços até a distância máxima de cerca de 152.000.000 quilômetros de nossa estrela quente e brilhante.


O que é o afélio?

O termo “afélio” pode parecer um pouco técnico, mas não deixe que isso o impeça. Em sua essência, é apenas a Terra realizando uma grande dança cósmica coreografada pelas leis da física. O valsar ao redor do Sol leva cerca de 365 dias, e em vez de seguir um círculo perfeito, nosso planeta escolhe um caminho elíptico mais interessante.


Um grande viva para o gênio alemão, Johannes Kepler, que primeiro propôs essa ideia de órbitas elípticas. Ele também cunhou o termo “afélio”, fundindo as palavras gregas “apo” (que significa “longe de”) e “helios” (que significa “Sol”).


As estações do ano

Mas espere! E as estações do ano? Se estamos mais distantes do Sol em julho, não deveríamos estar todos nos aquecendo com roupas de inverno? Não, não funciona bem assim. Apesar do afélio, em julho é verão no hemisfério norte e inverno no sul.


Isso ocorre porque as estações do ano não têm a ver com o quão perto ou longe estamos do Sol. Na verdade, trata-se da inclinação do nosso planeta. A Terra tem um pequeno desvio, cerca de uma inclinação de 23° em relação à perpendicular ao plano de sua órbita. Essa leve inclinação significa que diferentes partes do nosso mundo são banhadas pela luz do sol em diferentes ângulos ao longo do ano.


Quando o verão chega, os raios do Sol atingem aquela parte do hemisfério da Terra de forma mais direta e por mais tempo. Por outro lado, quando é inverno, os raios do Sol atingem em um ângulo mais íngreme, por um período menor. Esta pequena dança entre a Terra e o Sol determina a mudança das estações e marca os momentos dos equinócios e solstícios.


Então, enquanto nos aproximamos do afélio neste julho, tire um momento para maravilhar-se com a coreografia celestial em jogo. Embora possa parecer que estamos nos afastando do Sol, tudo faz parte da grande dança cósmica, um testemunho da majestade do universo e nosso lugar dentro dele. Não estamos apenas vivendo na Terra, pessoal, estamos voando pelo espaço em uma esfera azul que conhece perfeitamente seus movimentos. É hora de curtir a viagem!


*Mistérios do Mundo/In The Sky 

Esta é uma visão aproximada do núcleo interno da M8 - A Nebulosa da Lagoa

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29 de jun. de 2023

 Esta é uma visão aproximada do núcleo interno da M8 - A Nebulosa da Lagoa. Ela reside a cerca de 4.000 anos-luz de distância na constelação de Sagitário.

Crédito: Richard Mclnnis 👏


Tivemos a noite mais clara em 2 meses, pois a fumaça / poluição dos incêndios florestais no Canadá parece ter finalmente desaparecido.


Com noites de verão muito curtas disponíveis (apenas cerca de 4 horas) para imagens na área de Chicago, decidi fotografar este belo alvo simultaneamente com vários telescópios para coletar fótons suficientes para 'talvez' ter alguns dados utilizáveis ​​para processar.


Este alvo do hemisfério sul mal atingiu o horizonte do meu quintal entre algumas árvores próximas e algumas distorções atmosféricas. Felizmente, esse alvo é bastante brilhante e consegui capturar pouco menos de 5 horas de dados. Estou impressionado com sua beleza e ainda mais surpreso que possamos usar equipamentos amadores de nossos quintais poluídos para capturar essas joias do céu noturno. Espero que você goste!


Celestron 11” edge HD com redutor de 0,7x e filtro Chroma 3nm Sulfer 75 x 2 min = 2,5 horas

Celestron 14” edge HD com redutor de 0,7x e filtro de hidrogênio Antlia 3nm 75 x 1 min = 1,25 h

Celestron 14” edge HD com redutor de 0,7x e filtro de oxigênio Antlia 3nm 57 x 1 min = 57 minutos


Celestron OAG e uma câmera guia de 174 mm

ZWO 2600MM Pro resfriado a -10° / ganho 100.

ZWO ASIAIR pro

Focalizador ZWO EAF

ZWO EFW 7x36mm.

Alsorsa.News


Imaged de meu quintal da garrafa 8. Processado no Pixinsight.


#pribetelgeuse

Astrônomos encontram planeta que não deveria existir

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28 de jun. de 2023

Cientistas se questionam como um planeta pode ter sobrevivido à morte do seu sol que engoliu os planetas prpróximos 

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Divulgação 


Quando nosso sol chegar ao fim de sua vida, ele se expandirá 100 vezes seu tamanho atual, envolvendo a Terra. Muitos planetas em outros sistemas solares enfrentam um destino semelhante à medida que suas estrelas hospedeiras envelhecem. 


Mas nem toda a esperança está perdida, pois astrônomos do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí (UH IfA) fizeram a notável descoberta da sobrevivência de um planeta após o que deveria ter sido uma morte certa nas mãos de seu sol.


O planeta semelhante a Júpiter 8 UMi b, oficialmente chamado Halla, orbita a estrela gigante vermelha Baekdu (8 UMi) a apenas metade da distância que separa a Terra e o sol. Usando dois Observatórios Maunakea na Ilha do Havaí—W. M. Keck Observatory e Canada-France-Hawaiʻi Telescope (CFHT) – uma equipe de astrônomos liderada por Marc Hon, da NASA, descobriu que Halla persiste apesar da evolução normalmente perigosa de Baekdu.


Usando observações das oscilações estelares de Baekdu do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA, eles descobriram que a estrela está queimando hélio em seu núcleo, sinalizando que já havia se expandido enormemente em uma estrela gigante vermelha antes. O trabalho está publicado na revista Nature.


A estrela teria inflado até 1,5 vezes a distância orbital do planeta – envolvendo o planeta no processo – antes de encolher para seu tamanho atual em apenas um décimo dessa distância.


“O engolfamento planetário tem consequências catastróficas para o planeta ou para a própria estrela – ou para ambos. O fato de Halla ter conseguido persistir nas imediações de uma estrela gigante que de outra forma a teria engolfado destaca o planeta como um sobrevivente extraordinário”, disse Hon, o principal autor do estudo.


O planeta Halla foi descoberto em 2015 por uma equipe de astrônomos da Coreia usando o método da velocidade radial, que mede o movimento periódico de uma estrela devido ao puxão gravitacional do planeta em órbita.


Após a descoberta de que a estrela deve ter sido maior que a órbita do planeta, a equipe conduziu observações adicionais de 2021 a 2022 usando o espectrômetro Echelle de alta resolução do Keck Observatory (HIRES) e o instrumento ESPaDOnS do CFHT. Esses novos dados confirmaram que a órbita quase circular de 93 dias do planeta permaneceu estável por mais de uma década e que as mudanças na velocidade radial devem ser devidas a um planeta.


“Juntas, essas observações confirmaram a existência do planeta, deixando-nos com a pergunta convincente de como o planeta realmente sobreviveu”, disse o astrônomo Daniel Huber, do IfA, segundo autor do estudo. “As observações de vários telescópios em Maunakea foram críticas neste processo.”


DIVULGAÇÃO A uma distância de 0,46 unidades astronômicas (UA, ou a distância Terra-sol) de sua estrela, o planeta Halla se assemelha a planetas “quentes” semelhantes a Júpiter, que se acredita terem começado em órbitas maiores antes de migrar para perto de suas estrelas. No entanto, diante de uma estrela hospedeira em rápida evolução, tal origem se torna um caminho de sobrevivência extremamente improvável para o planeta Halla.


Outra teoria para a sobrevivência do planeta é que ele nunca enfrentou o perigo de engolfamento. Semelhante ao famoso planeta Tatooine de Star Wars, que orbita dois sóis, a equipe acredita que a estrela hospedeira Baekdu pode ter tido originalmente duas estrelas. Uma fusão dessas duas estrelas pode ter impedido que qualquer uma delas se expandisse o suficiente para engolir o planeta.


Uma terceira possibilidade é que Halla seja relativamente recém-nascida – que a violenta colisão entre as duas estrelas produziu uma nuvem de gás a partir da qual o planeta se formou. Em outras palavras, o planeta Halla pode ser um planeta recém-nascido de “segunda geração”.


“A maioria das estrelas está em sistemas binários, mas ainda não entendemos completamente como os planetas podem se formar ao seu redor. Portanto, é plausível que mais planetas possam realmente existir em torno de estrelas altamente evoluídas graças a interações binárias”, explicou Hon.


*MetSul 

Cientistas brasileiros avançam no entendimento das superexplosões estelares

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25 de jun. de 2023

Associação entre as manchas e as explosões solares tem sido amplamente investigada ao longo do tempo

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Nasa/SDO/Goddard/Wiessinger

A relação entre as manchas solares e as explosões solares tem sido bastante investigada nos estudos sobre o Sol. Até porque essas erupções associadas a ejeções de massa coronal, em que grandes quantidades de energia são liberadas, impactam diretamente nosso planeta, causando maior ocorrência de auroras boreais; blecautes nas comunicações por rádio; incremento do efeito de cintilação nos sinais de GPS; redução nas velocidades e altitudes dos satélites artificiais


Para entender a física por trás desses eventos estelares, uma nova pesquisa enfocou um fenômeno ainda mais intenso, denominado superexplosão (superflare, em inglês), com energia de 1.000 a 10.000 vezes maior do que as maiores explosões vistas no Sol. E buscou esse tipo de evento em duas estrelas do tipo K: a Kepler-411 e a Kepler-210.


Descobriu – para surpresa dos pesquisadores – que, a despeito de essas estrelas serem semelhantes em todos os aspectos, desde as massas até os períodos de rotação e os sistemas planetários, e de ambas exibirem em torno de 100 manchas, a primeira produziu 65 supererupções, enquanto a segunda não produziu nenhuma. Artigo a respeito foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters.


“A área das manchas estelares parece não ser a principal responsável pelo desencadeamento das superexplosões. Talvez a explicação deva ser buscada na complexidade magnética das regiões ativas”, diz Alexandre Araújo, professor no Centro Integrado de Jovens e Adultos (Cieja – Campo Limpo) da Prefeitura de São Paulo, pós-doutorando na Escola de Engenharia Mackenzie e primeiro autor do artigo.


O pesquisa foi conduzida por ele e sua ex-orientadora de doutorado, atual supervisora de pós-doutorado, Adriana Valio, pesquisadora do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM), da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O estudo contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).


As manchas de ambas as estrelas foram caracterizadas com a técnica de mapeamento por trânsito planetário, que fornece a intensidade, temperatura, posição (latitude e longitude) e raio.


“Pelo conhecimento que se tinha da literatura, as estrelas com manchas maiores teriam mais chance de produzir superflares, mas não foi isso que observamos. As manchas estelares da Kepler-411 são muito menores do que as da Kepler-210. Teoricamente, seria esta que deveria ter superexplosões, mas isso não acontece. Nossa explicação para a inexistência de superflares na Kepler-210, mesmo com grandes manchas na sua superfície, está na complexidade magnética, na evolução e no tempo de vida das manchas”, afirma Araújo.


Além de buscar um avanço no conhecimento das atividades estelares, o presente estudo teve uma motivação adicional. A partir da descoberta das primeiras superexplosões em estrelas de tipo solar, a comunidade científica passou a olhar com atenção para tais fenômenos, principalmente para investigar quais seriam as possibilidades de o Sol apresentar uma explosão dessa proporção.


Se as erupções de muito menor intensidade já impactam tão fortemente nossa sociedade tecnológica, o que esperar de fenômenos energéticos de tal magnitude? “Certamente os planetas que orbitam estrelas com uma frequência de superflares podem chegar a perder sua atmosfera e, por isso, não desenvolver a vida – pelo menos a vida como a conhecemos”, responde Araújo.

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/Nasa/SDO

A estrutura das estrelas de tipo solar

Para entender tudo isso, é preciso abrir um largo parêntese e recapitular alguns conhecimentos básicos sobre a estrutura das estrelas, obtidos principalmente a partir dos estudos sobre o Sol. Para efeito didático, essa estrutura é dividida em camadas.


“O núcleo é a fonte principal da energia da estrela. No Sol, essa região é uma esfera cujo raio corresponde à quinta parte do raio solar, mas com densidade extremamente alta. Nele, a conversão de hidrogênio em hélio, por meio de reações termonucleares, produz temperatura da ordem de 13,6 milhões de kelvin (K)”, informa Valio.


Em torno do núcleo, fica a zona radiativa, onde a energia é transportada pelos fótons em todas as direções. Os fótons, como se sabe, são as partículas associadas à radiação eletromagnética. E sua velocidade de propagação no vácuo é a maior do universo material.


Porém, como a zona radiativa é composta por partículas (prótons, elétrons etc.), a absorção e posterior emissão por estes componentes obstaculizam enormemente o trânsito dos fótons. De modo que eles levam cerca de 1 milhão de anos para atravessar essa camada e chegar à seguinte, a zona convectiva.


“Na zona convectiva, a energia é transportada por meio de correntes de convecção. O material mais quente sobe para a superfície da estrela, enquanto o material mais frio e denso afunda de volta para a camada convectiva. Esse movimento cria células gigantes, que transportam energia e material através da estrela. Na superfície do Sol, elas são conhecidas como os grânulos solares”, explica Valio.


A superfície do Sol é chamada de fotosfera. É nela que aparecem as manchas solares, os grânulos e as erupções, que se estendem por toda a atmosfera solar, composta pela cromosfera e pela coroa. A temperatura média da fotosfera é pouco maior do que 5,7 mil K, o que faz com que seja relativamente fria em comparação com as camadas internas do Sol ou com as camadas superiores da atmosfera solar. É da fotosfera que sai a maior parte da luz e do calor emitidos por essa estrela.


“As manchas que aparecem na fotosfera são causadas por campos magnéticos intensos e podem durar de alguns dias a várias semanas antes de desaparecerem. Sua formação começa com um campo magnético gerado pelo movimento de partículas eletricamente carregadas na tacoclina, fina camada compreendida entre as regiões radiativa e convectiva do interior solar. Ao emergirem na superfície do Sol, os tubos de fluxo magnético criam regiões de campo intenso, que bloqueiam a transferência de calor do interior para a superfície. As manchas são escuras porque sua temperatura é 1.000 a 1.500 graus menor do que a temperatura do resto da superfície”, descreve Valio.


E acrescenta que as manchas geralmente têm formatos e tamanhos diferentes, sendo sua complexidade magnética um fator crucial para a produção das maiores explosões solares. Estas são observadas em todo o espectro eletromagnético: rádio, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios X e raios gama.


Tais fenômenos transientes acontecem na atmosfera solar, nas regiões de altas concentrações de campo magnético, onde grandes quantidades de energia são liberadas por reconexão magnética. A potência gerada nas maiores explosões solares é de aproximadamente 1.017 a 1.022 quilowatts.

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/ Nasa/SDO

O método de trânsitos planetários

O grande desafio para os pesquisadores de superflares é desvendar os mecanismos que originam tais fenômenos. É consensual que essas grandes explosões estejam relacionadas com as manchas estelares. Mas de que forma? “O método de trânsitos planetários é excelente para investigar manchas na superfície de estrelas do tipo solar. Tal método é atualmente o mais robusto para esse tipo de investigação. Mas sua aplicação é bastante complicada, principalmente devido à dificuldade de obter estrelas que se encaixem nos critérios de investigação”, comenta Araújo.


Ele e Valio trabalharam com dados do telescópio Kepler, procurando estrelas que se encaixassem no perfil do estudo. O telescópio espacial Kepler foi projetado pela Nasa, a agência espacial norte-americana, com o objetivo de descobrir planetas de tipo terrestre fora do Sistema Solar. Nos quatro anos de sua primeira fase de operação, que se estendeu de 2009 a 2013, ele observou mais de 150 mil estrelas. E, para extrair informações sobre esses objetos, foi utilizado o método de trânsitos planetários, que se baseia na diminuta alteração produzida no brilho da estrela quando um planeta passa na sua frente.


Mas encontrar, nessa gigantesca base de dados, os objetos que se adequassem aos seus propósitos foi, como disse Araújo, igual a procurar uma agulha no palheiro. Ele detalha:


“Em primeiro lugar, a estrela devia ter um ou mais planetas. Para que esses exoplanetas pudessem ser detectados, seu ângulo de inclinação em relação à estrela tinha que estar no ângulo de visada do telescópio. Além disso, a estrela precisava apresentar manchas na sua superfície. E o exoplaneta devia transitar nas regiões das manchas. O período de orbital do exoplaneta tinha que ser de poucos dias. E seu raio devia ser bem maior do que o da Terra, para que a queda de brilho causada nas curvas de luz da estrela fosse bastante significativa. Finalmente, a estrela precisava apresentar superflares”.


O pesquisador afirma que, felizmente, foi possível identificar uma estrela, a Kepler-411, com excelente qualidade de observação. E o melhor: ela possuía um sistema planetário com quatro exoplanetas. Mas, para entender o papel das manchas estelares, era preciso encontrar uma segunda estrela em tudo semelhante, exceto por um aspecto: ela não podia apresentar superflares.


“Foi, de certa forma, uma ousadia nossa acreditar que essa segunda estrela existia. E nos sentimos recompensados quando encontramos a Kepler-210, com os parâmetros estelares muito próximos da Kepler-411”, diz.


Acredita-se que a detecção de supererupções esteja diretamente ligada à cobertura temporal das manchas na superfície das estrelas. E que, quanto maior a área das manchas estelares, maior o armazenamento de energia magnética para produzir a explosão.


“Nossos resultados trouxeram uma perspectiva um pouco diferente. Como já foi dito, na Kepler-411, detectamos 65 superflares, com energias de até 1.035 ergs [1.035 ×107 quilojoule]. Enquanto a Kepler-210 não apresentou nenhuma supererupção, mesmo com o dobro de cobertura temporal, o que nos deu maior probabilidade de observação. E o que mais nos surpreendeu foi o fato de os raios das manchas estelares da Kepler-411 serem muito menores do que os da Kepler-210”, enfatiza Araújo.


A explicação pode estar no fato de que, a despeito de serem maiores em área, as manchas da Kepler-210 apresentam uma configuração magnética mais simples.


“No Sol, as manchas são classificadas de acordo com o comportamento do campo magnético na área. E classificadas como alfa (α), beta (β), gama (γ) e delta (δ), ou por meio de uma combinação dessas configurações. As manchas deltas são as que apresentam intensa atividade de flares solares. Acreditamos que as manchas da Kepler-210 apresentem uma configuração magnética mais simples, do tipo alfa ou beta”, diz.


“Infelizmente, a confirmação exata dessa hipótese só seria possível por meio de magnetogramas, que são imagens capazes de detectar a localização e a intensidade dos campos magnéticos. Atualmente, só conseguimos observar isso no Sol. Ainda não temos tecnologia para obter magnetogramas de estrelas distantes. De qualquer forma, nosso estudo já nos permite dizer que, em vez de fechar o foco na área das manchas estelares, talvez seja mais produtivo considerar a complexidade magnética das regiões ativas”, conclui Valio.


*CNN Brasil 

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