O Google parece ter encerrado uma tática de SEO que gerou milhões de cliques duvidosos para editores: a história do “que horas são”.
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Essa estratégia consistia em pegar um termo de busca em alta e criar uma história de notícias respondendo a ele.
No entanto, essas histórias tendiam a inverter a arquitetura convencional de uma história de notícias, colocando as informações relevantes perto do final da história para que os leitores passassem mais tempo na página antes de obter uma resposta simples.
Essa prática foi super usada há uma década, e impulsionou o crescimento do tráfego de sites como o Daily Mirror e o Telegraph.
No entanto, o Google parece ter decidido acabar com essa tática. Desde sua atualização de algoritmo “conteúdo útil” de agosto do ano passado, a empresa procurou parar de exibir esses tipos de artigos na busca.
O Google está usando seu mecanismo de resposta direta para responder diretamente às perguntas dos usuários.
Os resultados agora podem ser encontrados para buscas mundanas como “que horas o jogo do São Paulo começa hoje à noite?”.
Essa mudança no algoritmo pode levar a uma diminuição no tráfego dos editores de notícias, mas é improvável que seja perdida pelos jornalistas encarregados de escrever 400 palavras de preenchimento de espaço antes de responder à pergunta em tendência.
Barry Adams, especialista em SEO da Polemic Digital, alerta que os editores devem evitar o conteúdo que responde a perguntas simples se quiserem futuramente proteger sua estratégia de SEO.
Em vez disso, eles devem se concentrar em termos de pesquisa que apontam para uma história mais complexa à qual podem adicionar valor.
“Os chatbots vão se tornar muito bons para responder a perguntas simples. Os editores tendem a escrever 400 palavras de texto fraco antes de chegar à resposta. Isso não é bom para os usuários e o Google não vê seu trabalho como fornecer links para esse conteúdo de baixa qualidade”, disse Adams.
*Discovery / Press Gazette