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Clientes descobrem que Atacadão tem lojas no Marrocos, e história viraliza; entenda

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30 de out. de 2023

Rede brasileira opera no país desde 2007, com 11 lojas presentes em grandes cidades como Marraquexe e Casablanca

Alsorsa.News
Atacadão: usuários do Twitter se surpreenderam ao descobrir unidades no Marrocos — Foto: Reprodução/Twitter

Uma informação pegou os usuários do Twitter de surpresa na quarta-feira (15/3). Depois de um perfil compartilhar a imagem de um folheto do Atacadão em árabe, os clientes descobriram que a rede, que pertence ao grupo Carrefour, também opera no Marrocos, gerando uma onda de tuítes repercutindo a história.


Os usuários passaram a compartilhar mais imagens de encartes e até de unidades do mercado com o letreiro em português e em árabe, junto a comentários chocados com a descoberta. A presença da rede por lá, porém, não é novidade: o Atacadão tem lojas no Marrocos há mais de 15 anos, com presença em cidades como Marraquexe, Casablanca, Agadir, Fez e Rabat. Ao todo, são 11 lojas no país.


Fundado em 1962, no Paraná, o Atacadão teve início quando o gaúcho Alcides Parizotto abriu uma representação comercial para vender produtos como queijos e sardinha salgada no atacado. Na época, tratava-se de um comércio para vender produtos gaúchos. A expansão para outros estados brasileiros iniciou-se na década de 1970. Hoje, tem lojas nos 26 estados e no Distrito Federal.


Em 2007, a marca foi comprada pelo grupo Carrefour, por € 825 milhões (na época, o equivalente a R$ 2,2 bilhões). Com a aquisição, o Carrefour superou o Walmart e o Pão de Açúcar em participação no mercado nacional– o Walmart deixou o Brasil em 2020. Iniciou-se assim a expansão internacional do negócio, que foi exportado para Colômbia (onde fechou as portas em 2012), Argentina, Romênia, Espanha e Marrocos, de acordo com o site oficial do Atacadão. PEGN procurou o grupo Carrefour para confirmar os países onde a rede Atacadão opera atualmente, mas não obteve retorno até o momento da publicação.

Alsorsa.News
Unidade do Atacadão no Marrocos — Foto: Reprodução/Atacadão

Em novembro do ano passado, o grupo anunciou que o formato seria levado para a França, o que gerou descontentamento na população local. O plano era abrir uma unidade em Sevran, na região metropolitana de Paris, ainda no primeiro semestre de 2023. Segundo o Le Parisien, os moradores se opuseram e contaram com o apoio do prefeito da região, Stéphane Blanchet, que argumentou que o mercado ameaçaria o “comércio local” e o “tráfego rodoviário nas imediações”, levando o Carrefour a suspender a abertura.


*PEGN 

Defensoria pede R$ 200 milhões de indenização ao Carrefour

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26 de nov. de 2020

 

Ação se refere à morte de João Alberto Silveira Freitas

João Alberto foi espancado e morto por seguranças em Carrefour de Porto Alegre Foto: Reprodução

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul entrou nesta quarta-feira (25) com uma ação civil pública coletiva contra o Carrefour e a empresa de segurança Vector pelo assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, espancado por dois seguranças em uma unidade do supermercado na Zona Norte de Porto Alegre.

A ação, ajuizada na Vara de Tutelas Coletivas da capital gaúcha, cobra indenização de R$ 200 milhões da rede de supermercados por danos morais coletivos e sociais. Segundo a Defensoria, o valor será destinado a fundos de combate à discriminação e defesa do consumidor.

A Defensoria pede ainda que a rede Carrefour crie em Porto Alegre, em até 10 dias, um plano de combate ao racismo e ao tratamento discriminatório voltado aos funcionários do grupo. Também solicita a adoção de campanhas de conscientização em redes sociais e na mídia. Requer ainda a afixação de ao menos dez cartazes, em cada unidade do conglomerado no Brasil, destacando que discriminação é crime e que denúncias podem ser encaminhadas ao canal Disque 100.

Há ainda um pedido para que o grupo Carrefour e a Vector custeiem o aparelhamento material da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), anunciada pelo governo do estado. Também exige que eles cubram os gastos da Brigada Militar com ações de segurança nos locais onde ocorreram manifestações após a morte de João Alberto.

A Defensoria Pública também requer a interdição da unidade onde ocorreu o crime por cinco dias, ‘com o objetivo de diminuir os riscos de possíveis atos hostis que poderão ocorrer em decorrência de manifestações’.

Além das empresas, a fiscal do Carrefour Adriana Alves, que filmou as agressões de perto e ameaçou uma testemunha, e os dois seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, flagrados espancando o homem negro até a morte, também foram incluídos na ação.

Mais cedo, a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre anunciou que abriu dois inquéritos civis para buscar reparação e investigar a política de direitos humanos no supermercado. Há ainda duas frentes de investigação criminais relacionadas ao episódio em curso no Ministério Público Federal. Enquanto a Procuradoria do Rio Grande do Sul apura o funcionamento de mecanismos de fiscalização de empresas de segurança privada pela Polícia Federal, os procuradores do Rio de Janeiro investigam medidas adotadas pela PF e também por supermercados, shopping centers e bancos para enfrentamento do racismo estrutural nos serviços de vigilância.

*Estadão

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