Rede brasileira opera no país desde 2007, com 11 lojas presentes em grandes cidades como Marraquexe e Casablanca
Atacadão: usuários do Twitter se surpreenderam ao descobrir unidades no Marrocos — Foto: Reprodução/Twitter
Uma informação pegou os usuários do Twitter de surpresa na quarta-feira (15/3). Depois de um perfil compartilhar a imagem de um folheto do Atacadão em árabe, os clientes descobriram que a rede, que pertence ao grupo Carrefour, também opera no Marrocos, gerando uma onda de tuítes repercutindo a história.
Os usuários passaram a compartilhar mais imagens de encartes e até de unidades do mercado com o letreiro em português e em árabe, junto a comentários chocados com a descoberta. A presença da rede por lá, porém, não é novidade: o Atacadão tem lojas no Marrocos há mais de 15 anos, com presença em cidades como Marraquexe, Casablanca, Agadir, Fez e Rabat. Ao todo, são 11 lojas no país.
— as profundezas do brasil autóctone (@brasilautoctone) March 15, 2023
Fundado em 1962, no Paraná, o Atacadão teve início quando o gaúcho Alcides Parizotto abriu uma representação comercial para vender produtos como queijos e sardinha salgada no atacado. Na época, tratava-se de um comércio para vender produtos gaúchos. A expansão para outros estados brasileiros iniciou-se na década de 1970. Hoje, tem lojas nos 26 estados e no Distrito Federal.
Em 2007, a marca foi comprada pelo grupo Carrefour, por € 825 milhões (na época, o equivalente a R$ 2,2 bilhões). Com a aquisição, o Carrefour superou o Walmart e o Pão de Açúcar em participação no mercado nacional– o Walmart deixou o Brasil em 2020. Iniciou-se assim a expansão internacional do negócio, que foi exportado para Colômbia (onde fechou as portas em 2012), Argentina, Romênia, Espanha e Marrocos, de acordo com o site oficial do Atacadão. PEGN procurou o grupo Carrefour para confirmar os países onde a rede Atacadão opera atualmente, mas não obteve retorno até o momento da publicação.
Unidade do Atacadão no Marrocos — Foto: Reprodução/Atacadão
Em novembro do ano passado, o grupo anunciou que o formato seria levado para a França, o que gerou descontentamento na população local. O plano era abrir uma unidade em Sevran, na região metropolitana de Paris, ainda no primeiro semestre de 2023. Segundo o Le Parisien, os moradores se opuseram e contaram com o apoio do prefeito da região, Stéphane Blanchet, que argumentou que o mercado ameaçaria o “comércio local” e o “tráfego rodoviário nas imediações”, levando o Carrefour a suspender a abertura.
*PEGN