Ambas instituições financeiras eram conhecidas por melhores retornos quando comparadas com outros bancos. Veja mais!
Na última quarta-feira (15), o Banco Central decretou a falência de duas instituições financeiras amplamente conhecidas no mercado financeiro: BRK e Portocred. Ambas estavam com problemas nos balanços há alguns anos.
Ainda assim, os dois bancos contavam com uma vasta clientela, uma vez que os títulos vinculados a eles pagavam taxas bem maiores do que as dos bancos tradicionais. Nesse sentido, nas corretoras e plataformas de investimento, era comum encontrar os papéis das duas companhias.
Agora, as pessoas que detinham títulos de crédito nessas instituições financeiras precisam realizar a solicitação da garantia dos valores.
Histórico dos bancos BRK e Portocred
A situação financeira adversa dos dois bancos era facilmente encontrada em plataformas que tratam sobre o assunto, como o Banco Data, que informa o histórico financeiro das instituições. Veja!
BRK
A BRK começou a mostrar prejuízos em 2017, ou seja, há mais ou menos 5 anos. Desde então, seus resultados foram os seguintes:
2019 – lucro de R$ 2 milhões;
2020 – prejuízo de R$ 48,5 milhões;
2021 – prejuízo de R$ 34,9 milhões;
2022 – lucro parcial de R$ 25,3 milhões.
Em suma, o Índice Basileia aponta a razão entre o dinheiro que a empresa dispõe e o valor do capital em outras empresas, assim, serve como um indicador da saúde dos bancos. Em relação a BRK, o índice estava bem abaixo do mínimo para evitar a liquidação.
Portocred
A situação do Portocred não é tão diferente, mas nos anos anteriores a empresa conseguiu apresentar um lucro. O prejuízo veio agora, em 2022, com o resultado parcial:
2019 – lucro de R$ 23,7 milhões;
2020 – lucro de R$ 6,4 milhões;
2021 – lucro de R$ 10,5 milhões;
2020 – prejuízo parcial de R$ 20,8 milhões.
Além da queda nos lucros, o Índice Basileia do Portocred também estava abaixo do mínimo esperado.
Garantia aos investidores
Por fim, como citado anteriormente, os investidores de títulos das duas companhias precisam solicitar a garantia dos valores. Para isso, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) publicou uma nota com as instruções para que os clientes recebam a quantia garantida por lei.
Imagem: Andrii Yalanskyi | shutterstock
*Seu Crédito Digital