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Brasil deve produzir 1 bilhão de notas de Peso argentino em 2023

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10 de mai. de 2023

Com a moeda argentina tendo perdido 90% do seu valor em 6 anos, o país passou a precisar importar cédulas de dinheiro.

Alsorsa.News |
Imagem: Banco Central da República Argentina

Lançada em 2017, a cédula de AR$1000, equivalente na época à cerca de US$55 dólares americanos. Passados 6 anos, seu valor de mercado desabou para os atuais US$4,3.


A desvalorização superior a 90% em 6 anos tem se intensificado na medida em que o governo local incorre em pesados déficits públicos, financiados por meio da emissão de moeda pelo BCRA, o Banco Central da República Argentina.


Com cerca de 3% do PIB em déficits, o governo tem de equilibrar uma alta nos custos de energia, fortemente subsidiados pelo setor público, que paga cerca de 75% das contas de energia da população local, além dos controles cambiais.


São ao todo 17 taxas de câmbio, buscando reduzir a evasão de divisas, sem grande sucesso. Uma análise independente aponta que o BCRA estaria com reservas de dólares negativas, a despeito de o banco apontar reservas de US$37 bilhões. Isso ocorre pois boa parte destes recursos são na realidade Yuans.


Em um país ainda acostumado ao dinheiro físico, em boa medida graças ao confisco promovido em 2001, que converteu forçadamente os dólares depositados em contas no país em Pesos, os argentinos sofrem para pagar uma simples conta de mercado.


A nova nota de AR$2000 já estaria pronta, o que pode colaborar para que o governo apresente uma redução de custos também na fabricação do dinheiro. 


Desde 2020 o Brasil tem alocado sua capacidade ociosa na Cada da Moeda para fabricar notas de Peso.


Em 2022, o Brasil país produziu 600 milhões de notas de Peso. Neste ano, o Brasil deve produzir por aqui entre 16-20 milhões de pesos argentinos semanalmente, incluindo as novas notas de 2000 pesos.


Poder de compra

Em um supermercado de Buenos Aires, porém, a nova cédula, cujo valor equivalente a pouco mais de US$10. Este valor seria o suficiente para comprar meio Kg de um macarrão como o da marca Barilla (AR$1750 pesos), ou menos de 2 pastas de dente da Colgate (AR$1350). O valor é insuficiente para comprar uma lata de leite em pó da Nestlé, que custa atualmente  AR$2950.


Em abril, a cesta básica do país chegou a valor cerca de AR$197 mil.


Com acesso restrito aos dólares e uma moeda que perde dinheiro a cada dia (espera-se que neste ano a inflação do país deva atingir 130%), o número de argentinos transacionado em Bitcoin tem subido. 


Na Ripio, maior exchange do país, 1 Bitcoin custa o equivalente a AR$14,8 milhões de dólares, mais do que o dobro da cotação oficial utilizada pelo governo.


*BlockTrends 

Bitcoin chega a 13 milhões de pesos com colapso da Argentina

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25 de abr. de 2023

 Falta de dólares chega a um estágio crítico na Argentina.

Alsorsa.News |
Imagem: Shutterstock

Um anúncio por parte do Banco Central da República Argentina, decretando feriado bancário na segunda-feira, foi o estopim para uma corrida cambial no país.


As reservas estrangeiras em dólar da Argentina, que o BRCA alegava estar em US$37 bilhões, podem ser na prática negativas.


Isso ocorre pois boa parte do que o governo considera como reserva cotada em dólares, é na verdade Yuan chinês, fruto de um acordo cambial do BRCA com o PBOC, o BC chinês. 


A estimativa não oficial é de que as reservas de dólar do país seriam na realidade de US$5,7 bilhões negativos. 


Agora, em meio ao colapso do Peso, que saiu de 20 pesos para 1 dólar em 2018 para os atuais 497/1, os argentinos bem buscando meios de transferir seu patrimônio para outros ativos.


O Bitcoin, oficialmente cotado em AR$6,75 milhões  está sendo negociado a AR$13 milhões no mercado paralelo.


Ao contrário do dólar, que possui cada vez mais restrições para compra impostas pelo governo, as transações em Bitcoin são mais fáceis, uma vez que é possível transacionar sem envolver instituições financeiras


A cotação da maior criptomoeda tem seguido na Argentina um caminho oposto a sua cotação em dólar, que recua cerca de 4% na última semana. Em pesos, a valorização chega a 20%.


Agora o ministro da economia, Sérgio Massa, espera rever o acordo com o FMI, que inclui cláusulas para dificultar a adoção de cripto.


Em meio a uma seca histórica, o país se prepara para uma entrada ainda menor de dólares neste ano. 


*BlockTrends 

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