Programa de crédito estava suspenso desde o dia 12 de janeiro, quando foi posto em revisão; para contratos já realizados, nada muda
Marcelo Camargo/AgĂŞncia BrasilA Caixa EconĂ´mica Federal anunciou, na sexta-feira (24), a suspensĂŁo definitiva do emprĂ©stimo consignado aos beneficiários do AuxĂlio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa FamĂlia.
Segundo a Caixa, “os estudos tĂ©cnicos sobre o Consignado AuxĂlio foram concluĂdos e o banco decidiu retirar o produto de seu portfĂłlio”.
O programa de crédito estava suspenso desde o dia 12 de janeiro, quando foi posto em revisão.
O banco informa que, para contratos já realizados, nada muda. “O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefĂcio, diretamente pelo MinistĂ©rio do Desenvolvimento e AssistĂŞncia Social, FamĂlia e Combate Ă Fome (MDS)”, disse em comunicado.
No Ăşltimo dia 9 de fevereiro, o governo federal anunciou regras mais restritivas para a concessĂŁo de emprĂ©stimos para beneficiários do AuxĂlio Brasil. A principal mudança foi a redução do limite para o desconto mensal no benefĂcio, de 40% para 5%.
O emprĂ©stimo consignado Ă© aquele em que o crĂ©dito Ă© concedido com desconto automático das parcelas em folha de pagamento ou benefĂcio. A modalidade para beneficiários do AuxĂlio Brasil foi sancionada em agosto do ano passado, embora tenha sido ofertada pelo mercado financeiro somente a partir de outubro.
Desde entĂŁo, foi suspensa em duas ocasiões — uma antes do segundo turno das eleições presidenciais, sob recomendação do TCU (Tribunal de Contas da UniĂŁo), e outra em janeiro deste ano, quando a atual presidente do banco, Maria Rita Serrano, tomou posse.
“O banco nĂŁo tem como arcar com isso”, disse Serrano, na ocasiĂŁo.
“Decidimos suspender essa modalidade por dois motivos. O primeiro Ă© que o governo está revendo o cadastro. EntĂŁo, nĂŁo seria de bom tom manter. O segundo Ă© que os juros sĂŁo muito elevados para essa parcela da população.”
Em outubro de 2022, os empréstimos consignados somaram cerca de R$ 5 bilhões, de acordo com o Banco Central, dos quais a Caixa respondeu por R$ 4,3 bilhões.
*CNN Brasil