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Por que a Lua está se afastando de Terra? A ciência responde!

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1 de out. de 2023

 Por que a Lua está se afastando de Terra? A ciência responde!

Alsorsa.News

As condições da Terra estão interconectadas com diversas outras forças da natureza, por exemplo, com os níveis de radiação emitidos pelo Sol. Mas a Lua também é uma parte importante do funcionamento da Terra, não é à toa que a atração gravitação do satélite natural gera um fenômeno conhecido como força das marés, resultando na movimentação do planeta e, consequentemente, em diferentes regiões dos oceanos.


Por muito tempo, os seres humanos não tinham ideia de que a Lua estava se afastando lentamente da Terra, até por isso construíram boa parte do conceito de mês no movimento lunar. Afinal, ao visualizar o céu a olho nu, é impossível perceber qualquer mudança significativa.


De acordo com informações coletadas por cientistas, as órbitas da Lua e da Terra estão se afastando lentamente há muito tempo. A partir de dados detectados pelo Lunar Laser Ranging Experiment (LLR), é possível ter uma ideia precisa de que o satélite natural está se deslocando cerca de 3,8 centímetros por ano.


Lua se afastando da Terra

Uma das teorias mais reconhecidas é que a Lua surgiu depois de uma colisão entre o corpo celeste Theia e a Terra, há aproximadamente 4,5 milhões de anos. Após o impacto, uma grande quantidade de material do nosso planeta foi lançado no espaço e, então, passou por um processo gravitacional que juntou todo esse material e formou o brilhante satélite natural.


Além de ‘formar a Lua’, a gravidade é a maior responsável pelo afastamento anual de 3,8 centímetros. Por conta da força gravitacional lunar, a Terra sofre com protuberâncias que criam um desequilíbrio e retardam sua rotação; dessa forma, nosso planeta está perdendo energia e seu momento angular, assim, resultando no lento afastamento da Lua. 

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A distância da Lua também pode afetar a dinâmica da duração dos dias, por exemplo, os cientistas já estimaram que a Terra passava por dias de 19 horas há cerca de dois bilhões de anos.Fonte:  Getty Images 

Em outras palavras, quanto mais rápida é a rotação, maior é o momento angular, responsável pelo fenômeno de interação gravitacional entre a Terra e a Lua. Quanto mais devagar, menor é o momento angular. Para conservar esse momento angular, o satélite precisa se afastar do nosso planeta.


“Não é apenas a taxa de rotação que afeta o momento angular. A distância que você está do centro do sistema também é importante. Além disso, significa que o momento angular do sistema aumenta. Mais perto significa que seu momento angular diminui. Á medida que a rotação da Terra diminui, para que o momento angular seja conservado, algo tem de aumentar o momento angular do sistema. O que aumenta o momento angular? Um objeto em órbita como a Lua se distanciando”, disse a astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, Madelyn Broome, em mensagem ao site Live Science.


De qualquer forma, é importante destacar que provavelmente a humanidade não sofrerá com nenhum problema relacionado ao afastamento da Lua; o satélite nunca estará completamente livre da nossa órbita. O fim de tudo mais provável é que nosso Sol se transforme em uma gigante vermelha e 'engula' a Lua e a Terra juntas.


*TecMundo 

Halla, o planeta que não deveria existir

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5 de jul. de 2023

Com essa descoberta fora deste mundo, parece que entramos na versão cósmica de uma zona crepuscular. O nosso conhecimento atual da física celeste enfrenta um sério desafio com a descoberta do exoplaneta semelhante a Júpiter, Halla. E a narrativa se torna ainda mais intrigante – é um planeta que não deveria existir.


Pairando a cerca de 520 anos-luz de nós, na constelação da Ursa Menor, Halla dança audaciosamente ao redor de sua estrela, Baekdu. Agora, você pode pensar que não há nada de estranho nisso. No entanto, o enigma aqui é o seguinte – Baekdu já passou por uma transição estelar ardente, semelhante à expansão prevista do nosso próprio Sol, que deveria ter, em teoria, engolido Halla em uma conflagração cósmica cataclísmica.


A Terra também está destinada a enfrentar um destino semelhante algum dia, quando nossa estrela mãe se transformar em uma gigante vermelha, nos reduzindo a uma memória derretida. O fato impressionante, porém, é que Halla sobreviveu a um cenário semelhante, desafiando o que pensávamos saber sobre as relações entre estrelas e planetas.


Halla, o planeta que não deveria existir


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Por meio do Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da NASA, os pesquisadores foram capazes de examinar as oscilações estelares de Baekdu. Eles encontraram sinais de combustão de hélio no núcleo da estrela, uma indicação clara de que Baekdu já havia sido uma gigante vermelha, sugerindo que já havia queimado todo o seu combustível de hidrogênio.


Apesar disso, Halla, que orbita Baekdu a uma distância equivalente à metade daquela entre a Terra e o Sol, foi observado em uma órbita estável, quase circular, por mais de uma década, segundo o Space.


Nessa dança interestelar de sobrevivência, o pequeno planeta valente deixou a comunidade científica boquiaberta. A equipe de astrônomos que se deparou com esse fenômeno desconcertante foi liderada por Marc Hon, membro da equipe Hubble da NASA do Instituto de Astronomia do Havaí. Segundo Hon, “O fato de Halla ter conseguido persistir nas proximidades de uma estrela gigante que, até onde sabemos, deveria tê-lo engolido, destaca o planeta como um sobrevivente extraordinário.”


A descoberta de Halla gerou uma enxurrada de teorias. Alguns sugerem que Halla é um planeta de segunda geração, nascido de novo a partir dos destroços gasosos ardentes de uma colisão estelar. Essa teoria poderia abrir um mundo de possibilidades, incluindo o potencial para descobrir mais planetas orbitando estrelas altamente evoluídas, devido às interações de estrelas binárias.


Seja como for, a história de Halla destaca que o universo é muito mais diversificado e misterioso do que entendíamos anteriormente. Halla, o ‘planeta que não deveria existir’, agita a nossa curiosidade cósmica, desafiando nossas percepções e nos instigando a reconsiderar nosso entendimento de como as estrelas e seus companheiros planetários evoluem.


Portanto, se há algo a retirar dessa impressionante anomalia celestial, é isto – no domínio da exploração cósmica, espere o inesperado!

Nos próximos dias, a Terra vai atingir seu ponto mais distante do Sol. O que vai acontecer?

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3 de jul. de 2023

 Nos próximos dias, a Terra vai atingir seu ponto mais distante do Sol. O que vai acontecer?

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Estamos prestes a dar o maior passo longe do Sol este ano. Isso mesmo, em apenas alguns dias, nosso planeta Terra embarcará em uma jornada celestial até o ponto mais distante de sua órbita ao redor do Sol, um momento majestoso conhecido como “afélio”.


Marquem em seus calendários, amantes do espaço. Este ano, a Terra está pronta para atingir o afélio no dia 6 de julho, precisamente às 20:08 UTC, segundo o In The Sky. Este fenômeno acontece todos os anos, como uma espécie de férias anuais do nosso planeta, esticando seus braços até a distância máxima de cerca de 152.000.000 quilômetros de nossa estrela quente e brilhante.


O que é o afélio?

O termo “afélio” pode parecer um pouco técnico, mas não deixe que isso o impeça. Em sua essência, é apenas a Terra realizando uma grande dança cósmica coreografada pelas leis da física. O valsar ao redor do Sol leva cerca de 365 dias, e em vez de seguir um círculo perfeito, nosso planeta escolhe um caminho elíptico mais interessante.


Um grande viva para o gênio alemão, Johannes Kepler, que primeiro propôs essa ideia de órbitas elípticas. Ele também cunhou o termo “afélio”, fundindo as palavras gregas “apo” (que significa “longe de”) e “helios” (que significa “Sol”).


As estações do ano

Mas espere! E as estações do ano? Se estamos mais distantes do Sol em julho, não deveríamos estar todos nos aquecendo com roupas de inverno? Não, não funciona bem assim. Apesar do afélio, em julho é verão no hemisfério norte e inverno no sul.


Isso ocorre porque as estações do ano não têm a ver com o quão perto ou longe estamos do Sol. Na verdade, trata-se da inclinação do nosso planeta. A Terra tem um pequeno desvio, cerca de uma inclinação de 23° em relação à perpendicular ao plano de sua órbita. Essa leve inclinação significa que diferentes partes do nosso mundo são banhadas pela luz do sol em diferentes ângulos ao longo do ano.


Quando o verão chega, os raios do Sol atingem aquela parte do hemisfério da Terra de forma mais direta e por mais tempo. Por outro lado, quando é inverno, os raios do Sol atingem em um ângulo mais íngreme, por um período menor. Esta pequena dança entre a Terra e o Sol determina a mudança das estações e marca os momentos dos equinócios e solstícios.


Então, enquanto nos aproximamos do afélio neste julho, tire um momento para maravilhar-se com a coreografia celestial em jogo. Embora possa parecer que estamos nos afastando do Sol, tudo faz parte da grande dança cósmica, um testemunho da majestade do universo e nosso lugar dentro dele. Não estamos apenas vivendo na Terra, pessoal, estamos voando pelo espaço em uma esfera azul que conhece perfeitamente seus movimentos. É hora de curtir a viagem!


*Mistérios do Mundo/In The Sky 

Astrônomos encontram planeta que não deveria existir

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28 de jun. de 2023

Cientistas se questionam como um planeta pode ter sobrevivido à morte do seu sol que engoliu os planetas prpróximos 

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Divulgação 


Quando nosso sol chegar ao fim de sua vida, ele se expandirá 100 vezes seu tamanho atual, envolvendo a Terra. Muitos planetas em outros sistemas solares enfrentam um destino semelhante à medida que suas estrelas hospedeiras envelhecem. 


Mas nem toda a esperança está perdida, pois astrônomos do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí (UH IfA) fizeram a notável descoberta da sobrevivência de um planeta após o que deveria ter sido uma morte certa nas mãos de seu sol.


O planeta semelhante a Júpiter 8 UMi b, oficialmente chamado Halla, orbita a estrela gigante vermelha Baekdu (8 UMi) a apenas metade da distância que separa a Terra e o sol. Usando dois Observatórios Maunakea na Ilha do Havaí—W. M. Keck Observatory e Canada-France-Hawaiʻi Telescope (CFHT) – uma equipe de astrônomos liderada por Marc Hon, da NASA, descobriu que Halla persiste apesar da evolução normalmente perigosa de Baekdu.


Usando observações das oscilações estelares de Baekdu do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA, eles descobriram que a estrela está queimando hélio em seu núcleo, sinalizando que já havia se expandido enormemente em uma estrela gigante vermelha antes. O trabalho está publicado na revista Nature.


A estrela teria inflado até 1,5 vezes a distância orbital do planeta – envolvendo o planeta no processo – antes de encolher para seu tamanho atual em apenas um décimo dessa distância.


“O engolfamento planetário tem consequências catastróficas para o planeta ou para a própria estrela – ou para ambos. O fato de Halla ter conseguido persistir nas imediações de uma estrela gigante que de outra forma a teria engolfado destaca o planeta como um sobrevivente extraordinário”, disse Hon, o principal autor do estudo.


O planeta Halla foi descoberto em 2015 por uma equipe de astrônomos da Coreia usando o método da velocidade radial, que mede o movimento periódico de uma estrela devido ao puxão gravitacional do planeta em órbita.


Após a descoberta de que a estrela deve ter sido maior que a órbita do planeta, a equipe conduziu observações adicionais de 2021 a 2022 usando o espectrômetro Echelle de alta resolução do Keck Observatory (HIRES) e o instrumento ESPaDOnS do CFHT. Esses novos dados confirmaram que a órbita quase circular de 93 dias do planeta permaneceu estável por mais de uma década e que as mudanças na velocidade radial devem ser devidas a um planeta.


“Juntas, essas observações confirmaram a existência do planeta, deixando-nos com a pergunta convincente de como o planeta realmente sobreviveu”, disse o astrônomo Daniel Huber, do IfA, segundo autor do estudo. “As observações de vários telescópios em Maunakea foram críticas neste processo.”


DIVULGAÇÃO A uma distância de 0,46 unidades astronômicas (UA, ou a distância Terra-sol) de sua estrela, o planeta Halla se assemelha a planetas “quentes” semelhantes a Júpiter, que se acredita terem começado em órbitas maiores antes de migrar para perto de suas estrelas. No entanto, diante de uma estrela hospedeira em rápida evolução, tal origem se torna um caminho de sobrevivência extremamente improvável para o planeta Halla.


Outra teoria para a sobrevivência do planeta é que ele nunca enfrentou o perigo de engolfamento. Semelhante ao famoso planeta Tatooine de Star Wars, que orbita dois sóis, a equipe acredita que a estrela hospedeira Baekdu pode ter tido originalmente duas estrelas. Uma fusão dessas duas estrelas pode ter impedido que qualquer uma delas se expandisse o suficiente para engolir o planeta.


Uma terceira possibilidade é que Halla seja relativamente recém-nascida – que a violenta colisão entre as duas estrelas produziu uma nuvem de gás a partir da qual o planeta se formou. Em outras palavras, o planeta Halla pode ser um planeta recém-nascido de “segunda geração”.


“A maioria das estrelas está em sistemas binários, mas ainda não entendemos completamente como os planetas podem se formar ao seu redor. Portanto, é plausível que mais planetas possam realmente existir em torno de estrelas altamente evoluídas graças a interações binárias”, explicou Hon.


*MetSul 

Cientistas brasileiros avançam no entendimento das superexplosões estelares

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25 de jun. de 2023

Associação entre as manchas e as explosões solares tem sido amplamente investigada ao longo do tempo

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Nasa/SDO/Goddard/Wiessinger

A relação entre as manchas solares e as explosões solares tem sido bastante investigada nos estudos sobre o Sol. Até porque essas erupções associadas a ejeções de massa coronal, em que grandes quantidades de energia são liberadas, impactam diretamente nosso planeta, causando maior ocorrência de auroras boreais; blecautes nas comunicações por rádio; incremento do efeito de cintilação nos sinais de GPS; redução nas velocidades e altitudes dos satélites artificiais


Para entender a física por trás desses eventos estelares, uma nova pesquisa enfocou um fenômeno ainda mais intenso, denominado superexplosão (superflare, em inglês), com energia de 1.000 a 10.000 vezes maior do que as maiores explosões vistas no Sol. E buscou esse tipo de evento em duas estrelas do tipo K: a Kepler-411 e a Kepler-210.


Descobriu – para surpresa dos pesquisadores – que, a despeito de essas estrelas serem semelhantes em todos os aspectos, desde as massas até os períodos de rotação e os sistemas planetários, e de ambas exibirem em torno de 100 manchas, a primeira produziu 65 supererupções, enquanto a segunda não produziu nenhuma. Artigo a respeito foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters.


“A área das manchas estelares parece não ser a principal responsável pelo desencadeamento das superexplosões. Talvez a explicação deva ser buscada na complexidade magnética das regiões ativas”, diz Alexandre Araújo, professor no Centro Integrado de Jovens e Adultos (Cieja – Campo Limpo) da Prefeitura de São Paulo, pós-doutorando na Escola de Engenharia Mackenzie e primeiro autor do artigo.


O pesquisa foi conduzida por ele e sua ex-orientadora de doutorado, atual supervisora de pós-doutorado, Adriana Valio, pesquisadora do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM), da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O estudo contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).


As manchas de ambas as estrelas foram caracterizadas com a técnica de mapeamento por trânsito planetário, que fornece a intensidade, temperatura, posição (latitude e longitude) e raio.


“Pelo conhecimento que se tinha da literatura, as estrelas com manchas maiores teriam mais chance de produzir superflares, mas não foi isso que observamos. As manchas estelares da Kepler-411 são muito menores do que as da Kepler-210. Teoricamente, seria esta que deveria ter superexplosões, mas isso não acontece. Nossa explicação para a inexistência de superflares na Kepler-210, mesmo com grandes manchas na sua superfície, está na complexidade magnética, na evolução e no tempo de vida das manchas”, afirma Araújo.


Além de buscar um avanço no conhecimento das atividades estelares, o presente estudo teve uma motivação adicional. A partir da descoberta das primeiras superexplosões em estrelas de tipo solar, a comunidade científica passou a olhar com atenção para tais fenômenos, principalmente para investigar quais seriam as possibilidades de o Sol apresentar uma explosão dessa proporção.


Se as erupções de muito menor intensidade já impactam tão fortemente nossa sociedade tecnológica, o que esperar de fenômenos energéticos de tal magnitude? “Certamente os planetas que orbitam estrelas com uma frequência de superflares podem chegar a perder sua atmosfera e, por isso, não desenvolver a vida – pelo menos a vida como a conhecemos”, responde Araújo.

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/Nasa/SDO

A estrutura das estrelas de tipo solar

Para entender tudo isso, é preciso abrir um largo parêntese e recapitular alguns conhecimentos básicos sobre a estrutura das estrelas, obtidos principalmente a partir dos estudos sobre o Sol. Para efeito didático, essa estrutura é dividida em camadas.


“O núcleo é a fonte principal da energia da estrela. No Sol, essa região é uma esfera cujo raio corresponde à quinta parte do raio solar, mas com densidade extremamente alta. Nele, a conversão de hidrogênio em hélio, por meio de reações termonucleares, produz temperatura da ordem de 13,6 milhões de kelvin (K)”, informa Valio.


Em torno do núcleo, fica a zona radiativa, onde a energia é transportada pelos fótons em todas as direções. Os fótons, como se sabe, são as partículas associadas à radiação eletromagnética. E sua velocidade de propagação no vácuo é a maior do universo material.


Porém, como a zona radiativa é composta por partículas (prótons, elétrons etc.), a absorção e posterior emissão por estes componentes obstaculizam enormemente o trânsito dos fótons. De modo que eles levam cerca de 1 milhão de anos para atravessar essa camada e chegar à seguinte, a zona convectiva.


“Na zona convectiva, a energia é transportada por meio de correntes de convecção. O material mais quente sobe para a superfície da estrela, enquanto o material mais frio e denso afunda de volta para a camada convectiva. Esse movimento cria células gigantes, que transportam energia e material através da estrela. Na superfície do Sol, elas são conhecidas como os grânulos solares”, explica Valio.


A superfície do Sol é chamada de fotosfera. É nela que aparecem as manchas solares, os grânulos e as erupções, que se estendem por toda a atmosfera solar, composta pela cromosfera e pela coroa. A temperatura média da fotosfera é pouco maior do que 5,7 mil K, o que faz com que seja relativamente fria em comparação com as camadas internas do Sol ou com as camadas superiores da atmosfera solar. É da fotosfera que sai a maior parte da luz e do calor emitidos por essa estrela.


“As manchas que aparecem na fotosfera são causadas por campos magnéticos intensos e podem durar de alguns dias a várias semanas antes de desaparecerem. Sua formação começa com um campo magnético gerado pelo movimento de partículas eletricamente carregadas na tacoclina, fina camada compreendida entre as regiões radiativa e convectiva do interior solar. Ao emergirem na superfície do Sol, os tubos de fluxo magnético criam regiões de campo intenso, que bloqueiam a transferência de calor do interior para a superfície. As manchas são escuras porque sua temperatura é 1.000 a 1.500 graus menor do que a temperatura do resto da superfície”, descreve Valio.


E acrescenta que as manchas geralmente têm formatos e tamanhos diferentes, sendo sua complexidade magnética um fator crucial para a produção das maiores explosões solares. Estas são observadas em todo o espectro eletromagnético: rádio, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios X e raios gama.


Tais fenômenos transientes acontecem na atmosfera solar, nas regiões de altas concentrações de campo magnético, onde grandes quantidades de energia são liberadas por reconexão magnética. A potência gerada nas maiores explosões solares é de aproximadamente 1.017 a 1.022 quilowatts.

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/ Nasa/SDO

O método de trânsitos planetários

O grande desafio para os pesquisadores de superflares é desvendar os mecanismos que originam tais fenômenos. É consensual que essas grandes explosões estejam relacionadas com as manchas estelares. Mas de que forma? “O método de trânsitos planetários é excelente para investigar manchas na superfície de estrelas do tipo solar. Tal método é atualmente o mais robusto para esse tipo de investigação. Mas sua aplicação é bastante complicada, principalmente devido à dificuldade de obter estrelas que se encaixem nos critérios de investigação”, comenta Araújo.


Ele e Valio trabalharam com dados do telescópio Kepler, procurando estrelas que se encaixassem no perfil do estudo. O telescópio espacial Kepler foi projetado pela Nasa, a agência espacial norte-americana, com o objetivo de descobrir planetas de tipo terrestre fora do Sistema Solar. Nos quatro anos de sua primeira fase de operação, que se estendeu de 2009 a 2013, ele observou mais de 150 mil estrelas. E, para extrair informações sobre esses objetos, foi utilizado o método de trânsitos planetários, que se baseia na diminuta alteração produzida no brilho da estrela quando um planeta passa na sua frente.


Mas encontrar, nessa gigantesca base de dados, os objetos que se adequassem aos seus propósitos foi, como disse Araújo, igual a procurar uma agulha no palheiro. Ele detalha:


“Em primeiro lugar, a estrela devia ter um ou mais planetas. Para que esses exoplanetas pudessem ser detectados, seu ângulo de inclinação em relação à estrela tinha que estar no ângulo de visada do telescópio. Além disso, a estrela precisava apresentar manchas na sua superfície. E o exoplaneta devia transitar nas regiões das manchas. O período de orbital do exoplaneta tinha que ser de poucos dias. E seu raio devia ser bem maior do que o da Terra, para que a queda de brilho causada nas curvas de luz da estrela fosse bastante significativa. Finalmente, a estrela precisava apresentar superflares”.


O pesquisador afirma que, felizmente, foi possível identificar uma estrela, a Kepler-411, com excelente qualidade de observação. E o melhor: ela possuía um sistema planetário com quatro exoplanetas. Mas, para entender o papel das manchas estelares, era preciso encontrar uma segunda estrela em tudo semelhante, exceto por um aspecto: ela não podia apresentar superflares.


“Foi, de certa forma, uma ousadia nossa acreditar que essa segunda estrela existia. E nos sentimos recompensados quando encontramos a Kepler-210, com os parâmetros estelares muito próximos da Kepler-411”, diz.


Acredita-se que a detecção de supererupções esteja diretamente ligada à cobertura temporal das manchas na superfície das estrelas. E que, quanto maior a área das manchas estelares, maior o armazenamento de energia magnética para produzir a explosão.


“Nossos resultados trouxeram uma perspectiva um pouco diferente. Como já foi dito, na Kepler-411, detectamos 65 superflares, com energias de até 1.035 ergs [1.035 ×107 quilojoule]. Enquanto a Kepler-210 não apresentou nenhuma supererupção, mesmo com o dobro de cobertura temporal, o que nos deu maior probabilidade de observação. E o que mais nos surpreendeu foi o fato de os raios das manchas estelares da Kepler-411 serem muito menores do que os da Kepler-210”, enfatiza Araújo.


A explicação pode estar no fato de que, a despeito de serem maiores em área, as manchas da Kepler-210 apresentam uma configuração magnética mais simples.


“No Sol, as manchas são classificadas de acordo com o comportamento do campo magnético na área. E classificadas como alfa (α), beta (β), gama (γ) e delta (δ), ou por meio de uma combinação dessas configurações. As manchas deltas são as que apresentam intensa atividade de flares solares. Acreditamos que as manchas da Kepler-210 apresentem uma configuração magnética mais simples, do tipo alfa ou beta”, diz.


“Infelizmente, a confirmação exata dessa hipótese só seria possível por meio de magnetogramas, que são imagens capazes de detectar a localização e a intensidade dos campos magnéticos. Atualmente, só conseguimos observar isso no Sol. Ainda não temos tecnologia para obter magnetogramas de estrelas distantes. De qualquer forma, nosso estudo já nos permite dizer que, em vez de fechar o foco na área das manchas estelares, talvez seja mais produtivo considerar a complexidade magnética das regiões ativas”, conclui Valio.


*CNN Brasil 

Astrônomos descobrem um sistema multiplanetário nas proximidades

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26 de jul. de 2022

Astrônomos do MIT e de outros lugares descobriram um novo sistema multiplanetário dentro de nossa vizinhança galáctica que fica a apenas 10 parsecs, ou cerca de 33 anos-luz, da Terra, tornando-o um dos sistemas multiplanetários conhecidos mais próximos do nosso.

Reprodução 

No coração do sistema encontra-se uma pequena e fria estrela anã M, chamada HD 260655, e os astrônomos descobriram que ela hospeda pelo menos dois planetas terrestres do tamanho da Terra. Os mundos rochosos provavelmente não são habitáveis, pois suas órbitas são relativamente estreitas, expondo os planetas a temperaturas muito altas para sustentar a água líquida da superfície.

No entanto, os cientistas estão entusiasmados com esse sistema porque a proximidade e o brilho de sua estrela lhes darão uma visão mais detalhada das propriedades dos planetas e dos sinais de qualquer atmosfera que possam conter.

Ambos os planetas neste sistema são considerados entre os melhores alvos para o estudo atmosférico devido ao brilho de sua estrela

, diz Michelle Kunimoto, pós-doutoranda no Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do MIT e uma das principais cientistas da descoberta. “Existe uma atmosfera rica em voláteis em torno desses planetas? E há sinais de água ou espécies baseadas em carbono? Esses planetas são fantásticos bancos de teste para essas explorações.”

A equipe apresentará sua descoberta hoje na reunião da American Astronomical Society em Pasadena, Califórnia. Os membros da equipe do MIT incluem Katharine Hesse, George Ricker, Sara Seager, Avi Shporer, Roland Vanderspek e Joel Villaseñor, juntamente com colaboradores de instituições de todo o mundo.


Potência de dados

O novo sistema planetário foi inicialmente identificado pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA, uma missão liderada pelo MIT que foi projetada para observar as estrelas mais próximas e mais brilhantes e detectar quedas periódicas na luz que poderiam sinalizar a passagem de um planeta.

Em outubro de 2021, Kunimoto, membro da equipe científica do TESS do MIT, estava monitorando os dados recebidos do satélite quando notou um par de quedas periódicas na luz das estrelas, ou trânsitos, da estrela HD 260655.

Ela executou as detecções através do pipeline de inspeção científica da missão, e os sinais logo foram classificados como dois TESS Objects of Interest, ou TOIs – objetos que são sinalizados como planetas em potencial. Os mesmos sinais também foram encontrados independentemente pelo Science Processing Operations Center (SPOC), o pipeline oficial de busca de planetas do TESS baseado na NASA Ames. Os cientistas normalmente planejam acompanhar outros telescópios para confirmar que os objetos são de fato planetas.

O processo de classificação e subsequente confirmação de novos planetas pode levar vários anos. Para o HD 260655, esse processo foi reduzido significativamente com a ajuda de dados de arquivo.

Logo após Kunimoto identificar os dois planetas potenciais em torno de HD 260655, Shporer olhou para ver se a estrela foi observada anteriormente por outros telescópios. Por sorte, HD 260655 foi listado em um levantamento de estrelas feito pelo High Resolution Echelle Spectrometer (HIRES), um instrumento que opera como parte do Observatório Keck no Havaí. HIRES vinha monitorando a estrela, juntamente com uma série de outras estrelas, desde 1998, e os pesquisadores puderam acessar os dados disponíveis publicamente da pesquisa.

O HD 260655 também foi listado como parte de outra pesquisa independente da CARMENES, instrumento que opera como parte do Observatório Calar Alto na Espanha. Como esses dados eram privados, a equipe entrou em contato com membros de HIRES e CARMENES com o objetivo de combinar seu poder de dados.

“Essas negociações às vezes são bastante delicadas”, observa Shporer. “Felizmente, as equipes concordaram em trabalhar juntas. Essa interação humana é quase tão importante na obtenção dos dados [quanto as observações reais]”.


Tração planetária

No final, este esforço colaborativo rapidamente confirmou a presença de dois planetas em torno de HD 260655 em cerca de seis meses.

Para confirmar que os sinais do TESS eram de fato de dois planetas em órbita, os pesquisadores analisaram os dados HIRES e CARMENES da estrela. Ambas as pesquisas medem a oscilação gravitacional de uma estrela, também conhecida como sua velocidade radial.

“Cada planeta que orbita uma estrela terá uma pequena atração gravitacional sobre sua estrela”, explica Kunimoto. “O que estamos procurando é qualquer movimento leve dessa estrela que possa indicar que um objeto de massa planetária está puxando-a.”

De ambos os conjuntos de dados de arquivo, os pesquisadores encontraram sinais estatisticamente significativos de que os sinais detectados pelo TESS eram de fato dois planetas em órbita.


“Então sabíamos que tínhamos algo muito emocionante”, diz Shporer.


A equipe então olhou mais de perto os dados do TESS para identificar as propriedades de ambos os planetas, incluindo seu período orbital e tamanho. Eles determinaram que o planeta interior, apelidado de HD 260655b, orbita a estrela a cada 2,8 dias e é cerca de 1,2 vezes maior que a Terra. O segundo planeta externo, HD 260655c, orbita a cada 5,7 dias e é 1,5 vezes maior que a Terra.

A partir dos dados de velocidade radial de HIRES e CARMENES, os pesquisadores conseguiram calcular a massa dos planetas, que está diretamente relacionada à amplitude com que cada planeta puxa sua estrela. Eles descobriram que o planeta interno tem cerca de duas vezes a massa da Terra, enquanto o planeta externo tem cerca de três massas terrestres. A partir de seu tamanho e massa, a equipe estimou a densidade de cada planeta. O planeta interno menor é um pouco mais denso que a Terra, enquanto o planeta externo maior é um pouco menos denso. Ambos os planetas, com base em sua densidade, são provavelmente terrestres ou rochosos em composição.

Os pesquisadores também estimam, com base em suas órbitas curtas, que a superfície do planeta interno é de 710 kelvins (818 graus Fahrenheit), enquanto o planeta externo está em torno de 560 K (548 F).

“Consideramos essa faixa fora da zona habitável, muito quente para que exista água líquida na superfície”, diz Kunimoto.

“Mas pode haver mais planetas no sistema”, acrescenta Shporer. “Existem muitos sistemas multiplanetários que hospedam cinco ou seis planetas, especialmente em torno de pequenas estrelas como esta. Esperamos encontrar mais, e um pode estar na zona habitável. Isso é um pensamento otimista.”

Esta pesquisa foi apoiada, em parte, pela NASA, o Max-Planck-Gesellschaft, o Conselho Superior de Pesquisa Científica, o Ministério da Economia e Competitividade e o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Fonte da história:

Materiais fornecidos pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Original escrito por Jennifer Chu.

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No coração da Nebulosa do Coração

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14 de fev. de 2022

 O que excita a Nebulosa do Coração?  Primeiro, a grande nebulosa de emissão apelidada de IC 1805 se parece, no todo, com um coração humano.  Com formato talvez adequado ao Dia dos Namorados, esse coração brilha intensamente na luz vermelha emitida por seu elemento mais proeminente: o hidrogênio excitado.  O brilho vermelho e a forma maior são todos criados por um pequeno grupo de estrelas perto do centro da nebulosa.  No coração da Nebulosa do Coração estão estrelas jovens do aglomerado de estrelas aberto Melotte 15 que estão erodindo vários pitorescos pilares de poeira com sua luz e ventos energéticos.  O aglomerado aberto de estrelas contém algumas estrelas brilhantes com quase 50 vezes a massa do nosso Sol, muitas estrelas fracas com apenas uma fração da massa do nosso Sol e um microquasar ausente que foi expulso milhões de anos atrás.  A Nebulosa do Coração está localizada a cerca de 7.500 anos-luz de distância em direção à constelação da mitológica Rainha da Etiópia (Cassiopeia).

 Crédito de imagem:  Adam Jensen

Asteroide maciço pode se chocar com a Terra no próximo ano, informa NASA

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8 de jan. de 2021

 

O 2009 JF1, como foi chamada a rocha, foi detectado no espaço em 2009, e pode atingir o planeta no próximo 6 de maio de 2022

Asteroide
O 2009 JF1, como foi chamada a rocha, foi detectado no espaço em 2009, e pode atingir o planeta no próximo 6 de maio de 2022
Foto: Reprodução

Um asteroide maciço com mais de 130 metros de diâmetro e 250 mil toneladas está possivelmente próximo de se chocar com a Terra, informou a Agência Espacial Norte Americana (NASA) nesta semana. O 2009 JF1, como foi chamada a rocha, foi detectado no espaço em 2009, e pode atingir o planeta no próximo 6 de maio de 2022.

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O asteroide foi classificado como “potencialmente perigoso” pelo órgão espacial, mas as chances de que ele cause destruição em massa na Terra e atinja o planeta são de uma em 3.800, ou de 0,026%, conforme cálculos da NASA. A agência informou que continuará acompanhando a órbita do corpo celeste. 


Buraco negro próximo da Terra pode ser visto sem telescópio

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23 de dez. de 2020

 

Imagem de: Buraco negro próximo da Terra pode ser visto sem telescópio

Não é sempre que precisamos de supercomputadores, telescópios avançados e alto investimento para testemunhar fenômenos espaciais por aí. Nesta semana, astrônomos fizeram uma descoberta e tanto que pode ser vista a olho nu. Trata-se do buraco negro mais próximo da Terra registrado até agora, que se encontra a ‘apenas’ mil anos-luz de distância, o equivalente a aproximadamente 9,5 quatrilhões de quilômetros. 

Pode parecer muito, mas, em termos universais, ele está batendo em nossa porta. O mais interessante é que, normalmente, tais corpos só são notados por suas interações violentas com objetos celestes ao redor deles, gerando discos de gás e poeira. Enquanto são destroçados, os elementos 'sugados' emitem uma quantidade massiva de raio X, detectada pelos telescópios. Com este, a coisa foi diferente.

Se buracos negros não são propriamente vistos, o exemplar em questão foi encontrado devido à maneira como se comportam duas estrelas próximas a ele. O par, chamado de HR 6819, permitiu aos cientistas enxergar, de fato, o fenômeno em si.

“Isso é o que poderíamos chamar de ‘buraco muito negro’. É realmente escuro!”, brinca Dietrich Baade, astrônomo emérito do Observatório Europeu do Sul. “Cremos ser a primeira vez em que algo do tipo foi descoberto desta maneira. E mais: este pode ser o buraco negro mais próximo de nós”, complementa.

Marianne Heida, líder dos pesquisadores envolvidos, considera que devem haver bem mais deles por aí, escondidos. “Baseados no número de estrelas da Via Láctea, estimamos haver cerca de 100 milhões desses pequenos buracos negros espalhados, sendo que encontramos menos de 100 deles. É possível que, com essa quantidade, existam outros a 30 ou 40 anos-luz daqui”

E como enxergá-lo?

Bem, caso você queira apreciar o espetáculo, não precisa de muito mais que um senso de identificação de estrelas apurado, já que as HR 6819 podem ser vistas a olho nu. Ah, é preciso estar no Hemisfério Sul – ponto positivo para o Brasil. Ainda não existe consenso de que se trate, realmente, de um buraco negro, mas elas orbitam um objeto não detectável em um período de 40 dias.

Vamos tentar ajudar. A dupla está na constelação de Telescopium, perto da constelação de Pavo. Entretanto, talvez você fique triste com a notícia que temos: essa região é constituída de corpos celestes de brilho fraco, então pode ser complicado saber onde está, mas é possível.

Campo no qual se encontra a constelação Telescopium.

Campo no qual se encontra a constelação Telescopium.

Fonte:  ESO 

Achou as estrelas? Bem, agora é só pensar que o ponto ao redor do qual elas “giram” é um buraco negro com massa de pelo menos quatro vezes maior que a do nosso Sol. 

Não se decepcione com o resultado. Além de a descoberta não representar perigo algum a nosso planeta, segundo Heida, já que é possível ver duas estrelas que não caem nela e estamos um pouco mais distantes dali do que elas, o fato é que a Ciência está caminhando a passos largos na resolução de mistérios universais.

Fonte: TecMundo

Os anéis de Saturno são formados por...

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13 de dez. de 2020

 


Os anéis de Saturno são formados por incontáveis partículas cujo tamanho varia de elementos microscópicos até estruturas do porte de um arranha-céu. Ah! E olha só: mais de 90% dessas partículas são nada mais do que água congelada. Apenas uma porcentagem pequena dos anéis do planeta é formada por rocha. 




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