Mostrando postagens com marcador Ações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ações. Mostrar todas as postagens

Vale (VALE3) vê lucro cair mais de 36% no 3T23, mas anuncia dividendos de mais de R$ 10 bilhões; confira

Nenhum comentário

29 de out. de 2023

A Vale registrou lucro líquido de US$ 2,836 bilhões no período, resultado 36,3% menor do que o reportado no terceiro trimestre do ano passado

JPCN.Blog
Logo da Vale em montagem com notas de dólar Imagem: Montagem

A Vale (VALE3 — empresa com maior peso no Ibovespa — acabou de divulgar o esperado balanço do terceiro trimestre. Mas não foi só isso, a quinta-feira (26) ainda contou com o anúncio de dividendos bilionários da mineradora.


O documento mostra que a Vale registrou lucro líquido de US$ 2,836 bilhões no período, resultado 36,3% menor do que o reportado no terceiro trimestre do ano passado.


Analistas consultados pelo site Seu Dinheiro já esperavam uma queda do lucro, que veio apenas um pouco acima do previsto. A média das projeções de bancos apontavam US$ 2,6 bilhões.


Apesar da queda do lucro líquido, o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Vale teve alta de 14% na mesma base de comparação, para US$ 4,177 bilhões.


O ebitda proforma, que exclui as despesas relacionadas a Brumadinho, subiu 12% e chegou a US$ 4,482 bilhões.


O ebitda proforma, que exclui as despesas relacionadas a Brumadinho, subiu 12% e chegou a US$ 4,482 bilhões.


Já a receita líquida de vendas da companhia teve alta de 7% no terceiro trimestre deste ano ante o mesmo período do ano anterior, somando US$ 10,623 bilhões.


Tanto o ebitda quanto a receita vieram levemente abaixo do esperado por analistas, de acordo com a média das projeções recebidas, que foram de US$ 4,7 bilhões e US$ 10,8 bilhões, respectivamente.


O que fez o lucro da Vale cair?

De acordo com a mineradora, apesar dos maiores preços realizados de minério de ferro e dos maiores volumes de vendas de minério de ferro e pelotas, houve queda no lucro devido ao ajuste de variação cambial acumulada em 2022.


Outro fator que impactou o lucro foi a marcação a mercado do valor das debêntures participativas da companhia.


Dívida líquida da Vale cresce

A dívida líquida da Vale também voltou a aumentar no terceiro trimestre, totalizando US$ 10 bilhões, o que representa uma alta de 43,4% frente à dívida ao final do terceiro trimestre do ano passado e de 12,4% frente ao montante ao final do segundo trimestre deste ano.


A dívida é composta de provisões para despesas relacionadas ao rompimento das barragens de Brumadinho e de Mariana, esta última da Samarco - joint venture da Vale com a BHP.


Os valores provisionados não tiveram grandes alterações, mas houve maiores despesas com operações de swaps cambiais no terceiro trimestre.


A dívida líquida expandida da Vale também cresceu, com uma alta de 5,5% frente à dívida registrada ao final do segundo trimestre, indo para US$ 15,5 bilhões em 30 de setembro.


Segundo a Vale, o aumento se deve principalmente devido a US$ 1,7 bilhão em juros sobre capital próprio pagos no trimestre. A meta de dívida líquida expandida da Vale é de US$ 10-20 bilhões.


O fluxo de caixa livre da mineradora é outro indicador que mostrou uma piora, indo para US$ 1,126 bilhões no trimestre. 


Essa piora é explicada por um movimento negativo no capital de giro de US$ 186 milhões no período, que se deve a maiores vendas provisionadas, resultante do aumento dos preços provisórios de minério de ferro. 


A geração e posição de caixa da Vale foi usada principalmente para distribuir US$ 1,678 bilhões para os acionistas em juros sobre capital próprio e para a recompra de US$ 546 milhões em ações.


É a melhor empresa do brasil’: ação já decolou 4.200% desde o ipo, é líder de mercado e está barata


Performance operacional da Vale

Além dos destaques financeiros, a companhia já havia publicado os números operacionais neste mês. 


A Vale viu a sua produção de minério de ferro somar 86.238 mil toneladas métricas (Mt) no terceiro trimestre, o que representa uma queda de 4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No entanto, representa uma alta de 9,5% frente ao segundo trimestre deste ano.


Em mensagem no balanço, Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale, destacou que a unidade de minério de ferro está “no caminho para atingir o guidance, com o aumento da produção até o momento, melhora na qualidade média e redução do gap entre produção e vendas no trimestre”. 


Já sobre a área de metais básicos, onde o desempenho da Vale tem sido pior, o CEO afirmou que a companhia está avançando na revisão de ativos. 


O executivo ainda citou que a mineradora está avançando em direção a objetivos de longo prazo, com o início dos testes de carga da primeira unidade de briquetes e a assinatura de dois novos acordos para o desenvolvimento do que está chamando de Mega Hubs. 


Vai ter provento e recompra de ações

Mesmo com a queda no lucro, a companhia teve melhoras na produção de minério de ferro e segue priorizando a distribuição de proventos a acionistas.


Antes do balanço, a Vale anunciou o montante bruto de R$ 10 bilhões entre dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Além disso, anunciou um novo programa de recompra de ações.


Veja detalhes sobre os proventos e o programa na reportagem abaixo:

■ Vale (VALE3) anuncia pagamento de mais de R$ 10 bilhões em dividendos e novo programa de recompra de ações; confira

*Seu Dinheiro 

Inadimplência assombra o Bradesco (BBDC4), mas lucro acima do esperado sustenta as ações na B3

Nenhum comentário

5 de mai. de 2023

Tom da administração do Bradesco é levemente otimista com o futuro próximo, mas inadimplência ainda não chegou no pico

Imagem: Shutterstock

O Bradesco (BBDC4) apresentou um resultado sem muito brilho, mas nem de todo ruim no primeiro trimestre de 2023, desempenho que está se refletindo nas ações do banco nesta sexta-feira (5). Apesar do lucro ter vindo melhor do que o esperado pelo mercado, a qualidade das métricas de crédito mostrou uma piora relevante.


Logo após a abertura da bolsa, os papéis chegaram a ficar entre as cinco maiores altas do Ibovespa, mas perderam fôlego já na primeira hora de negociação e viraram para o negativo.


Ainda que o tom da administração tenha sido levemente otimista com o futuro próximo, uma frase do CEO, Octavio de Lazari Junior, dita na coletiva de imprensa chamou atenção: "estamos próximos do pico de inadimplência".


Segundo Lazari, as dívidas de clientes vencidas há mais de 90 dias deve subir ainda no segundo trimestre e, talvez, se estender um pouco para o terceiro trimestre.


No final do ano passado, o CEO já havia avisado que a inadimplência iria piorar antes de melhorar e estimava que ela atingiria o pico entre o primeiro e o segundo trimestres de 2023.


Entre janeiro e março, o Bradesco registrou nova disparada da inadimplência, que saltou para 5,1%, de 4,3% no 4T22, nas dívidas vencidas há mais de 90 dias. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 1,9 ponto percentual.


De acordo com Lazari, a alta da inadimplência vem de safras de clientes antigas e também pelo fato do Bradesco não ter vendido carteiras ativas.


Além disso, o encolhimento da carteira de crédito provocou um efeito denominador - se a carteira tivesse se mantido nos patamares anteriores, o Bradesco calcula que a inadimplência teria crescido menos, cerca de 0,5 ponto percentual.


Para os próximos trimestres, o Bradesco enxerga sinais positivos de uma inadimplência mais controlada, pois as novas safras seriam 95% formadas por clientes de melhor rating.

O CEO do Bradesco, Octavio de Lazari Junior

O que esperar do resto de 2023

De acordo com analistas do BTG Pactual, a piora da inadimplência e a redução do apetite ao risco devem manter os resultados do Bradesco pressionados nos próximos trimestres.


"Embora alguém possa argumentar que o pior para o banco provavelmente já passou, os resultados do primeiro trimestre reforçam nossa visão de que uma grande recuperação da lucratividade ainda está muito longe, o que não acreditamos que esteja refletido nas estimativas de consenso", afirmou o BTG em relatório.


Para o Itaú BBA, o lucro melhor que o esperado não é motivo de comemoração e os resultados trazem risco negativo para as estimativas da operação do Bradesco em 2023.


"Os poucos pontos positivos foram uma menor perda nos resultados de tesouraria e despesas operacionais bem contidas", disse o banco.


*Seu Dinheiro 

Recuo na taxação da Shein, Shoppe e AliExpress afeta ações de varejistas brasileiras?

Nenhum comentário

21 de abr. de 2023

Analistas apontam que medida vai continuar tendo impacto negativo na B3

Ações da Magalu caíram 5% no dia do anúncio sobre o recuo da taxação de marketplaces estrangeiros – Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters

A decisão do governo de suspender a cobrança de imposto de importação de produtos abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 250) deve afetar os resultados das varejistas brasileiras no longo prazo. De acordo com analistas ouvidos pela Inteligência Financeira, a queda acentuada das ações no dia seguinte ao anúncio já mostra que o mercado prevê mais dificuldades para o setor.


No dia 19 de abril, por exemplo, as ações de varejistas como Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VIIA3) e Lojas Renner (LREN3) chegaram a cair 5% cada, em média, em picos do dia.


O temor do mercado é o que, de fato, deve acontecer. Ou seja, aumento cada vez maior da participação das asiáticas nas vendas no Brasil e o enfraquecimento das varejistas locais. A Shein, por exemplo, aumentou só no ano passado 300% suas vendas para o Brasil. Como resultado, o faturamento: R$ 8 bilhões.


Como ficam as empresas e os investidores das varejistas?

“A Sea Ltd, dona da Shopee, por exemplo, informou na última divulgação de resultados para os seus investidores que as vendas para o Brasil vinham melhorando significativamente”, afirma Felipe Pontes, sócio fundador da L4 Capital.


O especialista afirma ainda que “algumas varejistas brasileiras até já contavam com esse aumento do cerco e tributação desse tipo de importação de produtos. Então o plano já foi quase todo por água abaixo”.


De acordo com ele, uma enxurrada de produtos chineses pode ser preocupante para o varejo nacional. Isso porque, “no médio e no longo prazo, se não houver uma reforma tributária que incentive mais o empresariado local, será difícil competir”.


Especialmente com os asiáticos “que eventualmente usam práticas análogas à escravidão e ainda vendem para o Brasil sem pagar os tributos devidos”, complementa.


“Ou seja: eles têm menores custos trabalhistas (prática conhecida como ‘dumping social’), não pagam IPI, ICMS etc., e nem são tributados quando vendem para o Brasil se fazendo passar por pessoas físicas”, diz.


Concorrência desleal

Opinião parecida vem de Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos.


“O governo ter cedido foi um gesto que, para nossas varejistas, é muito ruim. Tanto que as ações delas caíram em bloco depois da notícia”, diz.


Para Rodrigo, taxar os importados é ruim, principalmente para o público de poder aquisitivo menor, que costuma consumir produtos mais baratos.


Contudo, ele diz que “sem taxações, as varejistas brasileiras acabam tendo uma concorrência maior das empresas asiáticas que mandam produtos para cá a preços mais baixos”.


Duelo entre varejo asiático x brasileiro (em números)

Um levantamento feito pela TC Economática a pedido da IF (a tabela está logo abaixo) mostra a diferença de tamanho entre as gigantes asiáticas de varejo e as empresas brasileiras do mesmo setor.


Mesmo após o governo recuar da taxação da Shein e das demais varejistas asiáticas, as dificuldades que as varejistas brasileiras enfrentam são muito maiores que mudar o imposto de importação.


Afinal, os dados mostram que a JingDong (JD), varejista líder na China, teve receita de U$$ 151 bilhões, no ano de 2022. Isto é, cerca de 21 vezes mais que o Magazine Luiza (U$$ 7 bilhões), maior do setor no Brasil.


Aliás, no total, as três principais varejistas chinesas, JD, AliExpress e Shopee (SeaLimited), tiveram receita de U$$ 292,6 bilhões. Por outro lado, as seis maiores brasileiras do setor somaram U$$ 23,6 bilhões, apenas 8% das concorrentes asiáticas.


Mesmo não sendo de capital aberto, a Shein, de Cingapura, de acordo com o Financial Times, teve no ano passado uma receita de U$$ 22 bilhões. Ou seja, 93% dos ganhos das empresas brasileiras.


Para piorar, o abismo vai crescer. Isso porque a previsão de vendas da empresa de Cingapura para 2025 é de chegar à marca de U$$ 60 bilhões.


Embora o levantamento mostre que o percentual das margens líquidas seja parecido, a diferença de volume de receitas ainda é muito desafiadora para as varejistas nacionais.


É o que explica Bruno Bitar, economista e sócio da Ação Brasil Investimentos. “É importante entender que as empresas chinesas estão em uma escala mais de 20 vezes maior que as brasileiras”, diz.


Além disso, outro desafio é quanto à produção. “É possível observar que apesar de estarem com indicadores de margens parecidos, as empresas brasileiras ainda encontram-se atrás, com exceção das Lojas Renner, no quesito de produtividade”, diz.


Taxar as empresas asiáticas é a solução?

Já de acordo com Bruno, a taxação da Shein e suas colegas asiáticas não resolveria o problema da assimetria na concorrência. “É um remédio de dor de cabeça para um problema estrutural maior”, afirma.


Aliás, para ele, “a taxação acarretaria uma certa comodidade perante as empresas nacionais, em principal as grandes varejistas, em um detrimento do consumidor. Assim, dificultando a concorrência para o pequeno comerciário, e gerando ineficiência operacional no longo prazo”.


Além disso, o último estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre competitividade mostra a China em 4º lugar e o Brasil em 16º, em um ranking de 18 países.


O levantamento leva em consideração aspectos como mercado de trabalho, tributos, estrutura produtiva e ambiente de negócios.


Além disso, Bruno explica que para o Brasil também alcançar “crescimento chinês” precisa passar por mudanças profundas.


“Estas mudanças podem começar pelo investimento prioritário na infraestrutura nacional, aproveitando o potencial hidroviário do país, além do aprimoramento de portos e estradas”, diz.


Ele também cita reformas no modelo tributário. ”Implementação de vantagens fiscais em regiões estratégicas do território nacional, com o intuito de gerar um ambiente propício ao comércio internacional, além de facilitar a entrada de tecnologias estrangeiras nos processos produtivos locais, combinando os recursos naturais brasileiros e a confiabilidade na produção”, comenta.


Taxação e impacto para varejistas brasileiras

Embora a medida de taxação fosse muito aguardada por empresários brasileiros, o resultado financeiro, a curto prazo, não seria tão grande quanto se esperava.


A expectativa é que as vendas das três empresas chinesas no Brasil em 2023 seja de US$ 3 bilhões em 2023, de acordo com Felipe Pontes.


“Se essa receita fosse absorvida por negócios informais e formais, acredito que, dessa forma, poderia ter um impacto de aumento de 2% na receita da Magazine Luiza e 1% na Via/Casas Bahia e Americanas (cada)”, diz.


Outro aspecto que tem sido apontado pelo mercado são as diferenças de preço. Afinal, alguns produtos nos sites das varejistas asiáticas chegam a custar um terço de concorrentes brasileiros. Mesmo com a aplicação da taxa de 60%, muitos itens ainda continuariam a ser mais vantajosos nos sites estrangeiros.


Taxa de juros alta prejudica a concorrência com asiáticas

Desde o início da escalada de juros em meados de 2021, as varejistas brasileiras viram seu valor de mercado derreter na bolsa. Assim, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3) amargam quedas de quase 90%. 


Então, Cristiano Corrêa, Coordenador dos cursos de MBA de Negócios do Ibmec São Paulo, explica que os juros de 13,75% ao ano encurtam o poder de compra dos consumidores. E, portanto, encarecem os custos financeiros das varejistas.


“As margens das brasileiras são próximas até das asiáticas, mas o custo de rolagem da dívida no Brasil está quase que impagável. Há pouco tempo rolava a 4%, 5%; entretanto, hoje está a 12% ou 13%.”, afirma.


Com os últimos dados de inflação mostrando queda, a expectativa é de que o Banco Central comece a reduzir os juros no segundo semestre.


Empresas asiáticas são alvos de denúncias

Empresários brasileiros já tentavam mudar a norma de tributação contra as varejistas asiáticas desde 2022. Por exemplo, uma comitiva liderada pelo dono da Havan, Luciano Hang, acusou AliExpress, Wish, Shein, Shopee e Mercado Livre de praticar “contrabando digital”. Mas as empresas negam as acusações.


De acordo com o empresário, há subfaturamento de notas fiscais, reetiquetamento na Suécia e apenas 2% dos pacotes que chegam na fiscalização alfandegária são checados.


Aliás, o não pagamento de impostos de importação e a tentativa de taxação da Shein e das demais varejistas asiáticas é apenas um das polêmicas que envolvem as varejistas estrangeiras.


Por exemplo, a Shein foi denunciada no ano passado em um documentário da emissora inglesa Channel 4. Assim, a investigação mostrou que alguns trabalhadores chegavam a trabalhar até 18 horas por dia, sem folga.


Por aqui, em 2014 uma consumidora recebeu no Distrito Federal uma encomenda da AliExpress com um pedido de socorro. Uma mensagem em inglês, dizia: “Eu sou escravo. Me ajude”.


Além disso, a Shoppe, empresa de Cingapura, também já foi alvo de denúncias por supostamente implementar a cultura de trabalho chinesa na empresa e até mesmo de racismo. Após o incidente, a empresa disse que investigaria as denúncias.


Taxação da Shein, Shopee, JD e AliExpress é suspensa

A ideia da taxação da Shein, Shopee (Sea Limited), JD e a AliExpress é justificada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como um pedido do presidente Lula para que houvesse um aumento da fiscalização.


Isso porque as empresas asiáticas, de acordo com o governo, se aproveitam de uma portaria de 1999 do Ministério da Fazenda. Essa portaria isenta de imposto de importação o recebimento de produtos no valor de até US$ 50, desde que enviados por pessoa física.


As companhias estariam enviando, portanto, os produtos usando esse recurso, o que é proibido para pessoas jurídicas.


O governo estima, aliás, que 99,5% dos produtos que entram abaixo de US$ 50 são de empresas. Com a prática, as empresas deixam de pagar, no mínimo 60%, de imposto de importação. Assim, o governo perde cerca de R$ 6 bilhões em arrecadação.


Qual é o tamanho das varejistas chinesas?


No estudo da Economática foram consolidados a receita e o lucro em dólares da JD (e-commerce e logística), Alibaba (controladora da Aliexpress) e Sea Ltd (controladora da Shopee). Então, o mesmo foi feito com as empresas brasileiras para efeito de comparação. 


Posteriormente, foi considerado um “único setor” para as empresas brasileiras. Ou seja, foram somadas a receita de Magazine Luiza, Via Varejo, Americanas, Renner, Guararapes (Riachuelo) e C&A, e identificado a participação de cada uma no total. Com esse valor, foram divididas a receita das cias chinesas de US$ 292 bilhões para cada participação das varejistas brasileiras.


Compare:

Nome da varejista asiáticaBalanço  mais recenteMargem Bruta de 2022Margem Líquida de 2022Receita de 2022
Lucro Líquido de 2022 (em dólares)
Jd.Com, Inc.31/12/20228,03%0,93%151.690.000.0001.507.000.000
Alibaba Group Holding Ltd31/12/202236,32%2,71%128.485.000.0005.787.000.000
Sea Limited
(Shopee)
31/12/202241,65%-13,32%12.449.705.000-1.651.421.000
Total292.624.705.0005.642.579.000
Nome da varejista brasileiraBalanço mais recenteMargem Bruta de 12 meses, conforme balanço mais recenteMargem Líquida de 2022Receita de 2022
Lucro Líquido de 2022 (em dólares)
Magazine Luiza31/12/202227,99%-1,34%7.148.552.000-95.631.000
Via31/12/202231,04%-1,11%5.921.766.000-65.546.000
Americanas30/09/202230,68%0,15%5.177.615.0007.933.000
Lojas Renner31/12/202260,17%9,73%2.543.484.000247.562.000
Guararapes31/12/202258,18%0,61%1.621.148.0009.962.000
C&A Modas31/12/202250,23%0,01%1.185.110.000159.000
Total23.597.676.000104.439.000
Fonte: TC Economática

*Inteligência Financeira 

Dividendos: 10 ações com retornos de até 41% para investir nos próximos três meses, segundo o BB

Nenhum comentário

4 de mar. de 2023

Alsorsa.News | Dividendos: 10 ações com retornos de até 41% para investir nos próximos três meses, segundo o BB
BB reformula 60% de carteira trimestral de dividendos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O BB Investimentos realizou seis alterações em sua carteira trimestral de dividendos. Assim, saem do portfólio os papéis da Ambev (ABEV3), Minerva (BEEF3), Bradespar (BRAP4), CCR (CCRO3), Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3).


No lugar entram B3 (B3SA3), Engie (EGIE3), Gerdau (GGBR4), JBS (JBSS3), Santos Brasil (STBP3) e Ultrapar (UGPA3).


Segundo a casa de análises, a carteira engloba dez ações que, na visão dos analistas, apresentam o maior potencial trimestral de valorização dentre empresas que regularmente pagam dividendos.


Em fevereiro, a carteira teve desempenho negativo de 6,02%, ante recuo de 7,55% do Índice Dividendos (IDIV).


A carteira do BB é trimestral, sendo assim, as recomendações são válidas até o final de maio.


Confira a carteira de dividendos completa:

EmpresaTickerDividend Yeld esperado
B3B3SA38,2%
EngieEGIE39,3%
GerdauGGBR410,2%
JBSJBSS37,1%
Santos BrasilSTBP37,4%
CPFLCPFE310,9%
UltraparUGPA33,9%
ItaúITUB45,5%
PetrobrasPETR441,7%
PortoPSSA35,7%

*Money Times 

Bye, Bye Brasil: Gringos desistem da Bolsa e vendem ações em fevereiro; veja quanto sacaram

Nenhum comentário

Alsorsa.News | Bye, Bye Brasil: Gringos desistem da Bolsa e vendem ações em fevereiro; veja quanto sacaram
Gringos vendem ações brasileiras em pleno mês de carnaval e encolhem saldo positivo de recursos estrangeiros no acumulado do ano (Arte: Money Times)

Os investidores estrangeiros se despediram da bolsa brasileira em pleno mês de carnaval. O saldo de capital externo na B3 encerrou o mês passado negativo em R$ 1,68 bilhão.


As saídas de recursos externos da B3 começaram ainda antes da folia, ultrapassando R$ 3,5 bilhões. Mas os gringos voltaram de ressaca e as vendas de ações listadas (mercado secundário) tiveram continuidade, superando R$ 4 bilhões em apenas três dias. 


Ainda assim, os saques feitos em fevereiro foram insuficientes para anular o saldo positivo no acumulado do ano. Afinal, os estrangeiros iniciaram 2023 com o apetite elevado por risco, alocando R$ 12,550 bilhões em ações apenas em janeiro. 


Com isso, o saldo de recursos externos em ações brasileiras ainda é positivo no acumulado do ano. No entanto, o montante alocado nessa conta caiu para R$ 10,87 bilhões no período.


Confira nos gráficos, abaixo, elaborados pela Necton:


Gringo vendem ações no fim de fevereiro 

Nos dados mais recentes de fevereiro, referentes aos pregões desta semana, houve retiradas de R$ 194,52 milhões no dia 27 (segunda-feira) e outros R$ 364,98 milhões no dia 28 (terça-feira). Combinadas, foi o terceiro dia seguido de retirada de recursos externos, seguida da saída de R$ 424,05 milhões no dia 24 (sexta-feira).


Porém, considerando-se os últimos sete dias úteis do mês passado, houve ingresso de recursos em apenas um dia. Com isso, as vendas de ações pelos estrangeiros no fim de fevereiro somaram R$ 4,5 bilhões, acendendo o sinal de alerta para o início de março. 


Confira o saldo diário de capital externo na B3 em fevereiro:

DataSaldo líquido de K externo (milhões)
01/02/2023R$ 391,8
02/02/2023R$ 466,6
03/02/2023R$ 261,6
06/02/2023R$ 105,6
07/02/2023(R$ 309,4)
08/02/2023R$ 331,5
09/02/2023R$ 268,4
10/02/2023R$ 282,2
13/02/2023R$ 356,1
14/02/2023R$ 391,4
15/02/2023R$ 276,1
16/02/2023(R$ 504,7)
17/02/2023(R$ 3.139)
22/02/2023(R$ 375,9)
23/02/2023R$ 501,08
24/02/2023(R$ 424,05)
27/02/2023(R$ 194,52)
28/02/2023(R$ 364,98)

*Money Times 

Não Perca!
© Todos Os Direitos Reservados
Por JPCN.Blog