Grupo Starboard, os novos donos da rede social Parler, dizem que vão relançar o serviço nos próximos meses
Ascannio / Shutterstock.com
A rede social Parler foi adquirida por uma empresa chamada Starboard e foi tirada do ar. Os novos donos da plataforma, que já foi acusada de abrigar conteúdo de extrema-direita sem nenhum tipo de moderação, decidiram planejar um relançamento do serviço com um novo modelo de negócios.
“Nenhuma pessoa razoável acredita que um clone do Twitter apenas para conservadores é um negócio viável”, diz um comunicado postado na página oficial do serviço. Os novos proprietários do Parler não dão detalhes de quais serão as alterações feitas na plataforma, mas garantem que o Parler servirá para “comunidades marginalizadas ou até mesmo censuradas”.
No momento, quem tenta acessar o Parler encontra ou o comunicado indicando a interrupção temporária dos serviços, ou então simplesmente dá de cara com mensagens de erro em aplicativos para celular. “O app do Parler do jeito constituído atualmente vai ser tirado de operação”, diz a Starboard, que promete relançar o serviço até o fim do segundo trimestre do ano.
Rede social Parler. Imagem: rafapress/Shutterstock
Fundado em 2018, o Parler se envolveu em diversas polêmicas ao longo dos anos. Uma das maiores foi no começo de 2021: na ocasião, a plataforma foi acusada de ter sido usada para o planejamento da invasão do Capitólio, sede do legislativo dos EUA, em uma tentativa de impedir a confirmação de Joe Biden como presidente eleito para manter Donald Trump, derrotado nas eleições de 2020, no cargo.
Na ocasião, o aplicativo do Parler foi removido de plataformas como Google Play e Apple App Store, e teve o funcionamento colocado em questão quando serviços como o Amazon Web Services se recusaram a manter o site no ar.
Os valores envolvidos na negociação da Parlement Technologies (dona do Parler) com a Starboard não foram divulgados.
A aquisição do Parler pela Starboard ocorre após um outro processo conturbado de negociação envolvendo a plataforma: em 2022, o rapper Kanye West tentou comprar o serviço, mas o acordo foi abandonado após uma participação do artista em um podcast em que ele elogiou Adolf Hitler. Desde então, 75% dos funcionários foram mandados embora da empresa, que agora tenta se reerguer sob novo comando e, em breve, também com uma nova proposta.
Imagem: Ascannio / Shutterstock.com
Via The Verge
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