De acordo com o IBGE, o trimestre encerrado em abril bateu o recorde de pessoas empregadas, cerca de 96,5 milhões. Assim, a taxa de desemprego é a mais baixa desde 2015
(Reuters/Amanda Perobelli)A taxa de desemprego recuou 0,7% no trimestre móvel, entre os meses de fevereiro e abril de 2022, em relação ao último resultado e fechou em 10,5%. Ao comparar com a taxa anual, a queda foi ainda mais acentuada (4,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, esta já é a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde o ano de 2015, quando a taxa de desemprego era de 8,1%. Com isso, o número de pessoas ocupadas conquistou o recorde histórico de 96,5 milhões, a maior desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
O número atual revela que o país ainda tem uma estimativa de 11,3 milhões de brasileiros desocupados. Apesar do número ser alto, ele indica uma queda de 25,3%.
A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, destaca que a queda na taxa de desemprego já é uma realidade desde o trimestre encerrado em julho de 2021. O aumento de empregos foi observado nos setores de transporte, armazenagem e correio, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
“O grupo administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi impulsionado pelo crescimento em educação, que inclui tanto a rede pública como a privada. Em outros serviços, destaca-se o aumento nos serviços de embelezamento, como cabeleireiros, manicure e esteticista”, relata a coordenadora em nota.
O nível da ocupação, que representa o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 55,8%, uma alta de 0,5 ponto percentual na comparação trimestral e de 4,8 pontos percentuais ante igual trimestre do ano anterior.
Enquanto que a força de trabalho, que soma as pessoas ocupadas e as desocupadas, foi estimada em 107,9 milhões de pessoas, um aumento de 0,4% em comparação ao trimestre encerrado em janeiro e de 5,1% frente ao mesmo trimestre de 2021. Este é o maior contingente de pessoas na força de trabalho da série.
Taxa de desemprego: Empregos na carteira de trabalho avança e informa fica estável
DivulgaçãoA Pnad Contínua mostra um aumento no número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, chegando a 35,2 milhões de pessoas. Na comparação trimestral o aumento foi de 2% e na anual houve crescimento de 11,6% no emprego formal.
Os setores que mais empregaram no período foram o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
Contudo, os empregados no setor público ficaram estáveis em 11,5 milhões de pessoas.
Os setores de ocupação informal se mantiveram estáveis na comparação trimestral. Com isso, a taxa de informalidade caiu 0,3 ponto percentual no trimestre anterior, para 40,1% da população ocupada, totalizando 38,7 milhões de pessoas.
Já na comparação anual, houve aumento de 20,8% no número de empregados sem carteira assinada no setor privado, chegando ao recorde histórico de 12,5 milhões de pessoas. Os trabalhadores por conta própria subiram 7,2% no ano, chegando a 25,5 milhões de pessoas.
A subutilização caiu 1,4 ponto percentual no trimestre e ficou em 22,5%, somando 26,1 milhões de pessoas. A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas caiu para 6,6 milhões de pessoas, uma redução de 5,3% em relação ao trimestre anterior.
A população desalentada também caiu, ficando em 4,5 milhões de pessoas, uma redução de 6,4% em relação ao trimestre anterior e de 24,6% na comparação anual.
*com informações da Agência Brasil e IBGE
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