AVENIDA PRESTES MAIA - 1970
Francisco Prestes Maia nasceu em 19 de março de 1896, na cidade de Amparo, São Paulo, onde fez os primeiros estudos. Cursou Humanidades no Ginásio São Bento, da Capital Paulista. Formou-se em 1917, pela Escola Politécnica de São Paulo em Engenheiro Civil e Arquitetura.
No início de suas atividades profissionais com escritório de construções e negócios imobiliários foi nomeado engenheiro da Secretaria de Viação e Obras Públicas. Lecionou durante 10 anos na Escola Politécnica.
Elaborou planos de Urbanismo para Campos de Jordão, Santos, Campinas e Recife. Ocupou, por longo tempo, o cargo efetivo de diretor de Obras Públicas. Na interventória Adhemar de Barros foi nomeado prefeito da Capital Paulista de maio de 1938 a novembro de 1945. Iniciou, então um plano de Urbanismo, em cuja execução prosseguiu na interventória Fernando Costa.
É autor, entre outras obras, dos trabalhos: "Os melhoramentos de São Paulo" e "Plano de Avenidas". Durante sua gestão na Prefeitura, deu prosseguimento a construção do Estádio Municipal da Prefeitura, projetou e abriu as Avenidas Duque de Caxias, Nove de Julho, Ipiranga, Conceição, Vieira de Carvalho, São Luiz, Anhangabaú, as praças Roosevelt e Clóvis Bevilaqua.
Construiu a ponte das Bandeiras, a Biblioteca Municipal, a Galeria Prestes Maia e alguns viadutos. Planificou os dois sistemas básicos irradiação de nossa Metrópole e da avenida "Circular" e o sistema "Y", executando inteiramente o primeiro e preparando outros trabalhos como os da avenida Itororó e avenida Tiradentes.
Alargou a rua da Liberdade. Na administração Pires do Rio, elaborou um projeto de Urbanismo que foi venceu o 17º Congresso Pan-Americano de Arquitetura e Urbanismo. Foi colaborador da Revista "Investigações", e publicou vários trabalhos urbanísticos.
Foi membro do Instituto de Engenharia, da Sociedade de Arquitetos de Lisboa, da Sociedade de Arquitetos do Uruguai, etc. Em 8 de abril de 1961 assumiu novamente o cargo de prefeito de São Paulo numa das maiores votações até então recebidas por um homem público.
Encontrando as finanças municipais em estado precário, recuperou-as empreendendo o melhor plano de melhoria da periferia da Capital. Iniciou a construção de numerosas pontes, como as Pontes do Piqueri e Cruzeiro do Sul, sobre o Tietê, o viaduto Pacheco Chaves, Vila Matilde, Azevedo, Pirituba, Vergueiro, Paraíso, São Joaquim sobre o Córrego da Traição, o viaduto Aeroporto e o viaduto sobre a avenida República do Líbano.
Incentivou a Cultura através de uma rede de Bibliotecas e Parques Infantis na periferia, promoveu e atacou as obras da avenida Itororó. Reequipou a limpeza pública.
Reaparelhou o sistema de saúde da Capital Paulista através de construção do Hospital Municipal, do Distrital da Mooca, e em convênio com entidades promoveu a construção de postos de Pronto Socorro e outras melhorias.
No Setor Funcional restabeleceu a hierarquia há muito quebrada, iniciou as promoções dentro de critérios de merecimentos, recuperou moralmente a máquina administrativa. Faleceu na Capital Paulista em 26 de abril de 1965.
CRÉDITO : FOTÓGRAFO GILBERTO RIOS
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