Um pastor chinês relatou que avanço do cristianismo tem feito com que o controle da liberdade religiosa no país se intensifique cada vez mais, promovendo uma onda de medidas que visam inibir a propagação da fé cristã e ao mesmo tempo controlar o funcionamento das igrejas que já existem.
Com base nisso, algumas lideranças do país, como o pastor Aaron Ma, representante do Ministério de Portas Abertas na China, resolveram se manifestar em favor da liberdade religiosa. Além de encorajar os irmãos em Cristo, a intenção também é sinalizar para o Partido Comunista Chinês que os cristãos não vão admitir o controle estatal sobre a fé.
“Os pastores podem temer que suas ovelhas não sejam capazes de permanecerem fortes sob esta onda de perseguição”, disse o Aaron, após comentar o recente episódio onde agentes do Partido Comunista Chinês queimaram Bíblias e cruzes cristãs. O vídeo das imagens circulou o mundo.
Junto com a queima de Bíblias, o Governo também está forçando os cristãos assinarem uma declaração de fidelidade ao regime político do país, o que na prática significa a renúncia da fé cristã. Aaron comentou esse fato:
“Jovens Cristãos e seus pais sob a ameaça de serem forçados a renunciar à fé com a assinatura no papel provavelmente temem pelo seu futuro (antes dessa onda de perseguição, os cristãos jovens enfrentam muitas lutas sob essa sociedade materialista)”, escreveu o pastor, segundo o portal The Christian Post.
Declaração de fé
Para tentar chamar atenção da comunidade internacional e sinalizar para o Governo chinês que os cristãos no país estão dispostos a manter a fé, mais de 350 líderes de igrejas chinesas assinaram um manifesto declarando para testemunhar o amor por Cristo.
O documento foi chamado de “Declaração em nome da Fé Cristã”, e nele os líderes declararam que independente das circunstâncias, vão continuar adorando ao Senhor Jesus, mesmo que isso custe a liberdade.
“Sob nenhuma circunstância levaremos nossas igrejas a se unirem a uma organização religiosa controlada pelo governo, a se registrar no departamento de administração religiosa ou a aceitar qualquer tipo de afiliação”, diz a declaração.
“Nós também não aceitaremos nenhuma ‘proibição’ ou ‘multa’ imposta às nossas igrejas devido à nossa fé. Por causa do Evangelho, estamos preparados para suportar todas as perdas — até mesmo a perda de nossa liberdade e de nossas vidas”, finaliza a carta, segundo o Christian Examiner.
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