Pastor foi absolvido da pena de morte, mas foi condenado posteriormente a 10 anos de prisão
Um vídeo compartilhado nas redes sociais nas últimas semanas mostra uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, sobre o pastor Yousef Nadarkhani. No conteúdo, o jornalístico noticia que o líder religioso teria sido condenado à morte por não aceitar seguir o islamismo e proibir que os filhos aprendessem o alcorão, livro sagrado do islã. A informação fez com que muitas pessoas acreditassem que Yousef teria morrido, porém, ao contrário do que a publicação fez parecer, ele está vivo.
Apesar do material ter sido espalhado nas redes como se fosse recente, a notícia já tem quase 10 anos e atualmente o caso recebeu desdobramentos bem diferentes do contexto da época. A reportagem mostrada pelo jornal é verdadeira e, em 2010, Nadarkhani realmente foi condenado à forca por apostasia, ou a renúncia do islamismo. Porém, em 2012, por conta de uma pressão internacional, ele foi absolvido e a sentença foi cancelada.
A perseguição a ele, porém, não se encerrou após esse caso e ele foi preso novamente em 2016 sob acusação de “agir contra a segurança nacional”. Inicialmente condenado a 10 anos de prisão, Nadarkhani teve a pena reduzida a seis anos em junho deste ano, segundo informações da ONG International Christian Concern.
ENVOLVIDO EM OUTRA FAKE NEWS
Essa não foi a única notícia distorcida em que o nome do pastor cristão Yousef Nadarkhani esteve envolvido ao longo dos últimos anos. Recentemente, uma publicação que mostrava imagens de um homem sorrindo ao ser levado para a forca, para receber a pena de morte, viralizou no Facebook.
Na postagem, os autores afirmavam que o homem das fotos era um pastor condenado na Síria por pregar o Evangelho e, inclusive, chegaram a usar na publicação uma foto de Nadarkhani no púlpito. Apesar de essa ser uma realidade vivenciada por cristãos em diversos países ao redor do mundo, a mensagem, porém, era falsa.
O homem condenado não era o líder religioso e sequer tinha alguma relação com o cristianismo. Na verdade, quem aparecia sorrindo na forca era Majid Kavousifar, um iraniano que foi executado junto com seu primo em Teerã em 2007, por ter assassinado um juiz em 2005.
Fonte: Pleno News
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