Propaganda investiu em ataques a Bruno Covas
Celso Russomanno e Jair Bolsonaro Foto: PR/Marcos Corrêa
Após o deputado Celso Russomanno (Republicanos) cair e oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, suas propagandas do horário eleitoral deixaram de mencionar o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Os programas que foram ao ar no horário político anteontem (26) e ontem (27) não usaram nem trechos do jingle em que Bolsonaro era citado. Nas inserções, Russomanno critica o governador João Doria (PSDB) e o também tucano Bruno Covas, prefeito e principal oponente do parlamentar, segundo as pesquisas.
Na estreia da propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV, no dia 9, o jingle do candidato citava Bolsonaro três vezes. “Com Russomanno e Bolsonaro, quem ganha é a nossa cidade”, dizia um trecho da música. Já no refrão, repetido duas vezes, constava o trecho “e Bolsonaro apoiando”.
As propagandas mais recentes da música não trazem versos que citam o presidente. A mudança de abordagem ocorre após a publicação de pesquisa Datafolha que, no dia 22, mostrou que Russomanno caiu de 27% para 20%, enquanto Covas oscilou positivamente de 21% para 23%.
As novas propagandas de Russomanno também têm feito alusões ao fato de que Doria descumpriu uma promessa feita durante a campanha de 2016, segundo a qual iria terminar o mandato de prefeito. Como é Covas, então vice, quem está concluindo a gestão, o prefeito tucano é chamado nas peças de “BrunoDoria”. O apelido já era usado na campanha, mas ganhou mais ênfase.
Ao Estadão, o marqueteiro Elsinho Mouco, responsável por toda a estratégia de campanha, afirmou que há, sim, mais artilharia direcionada a Covas, com quem Russomanno aparece empatado tecnicamente no Ibope e no Datafolha, dentro da margem de erro.
– São críticas acima da linha cintura. Estamos brincando com a campanha do Covas, que traz três palavras com a letra F. Adicionamos uma quarta: F de ‘foi-se’, sobre os empregos e a renda que já eram – disse.
Mouco negou que haja intenção de dar menos ênfase ao presidente nas peças e atribuiu isso a motivos circunstanciais. “O Bolsonaro vai continuar sendo citado”, disse.
*Estadão
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